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sábado, 29 de janeiro de 2011

Cai a máscara aos “empresariozinhos” portugas!

O presidente da Suavecel, empresa transformadora de papel de Viana do Castelo, Nuno Ribeiro, que vai investir em 3 fábricas e criar 140 empregos, diz não entender a razão para pagar uma indemnização no final de um contrato, realçando que “As empresas não são pais de ninguém: as pessoas trabalham e recebem um salário por isso. No caso dos contratos a prazo, não entendo porque é que uma empresa tem que pagar indemnização no final de um contrato de trabalho”, defendeu.

Já disse aqui, que não gosto de nomear ninguém, porque as ideias é que contam, mas este senhor, pelo que disse, merece ficar registado, como “O Grande Educador da Classe Empresarial”, um Arnaldo Matos (MRPP) do avesso.
Como é que um Empresário está no Mercado e na Sociedade, sem ter noção do papel social das empresas e não entende que o seu sucesso, empresarial e económico, depende apenas do somatório das mais-valias que os seus trabalhadores lhe “oferecem”? Um empresário investe “x” dinheiro e recebe “y” a mais do que o que investiu. De onde raio vem o acréscimo?
Por outro lado, a pensar como diz, será que quando ganha algum (das mais-valias) divide alguma coisinha com os seus trabalhadores, ou é tudo para ele? E quando perde, são os trabalhadores que têm que pagar a factura, ou é a empresa que tem que devolver ao trabalhador uma cota-parte das mais-valias acumuladas antes?
É pena que, para se ser Empresário, não seja obrigatória formação específica e Superior, com uma cadeira de Sociologia, para não sermos obrigados a ter que ouvir estas barbaridades, que no caso merece a classificação da “BOCA DA SEMANA”.
Os Empresários, não sendo PAIS de ninguém, também não têm o direito de se arrogarem como os PADRASTOS (à moda antiga) de outros HOMENS!
Com empresários destes, estão os portugueses tramados e Portugal nunca sairá do choça…
O professor da Universidade de Évora Soumodip Sarkar disse hoje não acreditar que a proposta do Governo para reduzir as indemnizações por despedimento ajude a criar emprego, contrapondo que falta maior agressividade das empresas portuguesas.
Questionado sobre se a medida, a avançar, vai ajudar a relançar a economia e a criar emprego, Soumodip Sarkar, especialista internacional em empreendedorismo e inovação, foi perentório: “Não, não acho!”.
“O Estado está a fazer isso [a propor diminuir valor das indemnizações] porque não tem dinheiro. É uma forma de passar a responsabilidade social para as empresas”, frisou.
Contrariando a sentença do Sr. Nuno Ribeiro, vem um especialista internacional nestas matérias e indagado sobre se facilitar o despedimento vai ajudar a relançar a economia e a criar emprego dizer laconicamente: “Não, não acho!”. E ninguém mais acha…
E vem denunciar que, o Estado (1º Setor) tendo pouco dinheiro quer passa a responsabilidade social para as Empresas (2º Setor), que não querendo resolver o problema, apelará à Sociedade Civil (3º Setor), que com voluntariado e solidariedade, há-de arranjar pão para matar a FOME DE JUSTIÇA dos inocentes condenados…
Legislação tem de ser aprovada no Parlamento e passa por um processo de consulta pública
A Confederação da Indústria disse que, se tivesse de elencar 5 grandes constrangimentos à actividade empresarial, as leis laborais apareceriam em último.
A Confederação do Comércio defende que a revisão das leis laborais só faz sentido se for para aplicar aos contratos já em vigor, posição que as Centrais Sindicais rejeitam liminarmente.
O Fundo de Capitalização para indemnizar os trabalhadores que vierem a ser envolvidos em processos de despedimento colectivo ou rescisões amigáveis de trabalho deverá passar na concertação com, pelo menos, o apoio da CIP e da UGT, embora o Executivo ainda não tenha detalhado como o vai operacional.
Ao menos vem a CIP dizer que as leis laborais não são o principal problema das Empresas, mas em contrapartida vem a UGT em contra-mão, aceitar um Fundo que afunda com os direitos dos trabalhadores que devia defender.
O Mundo gira mesmo ao contrário e já ninguém consegue raciocinar dentro de balizas regulamentares, navegando por um “pragmatismo” de que não se conhece o porto de chegada.
Estamos mesmo tramados, com empresários e sindicalistas!

