(per)Seguidores

sábado, 27 de novembro de 2010

O desemprego entre os jovens ultrapassa actualmente os 20%. Renato Miguel Carmo, do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE, está a finalizar uma investigação sobre a precariedade dos jovens até aos 35 anos. O investigador refere que hoje em dia a precariedade é um "modo de vida" para os jovens, que ultrapassa a "questão laboral e entre pela vida a dentro", o que implica uma grande dificuldade para este jovens, em definir uma "perspectiva de futuro".
E é este o futuro que estamos a legar aos nossos descendentes…
Esperemos que nos perdoem.

Bem pregava Frei Tomás, há 1 ano atrás

O dirigente da bancada socialista Afonso Candal despediu-se hoje do Parlamento com um discurso de apelo à existência de consensos políticos nos próximos anos, até que o país se aproxime de uma situação de saldos orçamentais positivos.
Afonso Candal, que segunda-feira renuncia ao seu mandato de deputado por motivos pessoais, foi o deputado da bancada do PS escolhido para encerrar o debate do Orçamento do Estado para 2011.
Afonso Candal, de 39 anos, tem 15 anos consecutivos de Parlamento.

Afinal há coincidências! Caso contrário, poderíamos pensar e dizer que os ratos estão a abandonar o barco que se está a afundar e depois de eles próprios o terem roído…
Em 9 meses, só os burros é que não mudam:
Durante cerca de 20 minutos, Afonso Candal elogiou a obra dos governos de José Sócrates dos últimos 5 anos.
Atenta aos “louvores” do deputado em abordagens a temas económicos, sociais e até mudanças no sistema político, Ferreira Leite começou por rir de forma contida, juntamente com Teresa Morais, vice-presidente da bancada do PSD.
No entanto, a gargalhada foi geral quando Candal referiu o potencial do sol nas energias renováveis. Os deputados não contiveram o riso, fazendo uma alusão à situação do semanário “Sol”, impedido por meio de uma providência cautelar de divulgar mais escutas relativas ao processo “Face Oculta”.
Aparentemente, a “boa disposição” de Ferreira Leite não incomodou Afonso Candal, aplaudido efusivamente pelo Grupo Parlamentar do PS.
* Discurso no encerramento do debate do OE para 2010, em 11 de Fevereiro de 2010

Isto não uma PETIÇÃO, é uma EXIGÊNCIA!

A proposta de aumento médio de 3,8% na factura da energia eléctrica, resulta de custos impostos ao sector que ganham uma dimensão insustentável. Exigimos cortes em várias áreas.
Em 2011, o custo da electricidade vai pesar mais no orçamento dos consumidores. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propôs, em Outubro, uma média de 3,8% de aumento na tarifa da electricidade.
Opções políticas e medidas legislativas condicionam a fixação das tarifas e levam a que a parcela dos “Custos de Interesse Geral” continue com um crescimento imparável. Em 2011, prevê-se um total de 2,5 mil milhões de euros de custos, um aumento superior a 30%, face a 2010. Por exemplo, na factura, por cada 100 € pagos, 42 € referem-se a “Custos de Interesse Geral”, que podem e devem ser reduzidos. Alguns não têm relação directa com a produção e distribuição de energia eléctrica.
É indispensável e urgente repensar a política de taxas e sobrecustos que recai nas nossas facturas. Para 2011, a diminuição de 10% nestes custos levaria a uma redução de 5% na factura.
Há muito que a DECO alerta para a situação no sector e exige uma redução dos custos de interesse geral, para que o preço a pagar pelos consumidores seja mais justo.

Aos que virão depois de nós - Bertolt Brecht

Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia.

Que tempos são estes, quando
falar sobre flores é quase um crime.
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que cruza tranquilamente a rua
já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?
É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço
Me dá o direito de comer quando eu tenho fome.
Por acaso estou a ser poupado.
(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)


Dizem-me: come e bebe! Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que posso comer e beber,
se a comida que eu como, tiro de quem tem fome?
se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?

Mas apesar disso, eu continuo a comer e a beber.
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
Manter-se afastado dos problemas do mundo
e sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra;

Seguir o seu caminho sem violência,
pagar o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim.
É verdade, eu vivo em tempos sombrios!

Eu vim para a cidade no tempo da desordem,
quando a fome reinava.
Eu vim para o convívio dos homens no tempo da revolta
e revoltei-me ao lado deles.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.
Eu comi o meu pão no meio das batalhas,
deitei-me entre os assassinos para dormir,
Fiz amor sem muita atenção
e não tive paciência com a natureza.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.

