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sábado, 9 de abril de 2011

Liberalismo, Neoliberalismo, ou Ultraliberalismo?

Diagrama de Nolan
Deitando, assim, o olho ao eleitorado à esquerda do PS, José Sócrates alertou que "os votos desperdiçados" à esquerda "favorecem o caminho da direita para o poder".
Fazendo duras críticas "à cegueira contra o PS" do PCP e do Bloco de Esquerda, o secretário-geral do PS alertou para o facto de que nas eleições de 5 de Junho "a escolha vai ser entre um Governo liderado pelo PS ou um Governo liderado pelo PSD".
Continuando na crítica ao PCP e ao BE, Sócrates pediu aos portugueses de esquerda que não cometam "os mesmos erros" que foram cometidos por aqueles partidos e sublinhou: "Só a concentração de votos no PS poderá travar a agenda liberal, aventureira e perigosa" do PSD e, também, do CDS.
O PSD, avisou Sócrates, tem políticas "ultraliberais", que visam acabar com o "tendencialmente gratuito" para a Educação e Saúde e impor o "despedimento livre" no mercando laboral, enquanto o PS quer "um projecto de qualificação da escola pública" e corrigir "os indicadores de rigidez do mercado de trabalho", alinhando por "posições mais favoráveis aos trabalhadores".
O pedido de resgate concretizado esta semana quase passou ao lado do discurso de Sócrates.
Sócrates, depois de limitar a liderança do poder saído das próximas eleições apenas ao PS, ou ao PSd, fez uma leitura do nosso passado democrático e eleitoral, com menos desprezo pelos restantes partidos, como tem feito muitos outros políticos, “analistas”, banqueiros, politólogos, etc., que até se riem publicamente, quando se referem os paridos à esquerda do PS ao contrário, de JS que atirou em todas as direções, da sua esquerda à sua direita, sem discriminação....
Quanto ao BE e PCP, tentou desacreditá-los, desacreditando em consequência os seus eleitores (o que não é muito democrático), mas pediu-lhes os votos.
Em relação CDS, as referências e as críticas políticas não foram muitas, mas não deixou de o catalogar apenas como liberal (o que é mau no seu entender), provavelmente para não fechar Portas a qualquer eventual e necessário acordo pós-eleitoral.
sobre o PSd, principal alvo da metralhada, para além de o responsabilizar pelo “Apocalypse Now alerta-nos para a sua agenda liberal (aventureira e perigosa) e avisa-nos para as suas políticas ultraliberais (mais aventureiras e mais perigosas), na mesma escala das claques desportivas…
Ficamos sem saber se este PS que Sócrates dirige, é liberal, neoliberal (a 3ª via do Blair dos copos), ou ultraliberal, em teoria, porque a prática é que nos permitiu e permitirá classificar as teorias que cada partido adota quando está no poder.
Curioso é Sócrates definir quem é a esquerda e a direita a partir do seu PS, o que o coloca no centro, auto excluindo-se da esquerda.
Entretanto, o
Na ressaca de uma governação socialista “amarrado a uma política de direita”, Bloco e PCP convergiram na urgência de um governo de esquerda, conclusão de um encontro das duas forças. Francisco Louçã instou ao ressurgimento de uma esquerda que se erga num "governo contra a bancarrota", como única saída para a atual situação do país.
