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sábado, 30 de abril de 2011

A Lusofonia dá algum a alguns, e para nós nada?

As trocas comerciais entre a China e a lusofonia aumentaram 35,3% até março face a igual período de 2010 para 15,8 mil milhões de euros, indicam os dados da alfândega chinesa.
As estatísticas divulgadas pelo Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau indicam que o gigante asiático comprou, entre janeiro e março, aos 8 países de língua portuguesa produtos no valor de 10,8 mil milhões de euros, mais 34,7% do que no período homólogo de 2010 e por outro lado, as exportações da China para a lusofonia atingiram os 5.000 milhões de euros, o que representa um aumento de 36,6% por cento em relação ao primeiro trimestre de 2010.
O Brasil é o principal parceiro económico da China, Angola é o segundo e Portugal, o terceiro, no âmbito da lusofonia.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau que reúne ao nível ministerial de 3 em 3 anos.
Quer se goste, que não, a China teve olho para utilizar a Lusofonia em proveito próprio, com a plataforma de Macau, onde durante séculos o português não entrou, mesmo sob o nosso domínio. Numa perspectiva “pragmática” e com o ingrediente da língua portuguesa, toca a comercializar com a CPLP, tirando sempre proveito (económico), exportando mais do que importa, apesar de ir aumentando as importações.
E os países da CPLP, que tem a ´”propriedade” da língua, lá vão cantando e rindo a ver o negócio passar…
Os Mercados internacionais representam 30% do negócio da Brandia Central (mercado da publicidade), mas a agência espera crescer conquistando terreno nos países emergentes e da lusofonia.
Com o lançamento da Brandia Central no Brasil, começámos o processo de internacionalização porque a empresa é muito grande para a nossa realidade, já que somos a maior empresa em Portugal em número de pessoas. Por outro lado, o mercado nacional é muito pequeno.
O maior país da lusofonia está em franco crescimento, Angola que também sofreu com a crise começa a retomar, Moçambique está numa fase de expansão enorme. Na Europa há mercados emergentes que têm uma necessidade absoluta daquilo que sabemos fazer. Temos de aproveitar a lusofonia, os mercados emergentes e avançar.
Até os privados lusos (poucos) já descobriram o “filão” da Lusofonia na área do comércio e do trabalho, o que não acontece com o Estado português, que deveria ter tido a ideia e explorá-la, na expansão das fontes de trocas comerciais, mas…
Será a isto que se refere quem fala na diversificação de mercados?
Será por isto que o Eça se referia aos homens inteligentes?
Será que a Lusofonia é só livros?
Se a Lusofonia dá algum a alguns, porque não aproveitamos nós alguma coisinha?

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