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sábado, 5 de março de 2011

Afinal o nosso(?) problema não é do portuguezinho…

A analista da Standard & Poor’s diz que Portugal continua a ser candidato ao recurso ao FEEF.
Quando é que poderemos esperar uma decisão sobre o rating português? Assim que se realizarem as cimeiras europeias?
Esperamos resolver a actual análise do rating português dentro dos próximos dois meses. A discussão em torno do estabelecimento do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE) é um dos factores-chave. Teremos de analisar todos os detalhes do mecanismo antes de chegarmos a uma conclusão e isso pode levar algum tempo.
No relatório que publicou, é bastante claro que um acordo em relação ao MEE não salva Portugal de uma descida de rating. Porquê?
Há duas características do MEE que é proposto que são prejudiciais para os detentores dos títulos de dívida pública portuguesa. Os empréstimos do MEE podem ser condicionados a uma reestruturação da dívida pública já existente e o pagamento da dívida ao MEE pode ter prioridade em relação às dívidas ao mercado. Por isso, podemos baixar o rating de Portugal durante os próximos dois meses, se concluirmos que o modelo proposto para o MEE for confirmado pelo Conselho Europeu, já que consideramos que Portugal continua a ser um candidato provável a recorrer ao mecanismo.
Até agora, Portugal tem sido capaz de obter fundos no mercado, com níveis de procura confortáveis. O que é que a leva a dizer que Portugal pode ver-se forçado a avançar para o fundo?
Não é apenas o Estado que precisa de se financiar nos mercados internacionais. Também os bancos e as empresas portuguesas. As necessidades externas de financiamento de Portugal estão estimadas a um nível bem acima dos 200% das receitas correntes para 2011, um dos níveis mais altos da zona euro. Os bancos continuam dependentes do financiamento de curto prazo do BCE e várias empresas públicas estão também sob forte pressão de liquidez. Se as restrições ao financiamento externo se mantiverem, o Governo terá de recorrer ao fundo de estabilidade financeira europeu para evitar uma ainda maior contracção económica.
Neste momento, o que é que pode salvar Portugal de uma descida de rating?
A discussão ao nível europeu é o factor-chave. Mas é apenas metade da história. Se o Governo continuar com o seu programa de consolidação orçamental e concretizar reformas estruturais, os défices encurtam. Outro factor importante é a disponibilidade de financiamento externo: vendas de activos, acesso à liquidez do BCE e emissão de títulos como os que recentemente foram testados pelos bancos, por exemplo. Tudo isso pode contribuir para Portugal garantir as suas necessidades de financiamento.
Falam, falam, falam de TRANSPARÊNCIA e de vez em quando lá vem dizer que a CRISE, também é (sobretudo) da BANCA e das EMPRESAS…
Mas quem paga? Estes especialistas não deveriam propor soluções com o dinheiro dos que dele precisam, em vez de ser o cidadão anónimo e que não deve nada a ninguém a pagar os calotes de quem os faz? Que raio tem os Funcionários Públicos (a aceitar esta receita) a ver com as dívidas que não são do Estado?
O SISTEMA, ressuscitado pelo cidadão e feito zumbi, devora-o até ao tutano…

As empresas de rating tem ideologia? E interesses?