A ocasião faz a excepção…

O primeiro relatório sobre contratos públicos desde a entrada em vigor do novo Código da Contratação Pública comprova tudo aquilo que já se suspeitava. O recurso ao ajuste directo, figura legal apontada como "procedimento de excepção", é afinal o principal procedimento de adjudicação nas entidades públicas.
Em todo o ano de 2010, os ajustes directos representaram 35% do total em valor, o que se traduziu em adjudicações avaliadas em 3.857 milhões de euros. Em número, o domínio é esmagador: 92% das contratações de bens, serviços e empreitadas foram entregues por ajuste directo, mais de 9 em cada 10 contratos públicos foram adjudicados por esta via. Este elevado número é em parte explicado pela aplicação das novas regras da contratação pública a contratos de bens e serviços a partir de 5.000 €, o que fez explodir o universo de contratações de pequeno valor por ajuste directo. Aliás, 85% do número de ajustes directos reporta-se ao fornecimento de bens e serviços.
A síntese do relatório parte destes números para chegar a outra conclusão. "Dos 11 mil milhões de euros realizados em contratos públicos em Portugal em 2010, a maioria - 65% - foi adjudicada através de procedimentos concursais." Por outras palavras, o correspondente a 7 mil milhões de euros foi entregue por concurso público ou por concurso limitado por prévia qualificação. Mas se é verdade que "os procedimentos concursais" foram os mais relevantes, não deixa de ter significado o facto de o ajuste directo ter representado mais de 1/3 do montante adjudicado no ano passado.
O ajuste directo é um procedimento de excepção que não deve ser usado em contratos acima de 150 mil euros para empreitadas, 75 mil euros para serviços e bens móveis e 100 mil euros para outras contratações. Contudo, o novo código introduziu tantas excepções a estas regras que na prática abriu a porta à "liberalização" do ajuste directo nos contratos públicos.
Segundo a pesquisa do i feita ontem no site www.base.gov.pt, desde Julho de 2009 foram feitos quase 4.000 contratos por ajuste directo acima de 150 mil euros. Este alerta foi feito na altura em que se discutia o novo código pelo líder do Tribunal de Contas. O órgão liderado por Oliveira Martins, nas auditorias, tem apontado o dedo ao recurso generalizado a adjudicações sem concurso.
Porém, se o código já abriu a porta ao procedimento, a legislação aprovada posteriormente pelo governo escancarou ainda mais a porta. Em nome do combate à crise e à burocracia foram aprovados vários regimes de excepção na contratação para requalificação de escolas, equipamento de saúde ou justiça e outros investimentos prioritários. Por outro lado, procedimentos como consulta limitada a empresas são agora de ajuste directo.
Se se comprova tudo aquilo de que já se suspeitava, quem aprovou (em tempo de maioria absoluta) deve ser responsabilizado e quem votou contra (a maioria absoluta está na oposição) tem a obrigação de pedir a revisão do mesmo. E se o Código abriu a porta a este procedimento e a legislação aprovada posteriormente pelo governo escancarou ainda mais a porta, alguém tem que a fechar, JÁ!
Se ninguém fizer nada, todos serão coniventes a partir de hoje!

Tortura

Fonte: whenyouscape, via shitwood
Procuro um verso
No silêncio das sílabas
Nenhum sussurro
Nenhum leve rumor
Nenhuma rosa
Desponta aqui
No meu rosal
De pétalas desfolhadas
É difícil este ofício
De abelha
A fecundar o pólen
Nas flores feridas.



Poema de Ibel no bogue Frutos de Mim e Mar

Ecos da blogosfera – 29 Jan.



Do FELIZARDO CARTOON

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Não é dor de cotovelo, é por justiça e por “equidade”!