"Devemos ter uma política de esquerda contra a bancarrota, que recuse o FMI e que dê consistência a políticas económicas, concentrados naquilo que é essencial: resposta ao desemprego e à recessão", insistiu Louçã.
"O PS está hoje a propor em Budapeste a redução das pensões dos reformados, a redução dos salários". "Por isso é tão importante que a esquerda se erga e que num processo de convergência, de aproximação, diálogos, estabelecimento de pontes, como hoje entre BE e PCP e certamente entre tantas pessoas que partilham a mesma preocupação, haja uma determinação e uma confiança", defendeu, para sublinhar que nesse sentido Bloco e PCP "se têm cruzado na rejeição das políticas de austeridade e de recessão".
PS está "amarrado a política de direita"
Vendo o PS "amarrado a uma política de direita", com um primeiro-ministro determinado em "manter o rumo", Jerónimo de Sousa reiterou que, apesar de não saber "qual vai ser o comportamento do PS depois das eleições”, parece claro que não há disposição para que haja uma “rutura e mudança e encontrar uma solução alternativa, uma política patriótica e de esquerda", propugnando "um envolvimento amplo de todos aqueles que, não sendo do PCP, dos Verdes ou do BE, acham que é tempo de dizer basta e que é preciso um novo caminho".
Sobre a constituição de um "Governo patriótico e de esquerda", Bernardino Soares sublinharia também que é uma "proposta que se dirige a todos" e não "especificamente ao BE".
Francisco Louçã pretende apresentar uma proposta de “unidade à esquerda”, que deixa de lado o PS, por verificar que “há muito vem sacrificando o socialismo e mesmo a tradição social-democrata europeia no altar da terceira via das políticas liberais”.
E no mesmo tempo, em outro lugar, verifica-se que o BE e o PCP, acusam o PS de Sócrates de ter estado e estar amarrado a uma política de direita, que sacrifica o socialismo e mesmo a social-democracia europeia à 3ª via (pragmatismo) das políticas liberais. E por isso, o BE exclui o PS de qualquer acordo da esquerda, enquanto o PCP (pouco convicto) deixa a hipótese no ar.
Neste encontro e no dia a dia político, estes dois partidos, que se classificam de esquerda, englobam também (historicamente) o PS enquanto o PSd e CDS-PP os considera de direita, deixando-nos a pensar que em Portugal não há partidos do centro.
E enquanto no Congresso do PS o pedido de resgate (concretizado esta semana) quase passou ao lado, a preocupação primeira do encontro entre o BE e o PCP centrou-se exatamente sobre as consequências deste pedido de “ajuda”, que no fundo é o que vai definir se a política do próximo governo vai ser liberal, neoliberal, ou ultraliberal…
Pela história recente das intervenções do FMI, pela austeridade que sempre impõe sobre os mais pobres e mais fracos, pelo saque que faz a tudo que é Público (desde que seja rentável) privatizando e distribuindo regalias pelo Privado (setor bancário e financeiro) não há dúvidas de que teremos uma política de Direita, assente em teorias ultraliberais, seja qual for o governo que resulte DA VONTADE DO POVO…
Afinal, vamos votar para quê? E a culpa de quem é? DO POVO!