Vocês, que vão emergir das ondas
em que nós perecemos,
pensem,
quando falarem das nossas fraquezas,
nos tempos sombrios
de que vocês tiveram a sorte de escapar.
Nós existíamos através da luta de classes,
mudando mais seguidamente de países que de sapatos,
desesperados!
quando só havia injustiça e não havia revolta.

Nós sabemos:
o ódio contra a baixeza
também endurece os rostos!
A cólera contra a injustiça
faz a voz ficar rouca!
Infelizmente, nós,
que queríamos preparar o caminho para a amizade,
não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.
Mas vocês, quando chegar o tempo
em que o homem seja amigo do homem,
pensem em nós
com um pouco de compreensão.

Bertolt Brecht

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Será a RESISTÊNCIA a nossa SOBREVIVÊNCIA?

Celebração do fim da II Guerra Mundial
Os assalariados europeus estão a organizar para o dia 15 de Dezembro uma mobilização no Continente, em protesto contra as medidas de austeridade aprovadas pelos Governos, que acabam por os fazer "pagar a conta" da crise, anunciou a Confederação Europeia de Sindicatos.
A data foi escolhida em função da próxima reunião da Cimeira de Chefes de Estado e do Governo da União Europeia, prevista para os dias 16 e 17 de Dezembro, em Bruxelas; embora a agenda não tenha sido definida, estão previstas passeatas na Espanha, Grécia, França e Dinamarca, segundo a Confederação.
"Também queremos realizar uma acção simbólica em torno do Berlaymont", o prédio onde funciona a Comissão Europeia em Bruxelas, para "mostrar que não podemos aceitar a política de austeridade e as suas terríveis consequências", explicou o secretário adjunto da Confederação, Joel Decaillon.
"Estamos extremamente inquietos com a evolução da situação", afirmou Decaillon. O anúncio da decisão coincide com uma Greve Geral realizada em Portugal e com a indignação da opinião pública irlandesa pelos cortes drásticos decididos pelo seu Governo, para obter um resgate internacional do seu sistema financeiro.
"Vemos que as crises financeiras se sucedem em alguns países" e que "as medidas preconizadas" para as enfrentar "são quase exclusivamente de austeridade", afectando "salários, pensões, o sistema de aposentação e de previdência social como um todo", afirmou.
Como preconizava e defendia Bourdieu, contra um Empresariado europeu unido, só uma resposta de todas as Confederações Sindicais europeias unidas.
Tem horas em que a RESISTÊNCIA é a SOBREVIVÊNCIA…

