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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Velha directriz socialista contrapõe “Portugal-Sim"

O manifesto da tendência “Portugal-Sim" visa “romper com o actual estado de coisas na vida política portuguesa”, dominada pelos que “têm da política uma visão mercantilista” e “que estão na política para se servirem e não para servirem as populações”, declarou Cândido Ferreira, primeiro subscritor do documento.
“A democracia engordou demasiado e quando já não pode pagar as contas manda o cidadão apertar o cinto mas ela própria não está disposta a fazer sacrifícios”, disse.
No documento, intitulado “Por um Futuro Decente, num Portugal Novo”, a nova tendência socialista preconiza “propostas que 90 ou 95 por cento da população portuguesa defende, comenta na rua e em todos os lados”.
“Propomos a redução do número de deputados para 150 (…) queremos o fim das ´reformas douradas´ (…) queremos acabar com este regabofe dos ´boys´ e dos assessores dos ´boys´, não só reduzindo drasticamente o seu número, como os vencimentos, mordomias e tudo isso”, enumerou.
O manifesto defende ainda o fim dos Governos Civis e a responsabilização de “todos os Gestores da Administração Autárquica e Pública”“se prejudicarem devem ser responsabilizados administrativa e criminalmente”, salientou.
Afirmando-se disposto a transformar o documento numa moção ao próximo congresso socialista – e “além do congresso” -, Cândido Ferreira admitiu que nem todos possam aderir aos pontos de vista defendidos no manifesto.
“Na política não há heróis (…) é muito difícil a uma pessoa que está no activo e tem os seus compromissos entrar num projecto destes, que vai contra a própria mentalidade e os princípios que há 20 ou 30 anos têm sido instituídos no partido”, comentou.
Trata-se, ilustrou, de uma “corrida de corta-mato”, um “movimento de fora, de bases, de gente que está disposta a pôr dignidade na vida política nacional e que não está à procura de ser deputado, ministro, fazer negócios ou ser ‘boy’”.
“Corremos sozinhos, com mais dificuldades, no meio da lama, vamos mais lentos, mas sabemos os nossos objectivos e o que queremos e não vamos ceder”, enfatizou.
Além do antigo presidente da Federação Distrital de Leiria do PS, assinam o documento o ex-presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Fernando Manata, e o ex-deputado Arnaldo Rebelo.
Cândido Ferreira garantiu que esta tendência apresentará uma candidatura alternativa de José Sócrates, admitindo, na falta de outro nome, entrar ele próprio na corrida às eleições para Secretário-Geral.
Parece ser bom demais para ser verdade, temos experiência que chegue para não acreditarmos em milagres, mas enquanto durar o sonho, sonhemos, porque pelo sonho é que vamos!…
É sintomático que os nomeados assinantes do documento sejam ex-qualquer coisa.
É desanimador que o 1º assinante se apresente, ele próprio, como candidato contra Sócrates.
Mas é bom saber, que há políticos (mesmo desconhecidos) que ouvem o povo, falam como ele e denunciam os mesmos podres que o povo pensa, por um Futuro Decente, num Portugal Novo.
Aguardemos!

2 comentários:

  1. Quando a esmola é avultada o pobre desconfia...

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  2. Parece que já começa a haver censura às moções.
    Viva a liberdade de expressão, dentro dos Partidos.

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