Quatro empresas públicas portuguesas viram o seu rating ser reduzido pela Standard & Poor´s para um estatuto considerado de “lixo”. A agência de rating internacional está cada vez mais preocupada com as dificuldades da Parpública, Refer, CP e Metro de Lisboa de garantirem financiamento nos mercados.
Agora, começa a desconfiar da capacidade e vontade do Estado português poder garantir uma ajuda de emergência em caso de necessidade.
O resultado é uma descida do rating da Parpública de BBB para BB+ e da CP, Refer e Metro de Lisboa de BBB para BB.
Os ratings que tenham um nível de BB (abaixo de BBB-) ou inferiores são geralmente classificados como “lixo” no mercado obrigacionista.
A S&P diz que deixou de considerar “extremamente alta” a probabilidade de um apoio extraordinário, atempado e suficiente do Governo da República Portuguesa a estas empresas, passando apenas a classificá-la como “muito elevado”. A mudança deve-se à crise financeira que o Estado enfrenta e que já o terá levado “em alguns casos, a dar prioridade ao seu próprio financiamento no mercado, em detrimento das empresas públicas”.
“Acreditamos que uma continuada deterioração nas condições económicas e financeiras em Portugal pode reduzir a capacidade e vontade do Governo de providenciar apoio extraordinário às empresas públicas em dificuldades”, diz uma nota publicada pela Standard & Poor´s.
A agência mantém os ratings das empresas com uma tendência negativa, o que significa que novos cortes na classificação poderão ocorrer no futuro.
Relembre-se que a S&P mantém sob ameaça o rating atribuído à República Portuguesa, condicionando-o aos resultados das cimeiras europeias agendadas para este mês.
Sem por em causa a seriedade técnica da empresa S&P, tem a sua graça (mas que é aceite sem ressalvas pelos maiorais) que sendo uma EMPRESA PRIVADA, venha meter o nariz naquilo que pertence à SOBERANIA de cada NAÇÃO, quando se sabe que, a própria empresa é parte interessada nos interesses que avalia. Leia-se:

Deitar os foguetes e apanhar as canas

Por outro lado, sendo o produto do trabalho da dita empresa (ou outra) eminentemente “técnico”, onde está a componente política, neste caso, nas empresas que prestam SERVIÇO PÚBLICO? Serão de Direita, do Centro, ou de Esquerda? NEUTROS NUNCA SERÃO!
Finalmente, porque será que não há uma organização internacional, por exemplo sob a alçada da ONU, que fizesse esse trabalho, com o máximo de isenção política e de interesses? INTERESSES? Não há inevitabilidades!
Anote-se abaixo os deslizes desta mesma empresa.
Lixo? Cá ou nos escritórios da empresa? Palpita-me que estas empresas, se PRIVATIZADAS, darão imediatamente lucro, deixando imediatamente de serem LIXO…  
Standard & Poor's (S&P) é uma divisão do grupo McGraw-Hill que publica análises e pesquisas sobre bolsas de valores e títulos. É uma das três maiores companhias nesse segmento, ao lado da Moody's Analytics e da Fitch Ratings.
A companhia tal como é conhecida hoje surgiu em 1941 com a fusão da Poor's Publishing com a Standard Statistics, tendo então passado por uma reestruturação que a levou ao atual modelo de negócios.
Em 1966 a S&P foi adquirida pela The McGraw-Hill Companies, tornando-se a divisão financeira dessa editora.
Notas de risco
As notas de risco (rating) da S&P, vão de AAA (melhor) até D (pior), além de classificação positiva, negativas e neutras para cada qualificação.
Grau de Investimento
AAA AA A BBB
Sem Grau de Investimento
BB B CCC CC C CI R SD D NR
Críticas
Os ratings da S&P, tais como os das empresas similares, foram criticados em várias situações e há quem ponha em causa a sua credibilidade. O caso mais notório é o da avaliação do Lehman Brothers, que recebeu boa nota poucas semanas antes de falir. As agências de avaliação de risco também não previram as falências dos bancos islandeses e a quase bancarrota da Islândia, até então tida como um modelo.
McGraw-Hill é uma editora norte-americana, com sede em Nova Iorque, fundada em 1909.
Publica obras científicas e técnicas (Informática e outros), de economia empresarial, gestão, enciclopédias, romances, etc.