Hermanos, hermanos, Dívida, Fundos e Taxas à parte

O Bicho-Papão
As taxas de juro da dívida espanhola continuam hoje e a alcançar novos máximos históricos desde que há euro, tendo alcançado um novo máximo de 5,2%. A margem face às obrigações alemãs também continua a bater recordes, fazendo adensar a ideia de uma intervenção externa também em Espanha.
Neste contexto, o presidente do banco central alemão, Axel Weber, veio dizer ontem à noite que os governos europeus podem ampliar a dimensão do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), a que a Grécia e a Irlanda já recorreram, se isso se revelar necessário para restaurar a confiança no euro. Actualmente, este mecanismo, com o FMI associado, tem uma dotação de 750 mil milhões de euros.
Por seu lado, o presidente deste fundo, Klaus Regling, disse ao diário alemão Bild de hoje que este fundo é “suficientemente grande para toda a gente”, e excluindo a hipótese de a França e a Itália sejam ameaçadas pelos mercados de dívida pública, mas não excluiu o contágio a Espanha ou Portugal.
Ainda há dinheiro no Fundo (dos contribuintes), pelo menos para mais 2, se for já…
A Espanha repudia as pressões de capitais europeias sobre Portugal para que o nosso país recorra quanto antes ao FEEF e, assim, funcione como “corta-fogos” a uma futura intervenção na economia espanhola.
“Nuestros hermanos” seriam incapazes de nos prejudicar, em benefício próprio…
"Desmentimos a notícia [do Financial Times Deutschland], não temos explicação para ela. Só podemos dizer que essa não é a nossa opinião e que não vemos necessidade de Portugal recorrer ao Fundo de Estabilização Europeu", declarou Bertrand Benoit, porta-voz para a imprensa estrangeira do Ministério das Finanças.
A edição alemã do Financial Times adiantou hoje que uma maioria de países da zona euro e o Banco Central Europeu (BCE) estão a pressionar Portugal para recorrer ao FEEF, como fez a Irlanda, para proteger a Espanha.
A notícia saiu, por invenção de qualquer jornalista, que entendeu o contrário porque estava distraído…
A Comissão Europeia afirmou hoje que desconhece a existência de pressões sobre Portugal para recorrer a fundos de apoio europeus à sua Dívida Pública e reitera que Lisboa está a tomar as decisões orçamentais adequadas.
«Não estamos ao corrente dessas pressões por parte de outros países», disse o porta-voz comunitário da Economia e Assuntos Monetários, Amadeu Altafaj Tardio.
O jornal cita uma fonte do Ministério das Finanças alemão, que não identifica, a afirmar que «se Portugal recorresse ao fundo, isso seria bom para a Espanha, que está muito envolvida em Portugal».
Até Bruxelas veio negar a notícia que saiu, por invenção de qualquer jornalista, que entendeu o contrário porque estava distraído…
O Governo português desmentiu hoje que esteja a ser pressionado pelo BCE e outros países para pedir ajuda ao FEEF, noticiada pela edição alemã do Financial Times.
Até Portugal veio negar a notícia que saiu, por invenção de qualquer jornalista, que entendeu o contrário porque estava distraído…
O milagre do Tigre Celta esfumou-se e o Governo irlandês não teve outro remédio senão ir pedir ajuda à União Europeia e ao FMI.
Factura: um doloroso plano de austeridade que implica a dispensa de 24.750 funcionários públicos (7% do total), o aumento do IVA de 21 para 23%, o corte de 10% no salário mínimo e o aumento dos impostos sobre o rendimento, entre outras medidas. O objectivo global é poupar 15 mil milhões de euros até 2014.
Entretanto, a Irlanda vai pagar as vacas aos donos…
Por sua vez, a Grécia já começou a pagar as vacas e esqueceram-se que tinham que pagar os bois…
Os gregos, vêem-se chineses com as ajudas que o FMI e o BCE lhes ofereceu, com boas intenções, mas como são uns ingratos, não param de protestar, só porque estão piores.
A Grécia e a Irlanda, não tiveram melhorias, nem na redução da Dívida, nem no aumento das Taxas. Se as mesmas causas produzem os mesmos efeitos, todos os países que recorrem ao FUNDO, vão ao FUNDO!
Há quem diga que a Espanha está pior do que nós, bem como muitos outros países “ricos” e que se formos nós à frente, saciaremos(?) a fome do MERCADO, das BOLSAS e dos ESPECULADORES, que continuam a actuar, impunemente, até 2014.
É só assustar para sacar, “vlianagem”!

Xenófobos na Europa e Filantropos em África?

A União Europeia vai defender na III Cimeira com África, em Tripoli (Líbia), o reforço do Sector Privado como forma de alcançar o crescimento económico necessário ao desenvolvimento e luta contra a pobreza.
Fonte comunitária sublinhou hoje, em Bruxelas, que a mega reunião entre 80 chefes de Estado e de Governo servirá para dar "uma nova dimensão e mais ambiciosa à cooperação entre os dois continentes". A cimeira entre União Europeia (UE) e África, em representação de 1.500.000.000 de pessoas, tem como tema "Investimento, Crescimento Económico e Criação de Emprego".
Trata-se do 3º encontro de líderes europeus e africanos depois do primeiro se ter realizado no Cairo (Egipto) em 2000 e o segundo em Lisboa em 2007, durante a presidência portuguesa da UE. A parceria UE-África, decidida em Lisboa em 2007 estabeleceu que os dois lados, em pé de igualdade, pretendem ir além da política tradicional de ajuda ao desenvolvimento e alcançar "interesses e objectivos estratégicos comuns".
Durante a Cimeira de Tripoli, os participantes deverão defender um "crescimento inclusive e durável" como motor principal do desenvolvimento e da luta contra a pobreza. A fonte conclui que o reforço do Sector Privado e a sua participação acrescida são indispensáveis para alcançar esse objectivo, assim como uma maior cooperação nos domínios das Alterações Climáticas e da Paz e Segurança.
A União Europeia vai resolver a Pobreza em África, com o reforço do Sector Privado. Coitados!
Na Europa e nos países mais ricos, a pobreza está a aumentar, fruto da transformação das Dívidas Privadas em Dívidas Públicas, imagine-se o que não será com os países mais pobres, o que nos leva a pensar, que o grande interesse estará na mão-de-obra barata, quem sabe para concorrer com os salários asiáticos. É mais perto e mais quentinho, desde que se façam uns resorts… Mas, se desde 2000, data do 1º encontro, a África ficou tão mal como estava, que novas soluções terão encontrado?
Não dá para entender esta filantropia repentina da UE, com as pessoas de outro Continente, quando a xenofobia e até o racismo, começam a alastrar nos países debaixo dos seus Tratados.
Como dizia ontem João Jardim, é preciso acabar com esta hipocrisia, quando ela passa pela inversão do objecto do Sector Privado, que é o lucro e querem convencer-nos e aos africanos, que os problemas sociais são resolvidos, ou minorados pelas empresas.
Vão ter sorte!