No dia em que os cortes nos salários dos gestores públicos estiveram em debate nunca é demais lembrar quanto ganhavam em 2009 alguns dos homens mais bem pagos do país a trabalharem em empresas do Estado, mesmo com algumas empresas a registarem prejuízos no balanço.
TAP - O presidente ganhou 637.000 €/ano = 45.000 €/mês;
CGD – O presidente ganhou 560.000 €/ano = 40.000 €/mês;
CGD - O vice-presidente ganhou 558.000 €/ano = 39.000 €/mês;
CTT – O presidente ganhou 300.000 €/ano = 21.000 €/mês;
Parpública – O presidente 249.000 €/ano = 18.000 €/mês;
RTP - O presidente, Guilherme Costa, ganhou 254.000 €/ano = 18.000 €/mês. (Nesse ano, a RTP teve prejuízos de 14.000.000 € e uma dívida acumulada à volta de 800.000.000 €).
Acrescenta-se que para o Governador do BdP estavam destinados 243.208 €/ano = 17. 372 €/mês, a que se deve retirar os 10% do corte imposto.
Ontem, durante uma interpelação ao Governo sobre o Setor Empresarial do Estado, o líder do CDS-PP, Paulo Portas afirmou que "há empresas públicas a mais, gestores públicos a mais, remunerações de gestores públicos a mais, endividamento das empresas públicas a mais e racionalidade económica a menos" e propôs que o tecto para os Administradores de Empresas Públicas não ultrapassasse o vencimento do PR, que ganha 103.600 €/ano = 7.400 €/mês (são vários os números, conforme a fonte).
E acrescentou que o número de empresas públicas aumentou de 84 em 2008 para 93 em 2009 e que, no mesmo período, o número de gestores públicos subiu de 407 para 448, referindo não ter informação oficial do ano passado.
Entretanto:
Cavaco Silva suspendeu o salário de Presidente da República, optando pelas duas reformas, a de professor catedrático e de reformado do Banco de Portugal, que totalizam 10.042 €/mês.
De acordo com as novas regras estão proibidas as acumulações de pensões com vencimentos do Estado.
O que parece solidariedade na desgraça, não deixa de ser a aceitação silenciosa e imediata da Lei que promulgou. Mas é de registar…

Já conhecemos os pirómanos e andam todos à solta?

A crise financeira de 2008 era “evitável”, mas ainda hoje a economia mundial vive no risco de se repetir, dado que o sistema pouco mudou nos últimos anos, revelou uma comissão de inquérito nos Estados Unidos.
As conclusões do relatório final da Comissão de Inquérito à Crise Financeira, a primeira a nível bipartidário sobre as causas da crise de 2008 foram apresentadas em Washington pelo presidente da entidade, Phil Angelides, que em conferência de imprensa disse “Concluímos, em primeiro lugar e antes de tudo, que este crise era evitável”.
A conclusão contraria a tese sustentada por inúmeros supervisores do sector financeiro e banqueiros, de que ninguém poderia ter antecipado os eventos de 2008.
“Alguns em Wall Street e em Washington com uma cota parte no status quo podem sentir-se tentados a limpar da memória esta crise ou a sugerir novamente que ninguém a poderia ter adivinhado ou previsto”, adiantou Angelides.
Até chegar ao actual relatório, a Comissão analisou milhares de mensagens, testemunhos e outros documentos.
Além do relatório, a comissão libertou 1.200 documentos no seu site, a que se deverão juntar outros 700 e 300 transcrições de entrevistas antes de terminar formalmente os seus trabalhos, a 13 de Fevereiro.
Os EUA têm por tradição cometer erros e depois da evidência que a realidade sempre demonstra, criam comissões (democraticamente) para redescobrir a pólvora.
No caso da CRISE, gerada em território americano, uma Comissão de Inquérito concluiu que, em primeiro lugar e antes de tudo, ESTA CRISE ERA EVITÁVEL, contrariando a tese sustentada por inúmeros supervisores do sector financeiro e banqueiros, de que NINGUÉM A PODERIA TER ANTECIPADO.
E para nos animar, admite, naturalmente, que ainda hoje a ECONOMIA MUNDIAL VIVE NO RISCO DE SE REPETIR, dado que O SISTEMA POUCO MUDOU NOS ÚLTIMOS ANOS. Mas eu arriscaria a dizer que se fez muito, mas em benefício dos pirómanos, quanto mais não seja, por omissão e daí o ataque dos especuladores (responsáveis pelo fogo posto).
Se a CRISE era previsível, se se reconhece que se corre o risco da sua repetição porque pouco se fez, de que estão à espera os responsáveis políticos, técnicos e operacionais para tomar as medidas preventivas? Será que vão dizer como aqui se diz, que os responsáveis somos todos nós?