Álvaro Santos Pereira vs João Rodrigues (2) ou DESMITOS vs Ladrões de Bicicletas (2)

Contra-argumentos
Com ou sem intervenção internacional, mas provavelmente de forma mais musculada se a UE e o FMI vierem mesmo a emprestar dinheiro ao País, a austeridade parece estar para ficar. Portugal não está só e as virtudes e defeitos desta estratégia estão a ser debatidas um pouco por todo o mundo ocidental.
O Negócios lançou o debate a partir das posições contrárias de João Rodrigues e Álvaro Santos Pereira que apresentaram na sexta-feira passada os seus argumentos iniciais a favor e contra uma politica de austeridade. Desde então e até terça-feira à noite quase 1.500 pessoas consultaram as posições dos economistas, perto de mil leitores votaram no barómetro e uma dezena comentou. Até agora, à pergunta lançada, 74% dos votantes responderam "Sim".
Álvaro Santos Pereira é professor na Universidade Simon Fraser no Canadá, e João Rodrigues, é investigador da Universidade de Coimbra (CES). Ambos são bloguers prolíferos: Santos Pereira no DESMITOS e João Rodrigues nos Ladrões de Bicicletas.
Hoje é dia de contra-argumentos. Neles, João Rodrigues e Álvaro Santos Pereira aprofundam a sua visão sobre a necessidade de uma política de austeridade. Os dois economistas respondem aos argumentos do "adversário" e a reptos de alguns leitores, evidenciando visões aparentemente inconciliáveis para a saída da crise.
A votação e os comentários estão abertos até quinta-feira às 17 horas. Sexta-feira faremos o balanço deste Frente-a-Frente. Bem vindo.
João Rodrigues: "Abriu-se a torneira da austeridade..."
1. A leitura da defesa da austeridade feita por Álvaro Santos Pereira (ASP) suscita-me três questões:
a) Por que é que se tenta discutir os nossos problemas fingindo que é possível compreendê-los e resolvê-los sem considerar e alterar esta perversa configuração europeia? Do regime de crescimento económico anémico, que pressiona as finanças públicas, à inserção económica dependente, que se traduz num elevado endividamento ao exterior, uma parte fundamental dos nossos problemas chama-se euro disfuncional. Trata-se de uma moeda sem governo económico com a mesma escala, capaz de instituir políticas de combate à crise e de relançamento, em especial nas suas mal apetrechadas periferias. Neste contexto europeu, e com este ou outro governo de liberal submissão aos interesses dos "nossos parceiros", estamos condenados a um definhamento socioeconómico que só agravará o problema da dívida.
b) Por que é que quem apoia a austeridade, nunca apoia as políticas de austeridade realmente existentes? Portugal imita, em 2011, a Grécia e a Irlanda: a austeridade já não é a conta gotas. A torneira abriu-se e a história repete-se. Os economistas pré-keynesianos ganharam politicamente em toda a linha. O refúgio na retórica vaga da "gordura do Estado" é uma fuga à ética da responsabilidade. É evidente que nenhum espírito isento discordará do combate ao desperdício, aos grupos económicos que parasitam o Estado e fogem às suas responsabilidades fiscais, ou ao cancro da economia informal. No entanto, as politicas de austeridade exigidas pelos "mercados" e pelas "estúpidas" regras dos pactos europeus implicam em todo o lado fazer cortes abruptos, injustos socialmente e contraproducentes economicamente.
c) Por que é que a lógica intrínseca e as consequências inevitáveis das políticas de austeridade não são enunciadas? Estamos já em plena política à FMI, mesmo que sem uma das variáveis, a desvalorização cambial, que tornou no passado estas políticas menos destrutivas. Neste contexto, vários estudos, incluindo do próprio FMI, reconhecem que a austeridade é sempre recessiva. Os cortes nas despesas sociais e nos serviços públicos, os cortes salariais na função pública e o aumento do desemprego, que se segue à compressão da procura, aumentam o medo na economia, levando à aceitação de cortes salariais no sector privado e, com as alterações regressivas da legislação laboral associadas, a uma diminuição do poder da esmagadora maioria dos trabalhadores. Esta é a inconfessada economia política da austeridade.
2. Neste quadro político e intelectual, consolida-se um capitalismo cada vez mais medíocre, viciado na baixa dos salários, sem freios e contrapoderes colectivos, com trabalhadores desmotivados e com poucas razões para apostar na qualificação. Um capitalismo sem incentivos para atacar o problema da qualidade do nosso capital e concentrado em sectores de baixa produtividade. A preocupação com a competitividade não passa por aqui. E a preocupação com o financiamento da economia portuguesa também não. Ao afundar a economia, a austeridade perpetua um círculo vicioso implicitamente reconhecido.