Nem são Ciganos, nem Islâmicos, “EUROPEUS”!

"A Suíça não se pode tornar a terra do leite e do mel para os criminosos estrangeiros", afirmou Walter Wobmann, um deputado do Partido Popular Suíço (SVP, direita). A força política em causa está ligada ao referendo, que se realiza no próximo domingo, e que - entre outras questões - legaliza a expulsão de estrangeiros que tenham cometido uma qualquer infracção.
Esta nova consulta popular é passível de colocar a Suíça em rota de colisão com a comunidade internacional, como aconteceu no ano passado quando, por proposta do SVP, foi aprovada, por referendo, a proibição de minaretes.
Os "candidatos" à expulsão, na opinião da direita suíça, são todos os imigrantes - mesmo os da UE - que cometam infracções, tais como receber benefícios de forma fraudulenta, trabalhar para além do horário de trabalho e não pagar impostos sobre esse dinheiro. Mas há mais: há os que forem acusados de tráfico de droga, roubo, violação ou assassínio.
O Governo, decidido a impedir uma controvérsia como a ocorrida no ano passado com a questão dos minaretes, lançou um contra-projecto, sobre o qual os suíços irão ter que pronunciar-se, que leva em linha de conta a gravidade da infracção cometida pelo imigrante. Mas para a Amnistia Internacional assim como para os socialistas suíços, o projecto do Executivo não é mais do que uma "versão light" da proposta do SVP.
De acordo com as sondagens, o projecto da direita deverá conseguir 54% dos votos, o que já levou Pascal Sciarini, politólogo da Universidade de Genebra a afirmar: "A Suíça tornou-se mais conservadora, nacionalista e talvez mais xenófoba do que antes".
Entretanto, um grupo de cidadãos helvéticos, entre eles o multimilionário dos elevadores Alfred N. Schindler, pondera abandonar o país se, no referendo de domingo, ganhar a proposta que defende uma revisão dos impostos a pagar pelos suíços, ou seja, um aumento de impostos. A acontecer, o Mónaco pode voltar a ser moda.
Afinal Sarkozy não é tão xenófobo como o pintaram, muito menos a Sra. Merkel,
A moda está a pegar e com a expulsão dos emigrantes, vamos ver os suíços (uma raça geneticamente pura) a recolher o lixo, a varrer as ruas (que não sujam) e nas obras.
E como devem estar com uma taxa de natalidade alta, devem estar a pensar viverem o resto da vida com os rendimentos das fortunas adquiridas à custa dos EMIGRANTES (muitos deles portugueses)…
Elevadores Schindler, nunca mais!
E ninguém diz nada!
Se isto é a EUROPA, mais vale emigrar, mas para onde?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Mercado pensa, fala, manda e até explora (energia)!