Peixinho do nosso mar, “coibinhas” da nossa horta, “auguinha” do nosso poço…

Rui Barreiro, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural afirmou no Seixal, no congresso Internacional "Agricultura Urbana e Sustentabilidade", que “As estimativas apontam para a existência de 2.000.000 de hectares de parcelas de território abandonadas ou semi-abandonadas no país”, o que é “um desperdício, um luxo a que Portugal não pode dar-se”.
“Existe um recurso ao serviço do desenvolvimento do país que não está a ser utilizado”, apontou o responsável, acrescentando que “a questão agrícola deve passar a fazer parte dos interesses dos autarcas nos próximos instrumentos de planeamento. O paradigma da globalização vai mudar, os mercados locais e regionais vão ter cada vez mais importância”.
O Congresso vai juntar até sexta-feira cerca de 300 pessoas de vários países. Os participantes no congresso vão partilhar experiências e discutir os desafios de um desenvolvimento sustentável das cidades, virado para a agricultura.
Objetivamente, sendo a área total de Portugal de 92.090 Km2 e sendo a área abandonada de 20.000 Km2, isto quer dizer que 21,7% do nosso território está a ficar com mato e silvas, ou desertificado, fruto de políticas castradoras da UE (comprando-a com subsídios), através dos PAC, que reduziram a produção agrícola, criaram preconceitos sociais e nos obrigaram a comprar a quem tem piores condições de produção do que nós.
Sem querer usar os argumentos que este governo sempre usou contra os opositores, se o Secretário de Estado diz que existe um recurso ao serviço do desenvolvimento do país que não está a ser utilizado, podíamos perguntar por que não fez nada para alterar o staus quo, mas vamos deixar de lado e olhar em frente…
Mas convém dizer que não é o paradigma da globalização que nos vai obrigar a mudar e a dar mais importância aos mercados locais e regionais, fruto da falta de regulamentação sobre o Mercado globalizado, que permite a especulação cega e crescente sobre os bens alimentares. Enquanto não dominamos o Mercado, forneçamos os mercados com produtos nacionais.
E para tal, nem sequer é preciso que a questão agrícola seja uma preocupação dos autarcas nos próximos instrumentos de planeamento, porque os PDM (Planos Diretores Municipais) já a contemplam, com a definição e delimitação das áreas da REN (Reserva Ecológica Nacional) e da RAN (Reserva Agrícola Nacional).
O que será necessário e urgente é que os autarcas se interessem pela implementação de medidas, que conduzam à exploração das áreas agrícolas demarcadas no papel, com criatividade, motivação, regulamentação e meios.
Partindo-se da filosofia das hortas urbanas existentes, o seu alargamento aos terrenos incultos (municipais, ou privados), o incentivo com microcréditos em paralelo com o mínimo de formação, poderão motivar muita gente para a agricultura biológica, comercial, ou de subsistência.
Pouparíamos individualmente e pouparíamos o país a endividar-se para comprar  o que somos capazes de fazer e que ainda não foi feito.

Incontinência verbal…

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O silenciamento dos inocentes

Por que silenciam a ISLÂNDIA?
Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.
Deus abençoe a Islândia (Guð blessi Ísland) - Legendas em português

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que
Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e
daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros/mês ao FMI.
Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores.
E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha. Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa islandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo
às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais. Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu,
aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que s seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para
que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.
Por Francisco Gouveia, Eng.
Recebido por mail, mas confirmado pelo autor e já publicado na edição de 24 de março, no Jornal Notícias do Douro.

Parlamento islandês aprova acordo para saldar dívida...



Estamos às Portas da lógica e da coerência

"Como Nação, Portugal recupera sempre, mas como Estado, esse não recupera", afirmou o líder do CDS/PP, Paulo Portas, que deu conta ao país do posicionamento do partido em relação à questão da ajuda externa, acionada pelo governo demissionário. Portas, que dá "apoio condicional" ao pedido, diz que, "com o pedido de ajuda, chegou ao fim um modelo económico em que gastamos mais do que produzimos". E sobre Sócrates, atirou algumas farpas: "A palavra de um político não deve ser contrariada pelos factos" e "não vale a pena fazer da propaganda um vício".
"O CDS pode concordar com um pedido de ajuda de emergência, mas essa ajuda não pode sobrepor-se à escolha dos portugueses daqui a dois meses", avisou Portas. Para o líder centrista, "o pedido de ajuda feito pelo Governo deve resguardar a decisão que os portugueses vão tomar nas eleições a 5 de Junho", lembrando que esse é precisamente "o espírito da União Europeia, que junta Estados que são constitucionais e democráticos". E concluiu que "temos um longo e difícil caminho para recuperar a autonomia do Estado".
Ainda sobre as eleições, Portas considera que o "verdadeiro debate é saber como vamos pagar o que devemos e como vamos fazer crescer a economia do país". Ou seja, "os partidos devem ser claros e concisos nas propostas contra a dívida", afirmou, revelando que "temos as nossas soluções", como, por exemplo, "não pactuar com obras que aumentam a dívida do país". E revelou que "patriotismo, hoje, é dar garantias aos que têm depósitos no sistema bancário português".
Ora cá está um discurso lógico e coerente, o que não é corrente e que coloca os pontos nos is, no que respeita ao passado, ao presente e sobretudo ao futuro.Quanto ao futuro:
O acentuar a recuperação do espírito da UE (tão espezinhado por dirigentes de outros países);
A defesa da nossa soberania constitucional e democrática (porque o povo é que escolhe);
O desenho de um plano de pagamento da dívida (esperando-se que o tempo faça parte desse plano) e
O resguardo das economias dos cidadãos (que o dos banqueiros tem estado assegurado).
Esperemos que todos os partidos façam o mesmo, e que o CDS-PP concretize estas intenções.
Não deixa de ser curioso que outro Portas (Miguel), sobre os antecedentes do mesmo assunto e noutra perspetiva se pronuncie também com lógica e coerência, cada um dentro das margens em que navegam.
Miguel Portas – 25/03/2011