3. Uma economia decente implica dar prioridade ao combate ao desemprego, evitando uma economia sem pressão salarial, com mercado interno comprimido e com fraca posição nos mercados externos, e proteger os serviços públicos e a segurança social. Uma economia decente implica também políticas industriais e de investimento robustas. Tudo isto é contrário à lógica das políticas de austeridade.
Álvaro Santos Pereira: "Fomos nós que lançámos o papão da austeridade sobre nós e não os mercados"
1. Em 2011, Portugal terá a maior dívida pública dos últimos 160 anos e a maior dívida externa desde 1892, quando declarámos uma bancarrota parcial. Porém, estes indicadores nem sequer reflectem a verdadeira realidade nacional, pois a dívida pública oficial não inclui nem as dívidas das empresas públicas (mais 24% do PIB), nem as parcerias público-privadas (PPPs), cujos encargos ascendem a quase 30% do PIB. Se adicionarmos tudo, chegamos a uma dívida pública total que tem um valor actualizado entre os 120% e os 130% do PIB. Por outras palavras, a nossa situação orçamental é muito aflitiva. E é exactamente por isso que a austeridade é inevitável.
2. É verdade, como diz o João Rodrigues, que a crise financeira internacional agravou os desequilíbrios orçamentais. Porém, não é certo que a austeridade tenha sido desenhada só para apaziguar os mercados. A austeridade surgiu porque os desequilíbrios das nossas contas públicas não são sustentáveis. Ou seja, a austeridade é o preço que estamos a pagar pela irresponsabilidade dos nossos governos e não porque os mercados nos querem fazer mal. Todos os países sofreram os efeitos da crise internacional. Todos viram descer as receitas fiscais, e todos aumentaram as despesas públicas. Contudo, os únicos países que estão hoje numa situação aflitiva já tinham em 2008 uma situação orçamental extremamente frágil (como a Grécia e Portugal), ou tiveram bolhas imobiliárias que rebentaram e desencadearam enormes crises bancárias (como a Irlanda e, provavelmente, a Espanha). Isto é, fomos nós que lançámos o papão da austeridade sobre nós e não os mercados.
3. E não se pense que o investimento público é o salvador ou o contra-ponto à austeridade. Não é. Se o investimento público tivesse qualquer poder mágico para fazer retomar a economia, já há muito que estaríamos a viver um milagre económico de proporções asiáticas. Na última década, as obras públicas (e pseudo-públicas) totalizaram quase 30% do nosso PIB. E qual foi o resultado deste investimento? Uma década de estagnação, a maior taxa de desemprego dos últimos 100 anos, e a segunda maior vaga emigratória da nossa História. Por isso, acabemos de uma vez por todas com a fábula do investimento público, pois não é por aí que está a solução.
4. Dito isto, a austeridade não pode, de facto, ser uma solução permanente. Que medidas é que podemos então tomar para vencer a crise das contas públicas? Do lado das receitas, um novo agravamento fiscal será um erro tremendo. No entanto, o Estado tem outros meios para aumentar as suas receitas. Ainda há muito por onde privatizar e há mais de 10 mil terrenos e imóveis públicos, muitos dos quais poderão ser alienados.
Do lado das despesas há muito por onde cortar, incluindo:
a) 10% dos consumos intermédios do Estado
b) 10%-15% das despesas de todas as entidades e organismos públicos não essenciais.
c) 10% e 20% dos encargos gerais do Estado (i.e., governo, Assembleia da República, etc.)
d) fim das ajudas e créditos fiscais a muitas das centenas de fundações que o Estado apoia.
e) uma real reforma do Estado que leve à fusão e extinção entre 30% e 50% de todas as entidades e organismos públicos.
5. Ou seja, o ajustamento tem de ser feito à custa do emagrecimento do Estado e não à custa dos contribuintes e dos funcionários públicos.
6. E se, mesmo assim, todas estas estratégias não chegarem, há sempre a possibilidade de termos reestruturar as nossas dívidas. Existiriam inconvenientes de curto prazo associados com essa decisão. Mas, se não tivermos alternativa...
Se quiser conhecer os primeiros argumentos de cada um dos economistas neste Frente a frente:

Ecos da blogosfera – 5 Mar.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Que azar o nosso! Nem os nabos podemos exportar…

A maré de aumento dos preços das matérias-primas alimentares incide nos produtos que Portugal importa e não beneficia aqueles que exporta, devendo assim aumentar o défice alimentar português, disseram especialistas do setor.
“Temos uma estrutura importadora dominada pelos cereais e oleaginosas, que são quase 40% e são exatamente os produtos de base que têm sofrido mais aumentos no mercado mundial. E temos uma estrutura produtiva e exportadora que não tem beneficiado da alta de preços internacionais”, disse o antigo ministro da Agricultura e empresário do setor, Armando Sevinate Pinto.
A presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares admitiu também que Portugal “está muito vulnerável”, porque o país é um importador de alimentos em quase todos os setores.
A notícia de ontem, que punha em letra de forma a falta de ideias do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, percebe-se agora que eram desculpas esfarrapadas para justificar este imbróglio, na tentativa de sacudir a água do seu capote e nos ir avisando do “inevitável”.
De Agricultura, é o que se vê, de Desenvolvimento Rural, népia e de Pescas, que pescas?
Que perceberá uma só pessoa, tanto de agricultura como de pescas? Não seria bom separar as águas?
A necessidade de contrariar a excessiva dependência de Portugal relativamente à importação de bens alimentares, com reflexos no endividamento do país, estabelecendo prioridades e apoiando os agricultores é o caminho apontado para combater a crise alimentar.
Para a generalidade dos partidos políticos a substituição de importações por produção nacional deve ser uma das prioridades para contrariar as consequências de fatores como a crise económica ou o aumento das matérias-primas.
Os comentários que fiz ontem sobre as declarações do ministro, afinal parece que foram e são de lana caprina, pelo que se constata pela unanimidade dos partidos, de tão óbvio que é e como eu não serem especialistas...

O que não faz falta é desanimar a malta!


Actualizado às 10H30 de 05:03:11

Contrariando-se:

Ministro pede a agricultores para aumentar produção

O CURRÍCULO já foi ao ar! Agora só falta a ADD…

O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) entregou à ministra da Educação um documento em que exige a "suspensão imediata" do processo de avaliação a decorrer nas escolas.
Além da carta aberta, foi entregue a Isabel Alçada "um conjunto de documentos de 32 escolas de toda a região", exigindo "a suspensão imediata do atual modelo de avaliação de desempenho" e a negociação de "outro modelo que seja exequível nas escolas".
O sindicato lembra "o que foram as suas declarações acerca da necessidade de revisão das regras dos horários de trabalho dos professores e educadores, defendendo uma cada vez maior recentragem nas questões fundamentais do exercício profissional docente".