Cortar salários? É para já! E pagar impostos, quando?

Interior da CGD
A administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai aplicar cortes salariais no Banco Estatal superiores aos definidos para o setor público.
"Os cortes salariais na CGD serão superiores aos definidos para o setor público, estando em curso as adaptações do sistema remuneratório no qual se contempla um adiantamento de 80% do subsídio de férias que já foi processado", disse a mesma fonte.
De resto, a “Administração da CGD já viu em 2011 o seu salário cortado em 10%”, referiu, realçando que “a redução salarial terá em conta o sistema de remunerações da CGD” e que “será utilizada nos cortes de salários a regra de progressividade”.
A CGD não aplicou cortes salariais em Janeiro contrariando ordens das Finanças e pagou vencimentos por inteiro este mês, reduzindo apenas o subsídio de férias, confirmado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC).
De acordo com o OE 2011, as Empresas Públicas devem cortar os custos com salários em 5%.
Não há dúvidas que a Administração da CGD foi rápida na intenção dos cortes salariais, embora ainda não os tenha feito, como aconteceu com os Funcionários Públicos. Naturalmente que, dentro dos bons métodos de gestão, como não há custos para a instituição, é para já!
Mas...
Se o Governo decretasse o pagamento de impostos iguais aos das mercearias, o Presidente da CGD viria de imediato, com arrogância, prepotência e abuso de funções, dizer que quem iria pagá-los seriam os clientes, como já o disse em situações similares.
Gerir, hoje em dia, quando se tem as costas quentes, é isto, porque quando as costas arrefecem, dizem que surgem os furacões…

E com transparência os Governos funcionarão?

Milhares de sites do governo podem disponibilizar dados estatísticos em 3 semanas
O responsável pela área de segurança da Microsoft Portugal e a responsável europeia pela iniciativa Open Government da Microsoft, estão hoje reunidos "com as elites governativas portuguesas" para apresentar um software que agrega e publica milhares de dados de todos os órgãos públicos gratuitamente.
O objectivo é, num prazo de 2 a 3, milhares de websites de autarquias, empresas, câmaras municipais, ministérios e outros órgãos públicos, terem toda a informação simples e acessível a qualquer cidadão. "Há dados que são públicos e não estão acessíveis às pessoas. O objectivo é abrir todos esses dados, sem nunca identificar ninguém", sublinha Sérgio Martinho. A plataforma e a estrutura já estão prontas, falta apenas o OK do governo.
O Open Government Data Initiative (OGDI) começou a ser aplicado na maioria dos países da União Europeia no início de Janeiro, com aprovação da Comissão Europeia. "A CE está muito interessada no conceito, porque os Estados-membros são agora obrigados, por lei, a publicar a informação", diz Francesca Di Massimo. Aproveitando a crise económica em toda Europa, a Microsoft oferece o software aos governos, com a contrapartida de passarem a "utilizar o sistema cloud computing".
É claro que a haver transparência na Administração Pública, a Democracia ganha uns pontos, embora os Governos corram o risco de serem julgados online, com as respectivas consequências, a não ser que os povos já vivam em letargia. Os acontecimentos recentes nos países árabes parecem demonstrar o contrário, mas cá pelo ocidente, a formatação individual e da sociedade já leva uns anos de avanço e nem se sabe se a iniciativa foi deles, ou…
Esperemos que o Governo seja tão lesto na aceitação da“oferta” desta ferramenta, como foi com o pedido e a oferta dos nossos dados pessoais aos EUA…

Ecos da blogosfera – 28 Jan.