EDP desvaloriza aumento de 3,8% em 2011 e avisa que portugueses vão pagar electricidade cada vez mais cara
A culpa é, essencialmente, do aumento dos preços dos combustíveis. Mas também dos custos das empresas que comercializam energia. «A médio prazo o preço da electricidade só tem um caminho: a subida», disse o administrador executivo da EDP, João Manso Neto, durante o Media Day, organizado pela empresa.
Já sobre a proposta do regulador (ERSE) para aumentar a tarifa em 3,8% em 2011, Manso Neto desvalorizou: «É cerca de metade do que acontece em Espanha».
Um valor que levou o Presidente da empresa, António Mexia, a reiterar que «em Portugal temos preços consistentemente mais baixos do que a média da União Europeia ou em Espanha».
No entanto, «não se pode ter um preço relacionado só com o custo da energia. É preciso ter em conta os restantes custos», justificou Manso Neto.
EDP vende energia ao dobro do preço a que compra
Na verdade, «apenas 23% do preço final da electricidade é referente ao custo da matéria-prima», o restante são custos que a empresa acarreta com «operações retalhista, grossista, riscos de crédito e de estimativas, e remuneração de redes», como explicou, por sua vez, o administrador executivo da EDP Jorge Cruz Morais.
Na prática, a EDP compra energia ao mercado OTC (mercado de referência) a cerca de 45 euros/MWh e vende ao preço final de 127,2/MWh.
A este valor a EDP oferece um desconto de 2% para clientes do mercado liberalizado com tarifário 5D.
Desde 1999, o preço da luz cobrado aos consumidores aumentou 39%. E a tendência será para subir.
«Tudo depende da evolução dos preços do petróleo e do gás que, com o crescimento de países como a China ou a Índia, parece-me inevitável que venham a subir», disse Manso Neto.
Por isso, Cruz Morais defende um mercado totalmente liberalizado, que permita mais concorrência e pagar o défice tarifário. «A única forma é haver uma taxa social para proteger quem precisa e para os outros... São as regras do mercado».
Depois das explicações constantes da PETIÇÃO da DECO, este paleio de Administrador “monopolista” não passa do que se chama de “béu, béu, pardais ao ninho”, que é o mesmo que dizer, conversa da treta, de quem tem as costas quentes e aquecidas pelo consumidor, consumido por estes artistas…
Quando o Sr. Mexia (que é “barra” como Administrador da EDP e não mostrou essa eficiência enquanto Ministro) vem dizer que em Portugal temos preços da electricidade mais baixos do que a média da União Europeia ou da Espanha, está a esquecer-se das leis do Mercado, no que respeita aos VENCIMENTOS dos Administradores portugueses, sobretudo o dele, que já circulou na imprensa, como dos escandalosamente mais altos, não só em Portugal, mas no mundo, como quase todos os nossos.
E vem um Sr. Manso dizer ainda, que lhe parece inevitável que o preço da electricidade venha a subir… e os salários dos Srs. Administradores não deverão descer, inevitavelmente?
E vem Um Sr. Cruz rematar cristãmente, que os pobrezinhos podem pagar mais barato, os outros pagam o que o Mercado mandar (não se esqueçam que o Mercado pensa e fala, mas só com ele), as empresas continuam a ter mordomias e a EDP monopoliza o negócio (apesar da “concorrência” de uma empresa espanhola).
Mas no fim de tudo, não se esqueçam que a EDP é tão boazinha, que tem uma FUNDAÇÃO e até ajuda umas aldeias africanas, em apoio do nosso conterrâneo e Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres.
Não é bem isto a que se chama Consciência e Responsabilidade Social, porque não é do bolso deles…

Uma PETIÇÃO luminosa. Vamos acendê-la!

DECO lança petição online para alertar consumidores para o que pagam a mais e impedir aumentos previstos
A DECO lançou esta quinta-feira uma petição on-line que visa alertar os consumidores para «os extras» que pagam nas facturas de electricidade. Extras que, segundo defende, poderiam ser reduzidos o suficiente para os preços da luz baixarem.
A campanha teve início hoje às 07:00 e visa assim «sensibilizar e alertar os consumidores para aquilo que pagam nas suas facturas de electricidade», nomeadamente os extras.
Mas também pretende «sensibilizar o Governo e a Assembleia da República para a necessidade de introduzir medidas que sejam adequadas a uma formação justa dos preços da electricidade», disse a porta-voz da Associação de Defesa de Consumidores.

Pagamos investimento nas energias renováveis
Na factura da electricidade são incluídas três parcelas:
31% relativas aos custos de produção;
27% relativas ao uso das redes de distribuição e
42% relativos a custos de interesse geral.
Esta última (que é a maior) está relacionada com os custos do fomento das energias renováveis - «algumas já estão em velocidade de cruzeiro» -, com as rendas pagas aos municípios e com a amortização do défice tarifário.
Estes custos de interesse geral têm registado um crescimento «constante e exponencial». Prevê-se, em 2011, «algo como 2,5 mil milhões de euros, um aumento de mais de 30% face a 2010». São custos às vezes até «sem relação directa com a produção e a distribuição de energia eléctrica».
Daí que, para a DECO, seja «indispensável e urgente repensar a política de taxas e sobrecustos que recai nas nossas facturas».
Pagamos todos ou só alguns?
Pior ainda: «São os consumidores domésticos que pagam quase exclusivamente [o] fomento às energias renováveis» e «este custo deveria ser partilhado por todos os consumidores».
Se as alterações propostas pela DECO não vierem a realizar-se a estimativa da associação é de que «para o ano que vem, o aumento que está proposto de 3,8% será agravado para um aumento superior a 10%, algo «manifestamente insustentável, uma vez que se trata de um serviço público essencial».
Segundo uma simulação efectuada pela associação, «se estes custos fossem reduzidos em 10%, em vez de termos um aumento de 3,8%, teríamos uma redução de 5%», revela a o mesmo comunicado.
Para conhecer de perto a petição clique aqui