 “A avaliação do desempenho, neste momento, está a decorrer em 100% das escolas, o modelo vai vigorar durante o tempo que está previsto e os procedimentos serão feitos de acordo com o que está previsto”, disse a ministra no final de 2 reuniões de trabalho com diretores de escolas e agrupamentos.
De acordo com Isabel Alçada, “o processo de avaliação é muito importante para a credibilidade do sistema educativo”.
Sobre esta ADD, que só mudou para pior, relativamente ao mandato de MLR, a ir até ao fim, de que há sérias dúvidas, resultará em resultados que classificarão os professores como Muito Bons (em média), apesar de quase todos (inclusive o ME) considerarem os resultados da Educação como maus.
Se assim for, será mais uma prova de que o modelo é uma farsa, sem outro objetivo que não seja de travar a progressão na Carreira da maioria dos professores, a poupança de uns tostões e comprometer o futuro dos nossos jovens.
Vamos esperar para confirmar, embora os especialistas e o ME já saibam isto, quando o planearam.
E se não fossem as cotas, íamos ter uma maioria (relativamente) Excelente…
A ministra da Educação considerou ilegal a proposta da oposição de suspender o decreto-lei que introduz alterações curriculares no ensino básico.
"Se estas medidas fossem suspensas, haveria em 2011 um acréscimo da despesa de cerca de 43 milhões de euros e um acréscimo de despesa de 120 milhões de euros em 2012", disse Isabel Alçada em conferência de imprensa, explicando que este aumento no Orçamento vai "contra o disposto na Constituição".
De acordo com a ministra, a Constituição "é muito clara", uma vez que deputados e grupos parlamentares não podem apresentar propostas que representem um acréscimo da despesa.
A assessora do ministro da Presidência interrompeu ontem a ministra da Educação no final da conferência de imprensa no Conselho de Ministros, justificando a interrupção com as 3 perguntas combinadas com os jornalistas presentes.
Isabel Alçada abandonou a sala com um sorriso, evitando assim responder à comunicação social.
Em causa estava a reforma curricular do Ensino Básico, que para a oposição e sindicatos de professores está a ser feita à pressa e sem qualquer fundamento pedagógico. A proposta de PSD, BE e PCP, a requerer a cessação da vigência do decreto-lei que introduz alterações curriculares no Ensino Básico, foi votada hoje no Parlamento. Para ser aprovada bastava a abstenção do CDS-PP, que já anunciou a viabilização da proposta.
O único comentário a fazer, é que acaba de ser APROVADA a cessação de vigência do Decreto-Lei para as alterações curriculares no Ensino Básico!
Oposição aprova cessação de vigência das alterações curriculares ao Ensino Básico determinadas pelo Governo

Será verdade, ou mentira? Talvez sim, ou talvez não…

Hospitais de S. João do Porto (acima) e S. Marcos de Braga
Em causa o alegado roubo de doentes do São João para o Hospital de Braga.
A polémica com os gestores privados do Hospital de Braga transformou-se hoje numa guerra entre hospitais e vai tudo ser resolvido em tribunal.
Os administradores do S. João, que decidiram apresentar queixa na Entidade Reguladora da Saúde, afirmam que continuam a receber doentes que deveriam ser tratados em Braga, doentes que estarão  a ser indevidamente transferidos. A “José de Mello Saúde”, que lidera o consórcio privado que gere o hospital de Braga, não respondeu ao pedido de esclarecimento e a administração hospitalar nega tudo, contra-ataca e garante que as acusações são falsas. Por isso, promete levar o caso a tribunal.
“Quer o comunicado do Hospital de São João, quer as declarações da diretora clínica à comunicação social são totalmente falsas e causadoras de dano. Face à gravidade do comunicado do Hospital de São João, o conselho de administração irá utilizar todos os meios judiciais ao seu dispor, o conselho de administração irá igualmente utilizar todos os meios judiciais ao seu dispor”, disse Hugo Meireles, presidente do conselho executivo do hospital bracarense, que nega que tenha havido transferências indevidas, apenas referenciação de doentes.
“Quando não há meios técnicos suficientes dentro do Hospital de Braga a única solução é referenciar doentes para o hospital de São João e não é uma referenciação indevida”, acrescenta Hugo Meireles.
Depois de 2 multas do Estado ao concessionário do Hospital de Braga no valor de 800.000 €, a administração diz que vai processar o Hospital de S. João no Porto.
O consórcio “Escala Braga”, liderado pela “José de Mello Saúde”, ganhou a concessão do Governo para construir e gerir o novo hospital de Braga que deve ser inaugurado em Maio. Um contrato no valor de quase 800 milhões de euros. Está, entretanto, a gerir o velho Hospital de S. Marcos, palco do atual conflito.
Ou é verdade, ou é mentira.
Se for verdade, constatam-se os factos e confirma-se a diferença incomparável entre a prestação de um serviço (Público) e um negócio (Privado). E é mais uma variável das despesas do SNS que o ameaça.
Se for mentira, negam-se os factos, mas não se invalida a diferença incomparável entre a prestação de um serviço (Público) e um negócio (Privado).
Mas será mentira? Há uns esquerdistas sem escrúpulos que até dizem que os hospitais privados mandam os doentes moribundos para os públicos, para não estragarem as estatísticas do “sucesso”.
Esquerdistas, sem escrúpulos e extremistas…

Ecos da blogosfera – 4 Mar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O que não faz falta é desanimar a malta!

