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quarta-feira, 16 de março de 2011

Desinformação em Fukushima e muita fé em Almaraz!

A central nuclear de Almaraz, na Província de Cáceres, funciona desde o início dos anos 80 junto ao Rio Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre.
O responsável do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre explicou que, em caso de explosão na central nuclear de Almaraz, o “primeiro passo” seria “pré-avisar as populações para uma retirada à medida da evolução do problema” e deu como exemplo o que se está a passar no Japão.
No Japão, os ciclos de evacuação estão a evoluir à medida que as coisas se agudizam. Inicialmente era um ciclo de evacuação relativamente pequeno e neste momento vai nos 30 quilómetros. Ora se o ciclo de evacuação chegar aos 30 quilómetros em Almaraz ainda nem sequer chegava à fronteira portuguesa», observou.
Em caso de acidente grave na central de Almaraz, os primeiros passos seriam dados pelas autoridades espanholas e em caso de explosão, o distrito de Portalegre, à partida, não seria “muito afectado”, graças aos “ventos predominantes”. De acordo com o responsável, o distrito de Castelo Branco seria “muito mais afectado”. Outro dos passos a dar pelas autoridades portuguesas seria desenvolver um plano de descontaminação junto das pessoas e das águas do Rio Tejo.
O secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, garantiu que Portugal e Espanha possuem sistemas de informação permanente e planos de emergência para um eventual acidente na central nuclear de Almaraz.
Sem querer ofender ninguém, parece que o nosso “plano” assenta numa fé mariana, que não deve resultar nestes casos, assim como as distâncias definidas como perigosas, para não falar do vento, que neste momento nem Eólo sabe.
Isto de fazer lixeiras perto das nossas casas só pode cheirar mal e concordar com elas não é sinal de bom senso…
ONU reclama de falta de informação
"A questão é muito complicada, não temos todos os detalhes e informações, por isso o que podemos fazer é limitado", disse o diretor-geral da AIEA. "Estou a tentar melhorar a comunicação." Essa foi a primeira manifestação pública de insatisfação da agência com as autoridades japonesas.
Questionado sobre a extensão dos danos no reator 2 de Fukushima, disse: "É uma racha? É um buraco? Não é nada? Não sabemos".
Para o comissário europeu de energia a situação é pior do que o divulgado e está "fora de controlo". "Há quem fale em 'apocalipse' e a palavra parece muito apropriada. Não excluo o pior", disse, após reunião com representantes de governos e especialistas.
WikiLeaks 
Documentos elaborados pela Embaixada dos EUA no Japão em 2008, divulgados pelo WikiLeaks, já mostravam que a política nuclear japonesa era considerada "antiquada" e que as autoridades locais teriam ocultado "alguns acidentes nucleares nos últimos anos". Segundo o relatório, as companhias elétricas japonesas são responsáveis por "esconder os custos e problemas de segurança".
Apenas 50 'heróis' ainda permanecem na Central
Depois da explosão no reator 2 e de um novo foco de incêndio no reator 4 da Central Nuclear de Fukushima - 4 dias depois do início da crise -, o governo japonês ordenou a retirada de 800 engenheiros e técnicos que tentavam estabilizar a situação. Apenas 50 pessoas continuam no complexo (que dificilmente sairão ilesos de lá), tentam evitar que um desastre em larga escala, que colocaria em risco toda a população do Japão.
A entidade fiscalizadora destes problemas diz que não sabe o que se passa.O comissário europeu de energia diz que a situação é pior do que o divulgado e está fora de controlo,  fala em apocalipse e não exclui o pior.
O WikiLeaks (esse criminoso) divulgou em 2008, que a política nuclear japonesa era antiquada, que as autoridades locais teriam ocultado acidentes nucleares nos últimos anos e que as companhias elétricas japonesas escondiam os custos e os problemas de segurança.
Para evitar que um desastre em larga escala, 50 pessoas continuam no complexo, arriscando a vida, para evitar o risco para toda a população do Japão. Ironia do destino, quem sentiu na carne a 1ª e a 2ª bomba atómica, arrisca-se a sentir uma 3ª, com políticas arriscadas!
Perante este esboço (desenho é impossível fazer) pensarmos no “plano” para Almaraz só nos pode fazer rir, para não chorarmos…
Foto 1 - Foto 2 - Foto 3

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