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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

10.515.903 portugueses andam às escuras

A DECO diz que era possível baixar valor da factura 5%. Em vez disso, os preços vão aumentar mais 3,8% em 2011
A DECO entregou na Assembleia da República, a petição «Electricidade sem extras», com quase 170.000 assinaturas.
A iniciativa, lançada a 25 de Novembro, defende a redução da parcela de Custos de Interesse Geral nas nossas facturas de electricidade.
“As 169.474 mil adesões, em apenas 15 dias, são um resultado sem precedentes em Portugal, e reflectem a partilha da causa e a exigência legítima para alterar a situação”, considera a DECO em comunicado.
A ERSE anunciou em Outubro, a proposta de aumento médio, em 2011, de 3,8% para os consumidores domésticos, “condicionada em larga medida por um novo incremento dos ¿extras¿ na electricidade: 2,5 mil milhões, ou seja, mais 30%”.
“Trata-se de uma situação insustentável, agravada por uma época de notórias dificuldades e fortes medidas de austeridade impostas às famílias, onde qualquer aumento num serviço público tão essencial é difícil de suportar”, sublinha a associação de defesa do consumidor.
“Se houver tanta vontade política para reduzir o montante de extras na electricidade como houve para a sua criação, é possível obter, desde já, uma diminuição da factura em 5%, com uma redução dos Custos de Interesse Geral em 10%, sem comprometer os objectivos da política energética nacional”, garante.
Para a DECO é urgente repensar a carga de taxas e sobrecustos que recaem na factura de electricidade e estancar o uso do sector eléctrico para outros fins, como fomento à política industrial, desenvolvimento regional ou até redução do défice orçamental. “São políticas legítimas, mas devem passar por processos mais transparentes, escrutinados e ajustadas à realidade do país”, conclui.
Apesar de a recolha de assinaturas para a Petição corresponder apenas a um período de 15 dias, não deixa de ser ridículo o número das mesmas, tendo em conta que Portugal tem 10.685.377 habitantes e apenas 169.474 a assinaram.
Pode-se dizer que 10.515.903 portugueses não estão esclarecidos, concordam com tais taxas, ou simplesmente não têm internet?
Assim, continuaremos por muito tempo às escuras e nunca mais seremos capazes de ver os nossos direitos…
Assim, nunca daremos força a quem toma a iniciativa de nos defender dos usurpadores dos nossos direitos, uns tecnocratas muito eficientes, quando “monopolizam”…
Assim, não!

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