Portugal pode aumentar a produção nacional e melhorar em todas os setores agrícolas, mas as dificuldades em alguns casos permitem almejar apenas uma redução das importações, considera o ministro da Agricultura.
“Podemos aumentar a produção em todas as áreas, só que Portugal tem fragilidades do ponto de vista da ação climática e não temos território suficiente para produzir todos os alimentos”, considera António Serrano.
O governante sublinha que se pode aumentar a produção de “vinho, azeites, frutícolas e até cereais nas zonas de regadio”, mas que existe pouca competitividade nos cereais devido aos custos associados.
A vantagem de sermos leigos é termos o direito de fazermos perguntas estúpidas, como por exemplo:
Portugal tem fragilidades de aumentar a produção agrícola pela ação climática? E o clima dos países do norte da Europa tem melhores condições? E não usam as estufas em grande escala para superar essas fragilidades?
Então o nosso país não tem território suficiente para produzir todos os alimentos de que necessitamos, com a maioria dos campos sem serem cultivados? Não haverá gente desempregada para os trabalhar, nem apoios financeiros e técnicos para aumentar a produção?
Diz o sr. ministro que, a haver aumento de produção agrícola, apenas resultará numa redução das importações. Apenas! E então não é urgente reduzir as importações para reduzir o crescimento do défice?
E diz ainda que, afinal podemos aumentar a produção de vinho, azeites, frutícolas e até cereais. E não é bom para o mercado interno e, se em excesso, se poder exportar, ganhando-se algum para reduzir o crescimento do défice?
Com ministros destes mais vale acabar com o ministério, que ainda por cima faz murchar as esperanças de melhores colheitas e de pescas nem se fala…

Quem quer quentes e boas(?), fresquinhas?

O barril de 'Brent', a referência para as importações portuguesas, está hoje a cair 2,8% para 113,09 dólares, em Nova Iorque. É a descida intradiária mais acentuada desde 12 de Novembro de 2010, quando a cotação desvalorizou 3,43%, enquanto em Nova Iorque o barril de crude desce 1,8% para 100,37 dólares.
Amanhã, o mais tardar, espera-se a diminuição do preço dos combustíveis, se o presidente da AdC ler a notícia…
Viva o Chávez (que deve estar à rasca)!
O presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos disse na comissão parlamentar de saúde, que se estima uma queda nos preços dos genéricos em maio, julho e outubro.
Já podemos ficar doentes e o SNS vai diminuir os gastos, mesmo tendo em conta o PIB…
Porque será que nos medicamentos há regulação dos preços e não pode haver nos combustíveis?
O lucro da EDP deverá ter avançado 4,4% no ano passado, face a 2009, para 1.069 milhões de euros, face aos 1.024 milhões de euros registados em 2009.
A Fundação da EDP vai ter mais algum dinheirinho para ajudar os pobrezinhos, mesmo que seja à custa dos aumentos imorais que fizeram este ano, a todos, mesmo aos pobrezinhos que vão ajudar…
Isto é que é consciência e responsabilidade social das empresas, mesmo que em consequência de um monopólio disfarçado e consentido pelo governo.
A líder alemã deu um voto de confiança às medidas do Governo, mas tem pouca margem interna para aceitar reformas no EFSF.
Não se ficou a saber se a Sra. Merkel está a par destas medidas e se concorda com elas, mas ficou a saber que não se brinca com 800 anos de História. A “soberana” até ficou constrangida…