 

Do Ladrões de Bicicletas

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O mistério dos desencarnados que se abstêm(?)

Emigrantes, mortos e duplicação de registos explicam a diferença entre a base de dados eleitoral e a população portuguesa
Em Portugal estão registados nos cadernos eleitorais 9.600.000 de portugueses, mas de acordo com as contas feitas com base em números oficiais só existem pouco mais de 8.540.000 de portugueses com idade superior a 18 anos. Descontando emigrantes registados, há ainda cerca de 879.000 eleitores inscritos na base de dados do recenseamento eleitoral de que não se conhece o paradeiro.
A grande disparidade é justificada por 3 factores: "Os eleitores que já morreram, os que emigraram e a duplicação de registos que às vezes acontece".
O aparecimento nos cadernos eleitorais de pessoas que já morreram continua a ser uma realidade apesar de a limpeza ser feita constantemente; mesmo assim, ainda não se conseguiu a eficácia satisfatória nesta situação.
A existência de uma diferença entre os registos - a chamada Abstenção Técnica - é natural para os investigadores. "A abstenção técnica toma forma nas pessoas que estão nos cadernos eleitorais mas não residem no país" - o que na Europa é considerado "razoável se atingir 3%". O problema é que parece que em Portugal é superior. Um estudo feito há cerca de dez anos mostra que a "abstenção técnica era de cerca de 10%".
Em todas as eleições, a abstenção percentual vai aumentando e no fim de cada uma há denúncias de incorreções e promessas renovadas de remediar a virtualidade das listas dos eleitores. Até agora, NADA!
E depois vem-se com o anátema de que, nas últimas, para o PR, afinal este só representa cerca de 20% da população, quando representar cerca de 25% ou 30%, o que era mais legítimo(?).
Todos os especialistas dizem que, em qualquer eleição há 10% de abstenção, antes do ato, a que chamam abstenção técnica, que deveria ser de 3%, como é aceitável na Europa, mas cá é assim.
Na verdade, quando ouvi falar que havia 9.600.000 de eleitores em Portugal, sabendo que o total de habitantes era de 10.600.000, fazendo contas, fiquei a pensar, que estávamos muito mais envelhecidos do que dizem, já que só sobrava 1.000.000 de jovens com menos de 18 anos. Mas pelos vistos, há fontes que dizem que afinal os jovens com mais de 18 anos são cerca de 2.150.000, porque a população com 18 anos, ou mais, é de 8.540.000. Assim sendo, onde andará o 1.150.000 pessoas que faltam? Uns dizem que são emigrantes, mas só são 209.000, sobrando 1.291.000 fantasmas…
Pode-se concluir, que este último número corresponde a gente que desencarnou (morreu) e que não tem possibilidades de exercer o direito de voto, mesmo que insistam com os respectivos nomes nos cadernos eleitorais.
E porque não se corrigem as listas eleitorais? Deram-me uma razão plausível, que é fácil de aceitar. Ei-la: como os subsídios que as Juntas de freguesia recebem está relacionada com o número de eleitores, por que razão que se perceba iam os respectivos Presidentes abater quem lhes dá proventos materiais? Assim, não havendo despesas, o melhor é manter os mortos mumificados, até que o tempo ou um novo Censo descubra o falecido e acabar, ou diminuir a tal “abstenção técnica”.
Sendo verdade, não deixa de ter algum humor (negro)…

Formando Par, por razões Pedagógicas!