Mais uma radiografia, com Relatório rigoroso

1 - Como qualquer regime político, a partidocracia que governa Portugal, e que nos levou ao buracão em que estamos metidos, tem os mais básicos instintos de sobrevivência. É para todos evidente (menos para os mesmo de sempre) que a grave situação económica e social vai desafiar os fundamentos mais básicos do regime. Não se trata de duvidar da democracia ou de regressar ao autoritarismo do Estado Novo, como escreveu Mários Soares numa das suas interessantes crónicas no Diário de Notícias. Mas o regime actual político é apenas umas das muitas formas de democracia que podemos ter. E esta forma de partidocracia semi-presidencial feita à medida do PS e do PSD está esgotada. Fracassou. Não soube aproveitar as oportunidades históricas que teve, desbaratou os recursos disponíveis, vendeu ilusões e propaganda, criou um pântano imenso em que andamos atolados desde a década de 90, e agora apenas pode oferecer estagnação económica para, pelo menos, outra década.
Para sobreviver, o regime procura encontrar culpados, um puro bode expiatório que salve a elite governante da década muito dura que Portugal tem pela sua frente. Foi Santana Lopes em 2005, agora é Sócrates. Não se trata de desculpar os personagens. Claro que a actual bancarrota Sócrates muito deve ao personagem que lhe dá o nome. Mas toda a conversa do Governo de salvação nacional, de um novo bloco central, e outras tantas versões que circulam pelos jornais tratam de desculpar a nomenclatura do regime para responsabilizar o actual primeiro-ministro. A mensagem é clara: Sócrates tem a culpa de tudo, ele é o néscio que nos levou até aqui, logo se ele se vai embora, tudo resolvido. O PS fez o mesmo com o guterrismo e teve um imenso êxito. A nomenclatura que governou de forma irresponsável durante os seis anos de 1995-2001, cavando de forma criativa o buraco económico e financeiro em que Portugal está agora metido, livrou-se do guterrismo, evitou um desastre nas eleições de 2002 e obteve uma maioria absoluta em 2005. Nada mais natural do que tentar a mesma receita agora.
Por mais responsabilidades e culpas que tenha o actual primeiro-ministro (e são imensas) no desastre económico e financeiro, na ausência de reformas estruturais, na manutenção do corporativismo que infesta o Estado português, nas ligações perigosas e perversas entre o mundo político e o mundo empresarial, Portugal só pode sonhar em sair do buracão em que está metido depois de uma profunda reforma do regime político e uma importante regeneração da nomenclatura partidária. E não falo apenas dos "boys" e das "girls" (que continuam em grande, mesmo depois de todos os PEC, como é amplamente anunciado cada dia pela comunicação social) e dos "apparatchiks" que esperam a saída de Sócrates para encontrar outro menino de ouro que faz bem a Portugal. Falo das elites económicas que vão a Belém cada vez que as coisas correm mal e querem outro governo para não atrapalhar os negócios que endividaram o País. Falo das dezenas de comentadores e fazedores de opinião, sempre os mesmos, que andaram anos a defender um modelo que só podia conduzir a este desastre, os que falam do optimismo saudável contra os malvados Velhos do Restelo, os que usavam e abusavam da propaganda para descobrir sempre a dura realidade depois de ela já ser evidente. Ainda que muitas vezes discordando da substância da análise dos economistas heterodoxos, não tenho dúvida em achar que estão cobertos de razão ao denunciar a falta de pluralismo em Portugal, onde os mesmos que durante 20 anos defenderam as políticas desastrosas (sempre no intervalo das sinecuras do regime que foram acumulando) continuam a pontificar nos jornais e nas televisões como se não fosse com eles.
2 - A nova versão do regime para explicar o atoleiro português é culpar a senhora Merkel. Acontece que ela é neste momento a única segurança contra o fim do euro, que evidentemente teria consequências ainda mais nefastas para uma pequena economia aberta e imensamente endividada como a nossa. Ao contrário do que parecem pensar os nossos democratas caseiros, a senhora Merkel presta contas ao eleitorado alemão, e não à nomenclatura do regime português. Os alemães nunca gostaram do euro. Os alemães estão fartos de pagar a irresponsabilidade dos portugueses e de outros tantos. A economia alemã não precisa dos mercados do Sul da Europa para os seus produtos.
A senhora Merkel tem duas opções. Ou salva o euro nos termos que a nomenclatura do regime português quer e tem os seus dias contados, ou quer voltar a ganhar as eleições em 2013 e tem que, mais cedo ou mais tarde, abandonar Portugal à voragem dos mercados e dos especuladores. A senhora Merkel é uma política. Não a vejo a ela, nem ao seu partido, a suicidar-se eleitoralmente para salvar o regime português! E o afastamento da senhora Merkel significará certamente um novo governo em Berlim ainda menos sensível aos pedidos de solidariedade que chegam de Portugal.
Aos alemães compete votar sim ou não à senhora Merkel. Aos portugueses compete escolher quem comece a governar Portugal como tem que ser. É simplesmente absurdo endossar a responsabilidade do regime político português no buraco que criou ao eleitorado alemão!
Nuno Garoupa, Professor de Direito da University of Illinois
Dois reparos:
1 – A PARTIDOCRACIA já virou OLIGARQUIA, o que é pior…
2 – A Sra. Merkel tem culpas no cartório, por ter sido eleita pelos alemães (com minoria absoluta) e não pelos europeus (portugueses incluídos), pelo que democrática e estatutariamente (cumprindo a letra e o espírito dos Tratados) não tem direitos de soberania sobre os outros países. E se a Alemanha mudar de Governo e a Sra. Merkel voltar a ganhar sem maioria, pode fazer coligações com a esquerda, como já aconteceu e as políticas não seriam as mesmas para estes problemas…