Ela lá sabe, e quando fala não é muda!

A eurodeputada socialista Ana Gomes disse esta quarta-feira que “a maior parte dos banqueiros portugueses merece muito pouco crédito” e acusa-os de “ajudarem a esmifrar o Estado e viverem a sua conta”.
No blogue causa nossa” (http://causa-nossa.blogspot.com/), onde escreve regularmente, Ana Gomes afirma ainda: “Querem ver que tanto stress significa que nos andaram a contar mentiras sobre a resiliência dos seus testados bancos? Ignorantes, alguns pomposamente pedem uma ajuda intercalar à UE - que não existe, Barroso confirma, descartando-os liminarmente.”
Para a eurodeputada “chazinho de camomila a rodos, recomenda-se”.
“Tanto mais que, se caminharmos para a bancarrota, não iremos sozinhos - o Euro vai connosco. Antes tremerão os maninhos bancos espanhóis, alemães, franceses, britânicos e todos os que cá investiram, empurrando-nos para o endividamento fácil mas suicida”, acrescenta.
Ana Gomes salienta que “então Merkeles e seus amestrados no Conselho Europeu se assustem, acordem e façam o que há a fazer” para “salvar Portugal, mas sobretudo para salvar a Europa”. “No fundo, para se salvarem a si próprios e de si próprios”, acrescenta.
A eurodeputada socialista afirma ainda que a “maior parte dos banqueiros portugueses merece muito pouco crédito”, independentemente “do rating que lhes possam ter dado e dêem hoje as ratazanas das agências de notação”.
“Se atentarmos em tudo o que disseram, não disseram, fizeram e não fizeram: contradições, truques e passes de off shore incluídos... Doces ou salgados, os banqueiros não mandam no país. O país ficou hoje com ainda mais dúvidas sobre eles e os bancos que dirigem. Mandaria o decoro que, ao menos, afivelassem a mais elementar dose de patriotismo”, conclui.
Porque o que AG diz é coincidente com o que aqui tenho dito, muitas vezes, mas sobretudo porque me parece lógico o raciocínio, desde as causas até aos efeitos, não podia deixar de publicar todos estes desabafos, quanto mais não fosse por concordar comigo.
O futuro há de demonstrar a verdade, apesar de o governo já ter dado o 1º passo para resolver, por enquanto, uma(s) morte(s) anunciada(a), por tentativa de umas implosões mal calculadas…

Ecos da blogosfera – 8 Abr.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os vídeos deterioram-se(?) no Youtube…

Como já todos fomos acordados depois de um pesadelo coletivo (mais igual para uns do que para outros), que vai ser o futuro próximo e futuro (com muitos anos), tal não nos impede de continuarmos a pensar na “ajuda” e nas “soluções” preconizadas, que nos hão de levar a um beco sem saída, esperando que o fim não seja um precipício…
É do conhecimento de todos que as mesmas soluções para a Grécia e a Irlanda, deram e continuarão a dar os mesmos resultados, o que significa que a Portugal e aos portugueses, a mesma receita gerará as mesmas consequências e daí a incompreensão de tanto intelectual a aceitá-las mansamente. 