"A redução de um professor na leccionação da Educação Visual e Tecnológica, no 2° ciclo, representa uma alteração significativa no cumprimento do programa, sobretudo se forem considerados os apoios de que os alunos necessitam no uso de materiais diversos, quer pela perigosidade que trazem na sua utilização, quer pela individualização desses mesmos apoios, podendo acentuar o predomínio das aulas teóricas sobre as aulas práticas, o que será contrário à “natureza eminentemente prática” desta área curricular disciplinar."
Não vale a pena acrescentar mais nada ao que diz o Parecer do CNE, a não ser que não é por solidariedade com os colegas, mas pelo desleixo que a Ministra da Educação demonstra pela Formação pela Arte, apesar de ser Mestre em Educação, mas não muito…
Investir na Educação, é investir na eternidade (Henry Adams).

Afinal o 3º Setor existe e é um vetor económico!

Quatro mil milhões de euros (4.000.000.000 €) é o valor estimado do trabalho realizado em 2010 pelos voluntários da Cruz Vermelha Internacional.
Os dados foram revelados por um relatório internacional que quantifica, pela primeira vez, o valor económico do voluntariado.
O Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, afirma que esta estimativa dá uma ideia do significativo contributo do voluntariado.
O relatório indica que 2 em cada 1.000 pessoas em todo o mundo são voluntárias da Cruz Vermelha, o número total de voluntários no mundo é de cerca de 13.100.000 de pessoas.
Embora adepto e praticante do voluntariado tenho consciência de que estou integrado num 3º Setor, que complementa os outros dois, Estado e Empresas, por abstenção do cumprimento das suas obrigações forçam a consciência dos cidadãos mais responsáveis e solidários a atuarem de per si. Já sei que magotes de PRAGMÁTICOS vão proclamar, sem justificativas, o slogan: “O ESTADO NÃO PODE FAZER TUDO!” Mas então o que TEM que fazer o ESTADO e o que PODE FAZER? Alguma coisa há-de ter, para além de “legitimamente “ gastar o dinheiro dos nossos impostos naquilo que lhes dá na cabeça, lhes impõem as organizações internacionais, ou os lobbies de toda a espécie, que têm a sorte de lhes sair sempre JACKPOTS nas Economias de Casino.
Como se vê, embora o valor anunciado para a Cruz Vermelha, a nível mundial seja inferior ao que o Estado português “depositou” no BPN para nacionalizar os prejuízos das falcatruas, se multiplicarmos pelas milhares de instituições de caráter voluntário, que pululam por todo o mundo, vamos verificar que economicamente falando, a parcela é muito grande e valeria a pena transformar em gráfico o montante comparativo dos 3 setores para quantificarmos as obrigações, os lucros e a consciência.
Ser voluntário, SIM, mas com conhecimento e consciência política, lutando sobretudo pela eliminação das causas, que é o que me anima e no fundo penso que é o que vou fazendo, aqui…
Foto

educação sem ARTES não é EDUCAÇÃO!

“RODA” de Milton Dacosta
A Comissão Europeia vai apresentar na próxima semana duas iniciativas na área da Educação, designadamente nos domínios do abandono escolar e da literacia, no quadro dos objectivos traçados na agenda de crescimento “Europa 2020”.
O executivo comunitário vai adoptar e apresentar um conjunto de iniciativas de combate ao abandono escolar na Europa, onde actualmente, 6.000.000 de jovens o abandonam no início ou mesmo antes do ensino secundário, “o que significa que têm qualificações insuficientes, um dos grandes obstáculos aos objectivos da «Europa 2020»”.
O objectivo traçado na estratégia “Europa 2020” é de reduzir o abandono escolar ao longo da próxima década para um valor abaixo dos 10% no conjunto da União. A Comissão vai apresentar uma comunicação, em que destacará as principais causas do fenómeno e os seus riscos para o desenvolvimento a nível económico e social. Neste quadro, o executivo comunitário vai propor diretrizes básicas para a adoção de políticas coerentes baseadas em dados reais para enfrentar o problema.
De acordo com dados divulgados no ano passado pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat, a taxa de abandono escolar precoce em Portugal foi 31,2% em 2009, menos 4,2 pontos percentuais que em 2008 e menos 13,7 que em 1999, mas ainda assim é mais do dobro da média europeia, de 14,4%.
Actualmente, 80.000.000 de adultos na UE apresentam qualificações baixas em termos de literacia e 20% das crianças com 15 anos demonstram dificuldades de leitura. A meta traçada para 2020 é de menos de 15% de pessoas com dificuldades nas áreas da leitura, matemática e ciência.
Blá, blá, blá, mas 3 coisinhas:
Os números do “abandono escolar” em Portugal, incluem os alunos que não continuam o Ensino Secundário, simplesmente porque o Ensino Obrigatório vais até ao 9º ano. O “decréscimo” desse “abandono” nos últimos anos, tem a ver com a criação de placebos, para encher estatísticas, como os CA, os CEF, as NO e alguns cursos “profissionais”, tudo para estrangeiro ver…
Se a qualificação académica se traduzisse em qualificação, emprego e riqueza, os números de desempregados segundo o grau de instrução não seria o seguinte:
Falar de Educação, insistindo na Matemática, Ciências e Literacia e esquecendo as Artes, mostram bem os trolhas que nos governam e que a iliteracia artística deles é tão grande, que só veem na Arte uma fonte de INVESTIMENTO…
Continuaremos a ter um futuro pouco colorido e uma formação muito negra…