Isto é que é urgente e necessário. REGULAMENTAÇÃO

“O que está neste momento em jogo é o primado da política; é estabelecer limites aos mercados”, afirmou esta manhã Angela Merkel no parlamento alemão, onde voltou a defender os méritos de um mecanismo permanente de resolução de crises que force os investidores privados a suportar parte da factura, caso um país entre em incumprimento da sua dívida.
Depois de ontem ter admitido ser “excepcionalmente séria” a possibilidade de mais “resgates” na Zona Euro, deixando nas entrelinhas a possibilidade de Portugal e Espanha seguirem o mesmo destino da Grécia e da Irlanda, Merkel insistiu hoje que é preciso que os Governos tenham “coragem” de impor travões aos mercados, alegando que este mecanismo de socorro de soberanos proposto pela Alemanha vai precisamente nesse sentido.
Em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia reiterou, por seu turno, que é imprescindível que a Zona Euro se proteja através de um mecanismo “credível, robusto e permanente”, tendo admitido abertamente a possibilidade deste envolver os privados.
Este “mecanismo de resolução de crises” substituirá o Fundo Europeu de Estabilização Financeira criado em Maio, no rescaldo da intervenção na Grécia, por um período de 3 anos, com a capacidade para mobilizar, juntamente com o FMI, até 750 mil milhões de euros para acudir a países do euro que não consigam mais financiar-se nos mercados.
Ainda assim, precisou Durão Barroso, o envolvimento dos privados “pode tomar muitas formas” e “independentemente do que for decidido, só será aplicável a partir de 2013”.
Idealmente, as alterações ao Tratado estarão finalizadas antes das eleições presidenciais francesas, de 2012, e bem antes das legislativas alemãs, marcadas para o ano seguinte.
Não há nenhum político honesto, economista competente, ou cidadão esclarecido, que não saiba que só com REGULAMENTAÇÃO em todas as áreas, a começar pela financeira, mas A NÍVEL MUNDIAL, pode resolver, ou minorar os problemas negativos da GLOBALIZAÇÃO e repor o PODER POLÍTICO em 1º lugar, nos países de direito e que se dizem DEMOCRÁTICOS.
A falácia está no constante adiamento dessas medidas e no caso concreto, só a partir de 2013, antes das eleições presidenciais francesas, de 2012, e bem antes das legislativas alemãs, marcadas para 2013, não só pela urgência, mas pela ligação à política, o que não é muito honesto.
Mas como “quem paga é quem manda” (onde é que ouvi isto?), já nem sei se “mais vale tarde do que nunca”.
Talvez nunca cheguemos lá, por incúria e demissão dos responsáveis.