Mas pronto! Cada um come do que pode e os que podem comem sempre!
Em 12 de Outubro de 2010, publiquei aqui uma intervenção de Daniel Cohn-Bendit no Parlamento Europeu, feita em 05/05/2010 sobre a ajuda económica à Grécia e ao querer repor essa publicação, hoje, fui buscar o vídeo ao Youtube e reparei que o mesmo apresentava as legendas em português deterioradas e por isso inintelegíveis, como podem ver aqui:
Daniel Cohn-Bendit sobre ajuda económica a Grécia (legendado português)

No entanto, se apanharmos o mesmo filme legendado em castelhano, está intacto, como podem comprovar.
Daniel Cohn-Bendit (subtitulado en español) sobre ayuda económica a Grecia

A intenção é não só confirmar a deterioração do filme, mas sobretudo a força da denúncia da deterioração da política económico-financeira europeia e dos métodos maquiavélicos com que alguém nos anda a urdir.
Entretanto, sobre a Irlanda e Portugal, uma outra perspetiva, no mesmo sentido, mas mais enquadrada em estratégias terroristas e teorias conspirativas, que não são feitas por nenhum bruxo, mas por um analista económico.
Max Keiser: Governo Irlandês escravo da máquina de terror FMI!

A propósito das denúncias das redes de especuladores, há meses guardei o endereço de 11 vídeos do Youtube, que reproduziam o filme: “Let's Make Money” de 2008, legendado em português, que de tão perturbador, atrasei a sua publicação. Ontem ao pensar publicá-los, tinham desaparecido do Youtube, os legendados, mas se alguém domina o inglês, pode começar com o 1/11 e procurar os restantes.
Se em alguns destes vídeos puder escolher as legendas em português, os defeitos encontrados no 1º vídeo deste post, continuam, provavelmente por anomalia técnica, ou talvez não…
História: Documentário sobre o Dinheiro e como se movimenta pelo planeta.
A totalmente errada e injusta distribuição de riqueza em toda a humanidade.
Como toda a humanidade trabalha para enriquecer uns poucos de indivíduos.
Os maiores ladrões do mundo, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, como estes roubam toda a humanidade, criam pobreza e manipulam a distribuição dos recursos através de mentiras e corrupção.
A história por detrás dos paraísos fiscais...
Isto é o inicio do fim do SISTEMA MONETÁRIO!!!