Ecos da blogosfera – 27 Jan.



 

Do DESMITOS

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma mentira repetida: Salários em Portugal são altos!

Chamo desde já a tenção para a leitura atenda do lead (resumo inicial), que pretendendo ser a TESE, tem como ANTÍTESE o corpo da notícia (que desdiz o lead) e a SÍNTESE, que é o título e que começa por contradizer a TESE. Impreparação, confusão, manipulação, ou só desmontagem? Do emissor, ou do receptor? Leiam!
É indiscutível que a economia portuguesa é pouco competitiva e tem dificuldade em concorrer com outros países. Uma das principais razões para estas dificuldades é o nível elevado dos salários - quando comparado com a capacidade produtiva -, levando muitos economistas a defenderem um corte generalizado da massa salarial.
Mas a verdade é que em Portugal os salários reais não só têm crescido em linha com a Alemanha, como o crescimento da produtividade tem conseguido acompanhar Berlim.
A discussão volta a ser actual depois de o governo ter apresentado ontem uma série de medidas com o objectivo de facilitar o despedimento. O executivo está a aplicar a receita recomendada por organismos internacionais, como o FMI, o BCE ou a Comissão Europeia. Na base desta argumentação está o crescimento dos custos unitários de trabalho. Em Portugal, o custo por cada unidade produzida aumentou 26,4% entre 2000 e 2010, enquanto na Alemanha cresceu apenas 5,6%. Este indicador não conta, contudo, com a inflação, que tem sido bastante mais elevada nos países periféricos. Dois países podem crescer ao mesmo ritmo e partilharem os mesmos custos salariais, mas se um tiver uma taxa de inflação maior que o outro, os custos unitários do trabalho serão superiores. É o que tem acontecido entre, por exemplo, Portugal e Alemanha. Tendo em conta a inflação, as compensações reais dos trabalhadores evoluíram sensivelmente ao mesmo nível nos dois países, com a produtividade a crescer também a um ritmo similar.
"A inflação em Portugal tem sido muito maior que na Alemanha. Os portugueses não estão a ficar mais ricos porque pagam mais pelos bens", diz Ricardo Reis, professor de Economia da Universidade de Columbia, nos EUA. Já em Maio de 2010, Vítor Constâncio, ainda governador do Banco de Portugal, afirmava que "não foi tanto a competitividade de preços ou custos que determinou a desaceleração das exportações". A opinião é partilhada por João Ferreira do Amaral. "Não há razões para dizer que foram os salários que fizeram Portugal perder competitividade", explicou o economista. "Os salários reais até cresceram ligeiramente menos que a produtividade."
Na semana passada, a "Business Insider" escrevia: "Os Europeus do Sul não são preguiçosos", sublinhando que os trabalhadores de países como Portugal e Grécia trabalham mais horas que franceses e alemães. A diferença é que os dois últimos trabalham de forma mais eficiente, isto é, ineficiências e outro tipo de custos que não os salários deverão ser os responsáveis pela fraca competitividade da periferia.
"Os nossos problemas resultam de nos termos virado para sectores protegidos de competição externa", afirma Ferreira do Amaral, lembrando que a entrada no euro prejudicou a competitividade, tornando os produtos portugueses mais caros. "O peso da agricultura e da indústria no PIB desceu de 29% no início da década de 1990 para 17% em 2008. É preciso alterar esta tendência."