Ainda as vias “Sem Custo para os Utilizadores”

Assunto: Pagamento de Passagens na Ex-SCUT de Alfena
Exmos. Senhores,
Sendo morador em Alfena e trabalhando no Porto, utilizo, como sempre utilizei, o seguinte trajecto: Porto-VCI-A3-A42-Alfena, sendo o regresso feito em sentido inverso utilizando as mesmas vias.
Não vou dissertar agora no facto de que Vs. Exas. me estão a cobrar a utilização de uma via que foi construída com os meus impostos e com as verbas provenientes da União Europeia, porque esse infelizmente é assunto ultrapassado pelas Leis abusivas deste País.
Vs. Exas. em conluio com os (des)governantes deste País, não prestam nenhum serviço... disponibilizam uma determinada estrutura (estradas) que caso queiramos utilizar terão que ser pagas, mas como vocês, pobrezinhos, ganham pouco e não têm dinheiro para criar postos de trabalho, não disponibilizam nenhum funcionário para receber o que devo no fim da utilização desses serviços...
Assim, de acordo com a leitura sobre as diversas formas de pagamento, cheguei à conclusão de que não vou comprar nenhum dos dispositivos que Vs. Exas. têm(?) à venda, nomeadamente o DECP, o DEM ou o DT, uma vez que tal não faz sentido!
Desgraçadamente, mesmo que quisesse adquirir uma dessas máquinas registadoras, as mesmas encontram-se esgotadíssimas... porque se calhar vos dá jeito cobrar os "serviços administrativos" que são um autêntico roubo.
Então EU é que compro o dispositivo da v/ cobrança? Isso tem tanta lógica como ir a um café, pedir umas águas que custam 0,80 € e cobrarem-me 0,90 € sendo que os 10 cêntimos a mais são como contribuição para o café ter comprado a sua máquina registadora..... NÃO FAZ SENTIDO!
Atentem nesta "JÓIA" exemplificativa de autêntica extorsão: No trajecto A3-Alfena, utilizando cerca de um quilómetro da A42... o valor da passagem são 0,20 € e o valor do serviço administrativo são.... 0,30 €! É para RIR? Então o custo administrativo é superior ao custo do Serviço? Vão gozar com o c……!
Posso realmente fazer o pagamento postecipado, conforme foi divulgado por Vas. Exas., mas... dou o exemplo concreto de um pagamento que efectuei e do qual junto cópia: No passado dia 21-10-2010 fui a uma Payshop e o recibo total foi de 5,02 €... sendo que esta verba diz respeito às parcelas de 2,60 € de custos de portagem e... 2,42 € de CUSTOS ADMINISTRATIVOS! 93% de aumento!
AINDA POR CIMA, O REFERIDO RECIBO NÃO IDENTIFICA OS LOCAIS EXACTOS DAS PASSAGENS NEM AS HORAS... NADA! Como eu utilizo uma viatura da Empresa onde trabalho, acabo por não ter forma de justificar se os recibos são referentes a utilizações particulares ou em serviço da Empresa...
Verifico ainda que, quando termino a passagem das ex-SCUT, no respectivo local, não tendo ninguém para me cobrar a passagem, nem sequer tenho UM LIVRO DE RECLAMAÇÕES!
Não me venham dizer que tal livro está ao meu dispor na VIA VERDE ou em qualquer uma das Lojas existentes neste País..... Porque qualquer Empresa onde eu vá, tem Livro de Reclamações nas suas filiais, não me mandam para a SEDE a reclamar...
Tenho o Direito de reclamar no local onde me foi prestado o Serviço, não sou obrigado a deslocar-me para o fazer!
Ainda por cima, com tantos nomes nas estradas, nem sei se estou a utilizar um serviço da Ascendi, da Brisa ou de qualquer um dos outros Exploradores de cidadãos deste País... pelo que nesses casos podiam sempre dizer "Ah! coisa e tal... a sua reclamação não é para a Brisa... é para a Ascendi... ou é para não sei quem... olhe, pague e não bufe..."
Face ao exposto, considerando que a inexistência do Livro de Reclamações no Local onde o Serviço me é prestado; considerando também que não tenho que suportar os custos das v/ máquinas de registos; considerando ainda um abuso que seja eu a pagar uma comissão de 93% ao Payshop que se substitui a vocês para efectuarem a v/ cobrança que, lembro, não fizeram porque não estavam presentes no respectivo local quando eu passei e quis pagar...
Vou continuar a utilizar a ex-SCUT em questão, sendo certo que aguardarei que no respectivo local esteja alguém da v/ Empresa! Se isso não acontecer, QUERO utilizar o respectivo Livro de Reclamações (podem pendurar no último poste antes da saída para Alfena, é uma sugestão...). CERTO mesmo, é que não pagarei mais multas (custos administrativos, comissão do Payshop, ou outro nome que lhe queiram dar), por não efectuar o pagamento atempadamente por CULPA VOSSA!
Ninguém reclama? Todos falam e no entanto pagam e calam? Portugal tem mesmo o que merece...
Dava-lhes os meus cumprimentos, mas só se fosse ao murro, seus
Manuel Monteiro Matos
Recebi por mail, com identificação do reclamante, que não posso confirmar.
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