Revisão da matéria “dada”…

Portugal entra no carrossel da Irlanda e da Grécia. É só o início do caminho de pobreza. Não vai ser possível pagar tudo. Em 2013 vamos reestruturar dívida.
No dia 21 de Dezembro de 2010 foi registada uma sociedade anónima na Avenida John F. Kennedy, n.o 43, no grão-ducado do Luxemburgo, que responde pelo nome "Company". É uma criatura jurídica e financeira notável com risco de apenas 0%. A Company é nada mais nada menos que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), criado após a crise da dívida da Grécia - que levou o país ao tapete em Maio - para resolver os problemas de liquidez dos países do euro.
Este é o carrossel que traz o FMI atrelado e vai agora dar uma boleia a Lisboa, depois de Atenas e Dublin terem já começado a viagem para um destino inóspito: o inferno na terra. E porquê? Porque o problema destes países não é a liquidez, é a solvabilidade. Dito de outra forma, as montanhas de dívida contraída deixaram os países periféricos da zona euro no limiar da falência, incapazes de pagar as facturas.
A solução óbvia para este problema é reestruturar dívida. Coisa impossível de fazer antes de Junho 2013, quando for accionado o novo Mecanismo Europeu de Estabilidade, que prevê a participação do sector privado na solução da crise. Ou seja, só em 2013 poderá haver redução do valor líquido da dívida dos países mediante negociação com os privados. Avançar agora para essa solução seria o ideal para Portugal, Grécia ou Irlanda. A Islândia fê-lo. E com bastante sucesso.
Berlim não vai deixar que isso suceda porque, além da crise financeira e da crise da dívida soberana, a Europa está mergulhada numa enorme crise da banca cujos efeitos podem obrigar os alemães a injectar milhares de milhões de euros de dinheiros públicos para salvar o seu sistema financeiro. Portanto preparamo-nos para salvar os bancos alemães, e os franceses, e os espanhóis e os portugueses.
Entretanto, 10 milhões de almas portuguesas vão sofrer brutalmente. A riqueza deste país vai ser drenada para pagar aos credores estrangeiros. Atenção: isto sucede por culpa e incúria próprias. A nossa dívida não é sustentável por causa de anos consecutivos de cegueira e de erros políticos colossais: não só dos governos, mas também das empresas e das famílias.
Nos próximos anos tentaremos encontrar, com as típicas receitas do FMI, um caminho que ponha as finanças públicas numa trajectória sustentável. Os cerca de 75 mil milhões de euros que Lisboa vai receber por tranches no empréstimo do FEEF/FMI evitam a bancarrota de imediato, garantem anos de sofrimento, aumentam o endividamento de Portugal e não resolvem o outro lado do problema: fazer a economia crescer.
É evidente que um país com um endividamento externo bruto na ordem dos 300% do PIB, com um programa austero de consolidação orçamental e sem competitividade económica está destinado a penar no deserto. A fatalidade é esta: seja qual for a perspectiva com que se olhe para o futuro, os indicadores macroeconómicos vão mostrar um cenário muito negro, com a contracção da economia, o aumento do desemprego, a queda abrupta da procura interna e cortes draconianos no investimento. E para quê? Para quase nada.
O próximo governo deverá pensar muito seriamente em reestruturar dívida. Uma reestruturação ordenada, feita com antecipação, evitará problemas maiores. Tal como a antecipação de um pedido de ajuda externo por este governo teria evitado o desperdício de milhares de milhões em juros. Não vale sequer a pena tentar medir a responsabilidade do primeiro-ministro José Sócrates: ficará na história como o homem que arruinou o país.
Carlos Ferreira Madeira, Redactor principal do “i”

Insistindo numa realidade surreal e Angel(ic)a

O descontentamento que reina na Europa face aos Governos nacionais e às instituições europeias, num continente "dominado pela Alemanha de Merkel", pode levar à decadência e possível desagregação da UE, afirma Mário Soares.
"Se a Europa não percebe o descontentamento que reina em todo o lado, contra os Governos nacionais e as instituições europeias e a distância que os separa dos seus povos, é indubitável que nos encaminhamos para a decadência da UE, num mundo em transformação, e para a sua possível desagregação", escreve num artigo publicado no El Pais.
Mário Soares considera que "a igualdade e a solidariedade entre os estados desapareceu" com todos "mais ou menos dominados pela Alemanha da chanceler Merkel", que "se esqueceu do que a Alemanha deve à Comunidade Europeia".
Considerando-se "dona da Europa" e "apoiada pelo seu servil aliado, o presidente Sarkozy" leva a que a economia e as finanças dominem tudo, com o BCE e os bancos alemães, "ainda que não exclusivamente", a "paralisar uma Europa de cidadãos, uma Europa política, de tipo federal".
No artigo, intitulado "Portugal e Espanha no contexto europeu", o ex-presidente da República recorda que apenas 3 países são governados por Governos socialistas (demissionário no caso português) e que todos são do sul, com um peso "mais marcado pela história e pelo que representam" do que pelo dinheiro. "Não são coisas de pouca monta mas, claro, os economistas como só vêm o dinheiro, esquecem-se do resto. E talvez por isso se enganem tantas vezes", escreve.
Bem sei que chamam muitos nomes a quem diz a verdade, mas mesmo os que não gostam do patriarca, tem que lhe reconhecer razão, lucidez na leitura dos factos, contra todos os argumentos. E é preciso insistir.
Não foi seguramente para isto que MS nos levou para a UE, que nos conduziu ao euro e nos oferece o que os descrentes de então previam. Se não tivessem escondido a vontade da federalização a médio prazo e tivessem entrado por aí de imediato, talvez as coisas fossem diferentes, para melhor e com dirigentes europeus democrática e legitimamente eleitos.
Como ele diz, os economistas só vem o dinheiro, esquecem-se do resto e talvez por isso se enganem tantas vezes. Falta acrescentar os políticos, quantas vezes impreparados, que são (mesmo que não pareça), quem toma as decisões e se auto desculpabilizam.
Défice orçamental 2010