Ricardo Reis diz que é difícil saber qual é a causa e qual é a consequência. "É a situação do ovo e da galinha. Se é verdade que a inflação fez subir os custos de trabalho, pode ter sido uma subida dos salários que fez aumentar a inflação."
Apesar de ser tentador eleger uma causa simples, o problema dos portugueses não é produzirem pouco para o que recebem. O despedimento pode ser mais fácil com os salários mais baixos, mas se a economia permanecer mal dirigida será como trazer uma faca para um tiroteio.
Começando por se dizer que o país é pouco competitivo pelos salários altos, razão porque há muitos Economistas que defendem o corte desses salários, chega-se à conclusão (que até o empirismo certifica) de que afinal os salários reais em Portugal até têm crescido em linha com os da Alemanha, mas que o crescimento da produtividade também tem aumentado, como a de Berlim.
Afinal em que ficamos?
Depois vem-se explicar que o crescimento dos custos unitários de trabalho têm que ter em conta as inflações respectivas, que tem sido bastante mais elevada nos países periféricos e que, por exemplo, entre Portugal e a Alemanha, entrando com a inflação, as compensações reais dos trabalhadores evoluíram sensivelmente ao mesmo nível nos dois países, com a produtividade a crescer também a um ritmo similar.
Afinal em que ficamos?
Mas diz-se mais, que os portugueses não estão a ficar mais ricos porque pagam mais pelos mesmos bens que os alemães, embora os salários reais tenham crescido ligeiramente menos que a produtividade.
Afinal em que ficamos?
E continua a desmontagem do novo “paradigma”, referindo-se que trabalhadores de países como Portugal e Grécia trabalham mais horas que os franceses e os alemães.
Afinal em que ficamos?
Finalmente, vem um Economista (dos muito poucos) que prezo, pela verdade linear que põe nas conclusões a que chega, dizendo sem receio de entrar para o Index, que a nossa entrada no euro veio prejudicar a competitividade, enquanto os outros Economistas, comentadores profissionais e fazedores da opinião pública, não dizem, sabendo que é verdade, para perpetuarem o posto de “trabalho”, para não entrarem nas bichas dos Centros de (des)Emprego.
Afinal em que ficamos?
Finalmente, conclui-se que o problema dos portugueses não é produzirem pouco, tendo em conta o que recebem e que o despedimento pode ser mais fácil com os salários mais baixos, mas se a Economia permanecer mal dirigida, que continuará, será como trazer uma faca para um tiroteio. E já sabemos quem empunha a faca e quem mata com a pistola…
Afinal em que ficamos?
Nota - Pelo que já li algures e não encontro dados sérios sobre o assunto, o custo dos salários no preço final de um produto, são uns ridículos 8%, que a ser verdade, faz desmoronar todos os argumentos com que se quer construir este novo “paradigma”. Espero que alguém me forneça os dados.
Mas nem tudo está mal para todos, e apesar de a notícia abaixo não ter nada a ver com a de cima, pelo menos permite-nos pensar, cada um pela sua cabeça, sem pôr em causa o “preço” da Democracia, mas este é um dos erros que se lhe pode apontar…
Feitas as contas aos resultados eleitorais, da subvenção disponível de 3.800.000 €, cada candidato vai receber do Estado:
Cavaco Silva 1.800.000 €;
Manuel Alegre – 790.000 €;
Fernando Nobre – 620.000 €
Francisco Lopes – 407.000 €
José Manuel Coelho e Defensor Moura não recebem qualquer apoio e poupam aos cofres do país cerca de 204.000 €.