Ecos da blogosfera – 7 Abr.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Hoje andei a pensar: Quem paga a toda esta gente?

As agências de rating
As principais empresas de rating que tem feito todo o trabalhinho relativo à (des)qualificação de Portugal, assim como à Banca e às maiores empresas nacionais, quer do setor público, quer do privado e agora até a cidades e à Madeira são: a Standard & Poor's (Estados Unidos), a Moody's Investors Service (Estados Unidos) e a Fitch Ratings (Estados Unidos - Reino Unido - França), uma de cada vez, concertadamente e disparando a torto e a direito, sobre tudo e todos, classificando de “lixo” o que lhes é apetecível.
Sabendo-se que estas 3 grandes companhias nova-iorquinas dominam aproximadamente 90% do mercado a nível internacional e o controlam, sendo um facto que nenhuma delas conseguiu prever a crise económica de 2008, que se “enganaram” na classificação da Enron e da Lehman Brothers, imediatamente antes da falência de cada uma, que crédito nos merece o “crédito” que atribuem ao que avaliam, se é o próprio diretor do FMI a dizer que as agências de rating nem sempre acertam? Por alguma razão, técnica ou ética, a Comissão Europeia, pediu a estas empresas para atuarem responsavelmente e com rigor, sobretudo em momentos tão sensíveis e difíceis como os presentes. Pelas mesmas razões a UE quer regulamentar o funcionamento das agências de rating para estarem sob a sua supervisão e pensa mesmo criar uma agência pública europeia, que já vem tarde.
Com estes dados, seria lógico que a lógica destas agências não tivessem eco, mas para isso seria também preciso que o setor financeiro funcionasse com lógica, o que impediria o seu funcionamento.
Mas a grande questão que se me põe, é a seguinte:
1 – As 3 empresas de rating citadas são privadas;
2 – Seguramente não trabalham para aquecer;
3 – Devem ter centenas de funcionários altamente qualificados e altamente remunerados;
4 – Os equipamentos devem ser dos mais sofisticados e dos mais caros;
5 – As suas sedes devem situar-se na downtown de Nova York, investimentos caríssimos;
6 – Como qualquer empresa tem que ter as respetivas Administrações, que não devem ganhar nada mal;
7 – Para ganharem para tanta despesa, ALGUÉM TEM QUE LHES PAGAR e sabemos que pagam, quando lhes é pedido qualquer trabalho por alguém muito específico, mas…
No caso presente, em que até parece que não fazem mais nada do que analisar Portugal, de fio a pavio (e já lá vão uns meses), QUEM SERÁ QUE LHES PAGA, se não são nenhuma ONG e logo intervem as 3 estrategicamente concertadas?
E se alguém lhes paga (é inevitável!), deve ser porque existe algum interesse.
E se há interesse, que não pode ser só o de ganhar dinheiro (ganhavam-no de outra forma, com outros países…) que interesse será esse?
Será uma guerra de estrelas? Será uma troca de moedas? Será uma batalha com novas armas? Será uma conspiração? Mas contra quem? Contra o HOMEM?
Que pesadelo!