(per)Seguidores

sábado, 18 de junho de 2011

Para quem de direito (ou de matemática)...

A hiperactividade e défice de atenção é uma perturbação neurobiológica que se traduz por uma desatenção inapropriada para a idade. É hereditária e faz-se acompanhar por sinais de agitabilidade motora (hiperactividade). Os sintomas devem estar presentes nos vários contextos do quotidiano do indivíduo: FAMILIAR - MEIO PROFISSIONAL OU ESCOLAR - MEIO SOCIAL
Esta perturbação apresenta 3 subtipos:
• PHDA do tipo DESATENTO - caracterizado por sinais comportamentais essencialmente relacionados com a desatenção e falta de concentração;
 PHDA do tipo HIPERACTIVO - caracterizado por sinais de agitação motora, dificuldades para cumprir regras e falta de auto-regulação comportamental em geral;
• PHDA do tipo Misto - Caracterizado por sinais de desatenção e de agitação motora.
As causas da PHDA que podem ser provocadas por:
• Alterações dos factores neuroquímicos e neuro-anatómicos no cérebro.
• Alterações dos  factores ambientais e relacionados com aspectos da vida uterina.
• Alteração de factores genéticos e moleculares.
De acordo com a experiência da psicóloga Maria João Ferro, o facto de em Portugal, na generalidade dos casos, se dar ênfase à tónica do subtipo hiperactivo, renegando para segundo plano a do défice de atenção, tem feito com que só as crianças hiperactivas tenham acesso às medidas que a lei portuguesa prevê para apoio no âmbito das Necessidade Educativas Especiais. "Apesar de não ser na maioria dos casos, mas a minha experiência (20 anos) mostra-me que ainda existe muita falta de informação, em especial naqueles que têm a responsabilidade de operacionalizar este apoio diferenciado nas escolas", acrescenta. É com pena que a psicóloga desabafa que, na prática, ainda hoje encontra meninos do subtipo desatento que não são abrangidos pela lei das Necessidades Educativas Especiais por não se terem reunido as condições necessárias. Também, pelo que a psicóloga pode constatar, os rapazes são tendencialmente do tipo hiperactivo e as meninas tendencialmente do tipo desatento. Como tal, apesar de ambos apresentarem a mesma perturbação, as meninas podem estar a ser prejudicadas.
Os três subtipos desta perturbação podem acompanhar o individuo toda a sua vida, apesar de em Portugal ainda se acreditar que com a idade esta perturbação tende a desaparecer. Os estudos que nos chegaram nas últimas décadas mostraram-nos que existem diferenças significativas entre os cérebros de indivíduos com diagnóstico de PHDA (independentemente do subtipo) e aqueles supostamente "funcionais" nas questões da desatenção e da hiperactividade.
Estudos comprovados pela experiência de Zametkin e colaboradores (1990) demonstram que o metabolismo da glucose no cérebro das crianças e adultos com PHDA é inferior cerca de 8,1%. Isto implica uma diminuição da circulação sanguínea e correspondente menor activação das células. Como a glucose é o combustível do cérebro, todo o processamento de informação torna-se mais lenta no Cortex Frontal – zona responsável por vários processos implicados na aprendizagem. "Como a atenção depende de alguma forma do funcionamento desta área cerebral, surge o problema da desatenção, procrastinação (adiamento de uma acção), má gestão do tempo, entre outros sintomas que tanto atrapalham a vida da criança e do adultos", esclarece a psicóloga.
Os sintomas entre adultos e crianças são diferentes. Transformam-se ao longo da vida. Os sinais de Hiperactividade tendem a desaparecer, mas os de desatenção mantêm-se ao longo de toda a vida. Nos adultos é muito comum a procrastinação, a impulsividade, a má gestão dos sentimentos de frustração, a imaturidade, a irresponsabilidade, tendência para a adição e comportamentos de risco e uma péssima relação com a gestão do tempo.
O diagnóstico destes casos apresenta grande complexidade, pois ainda não há grande concordância na comunidade científica sobre os seus critérios. Nos EUA, já trabalham esta área há décadas, inclusive os adultos são medicados e seguidos por terapeutas comportamentais. No entanto, em Portugal a intervenção na PHDA dos adultos ainda está a dar os primeiros passos.
Maria João Ferro é das primeiras psicólogas a trabalhar nesta área no nosso país e tem a experiência do modelo SPARK, criado pelo Prof. Dr. John Ratey, Psiquiatra e Professor na Harvard Medical School - que tenta ajudar estes adultos, sem recorrer à medicação.
Este método valoriza a relação CORPO-CÉREBRO. Encara o cérebro (em especial os "preguiçosos" – dos indivíduos com PHDA) como um músculo que pode ser treinado pelo exercício físico. Ratey defende que através do exercício regular (3 x por semana, 20m mínimo de cada vez) se melhoram a atenção, a concentração, a memória de trabalho, o comportamento e a disciplina vs indisciplina.
Apesar de hoje em dia se batizar todos os comportamentos “anormais” das nossas crianças como hiperatividade e que leva muita gente a “constatar” e a desconfiar que esta tem vindo a aumentar, se os compararmos com os comportamentos do passado, é um facto que ela existe, tem origens, justificações e tratamentos.
O problema que aqui se expõe é o da inclusão destas crianças, em idade escolar, nos benefícios dos apoios que tem os NEE, inclusive os desatentos. Pelo que sei, até alguns apoios aos hiperativos foram cortados, o que tornará mais difícil pensar-se na possibilidade de abrir o leque a mais beneficiários, inevitavelmente pela situação atual do país (como é inevitável argumentar-se).
Fica o registo, para quem de direito, mesmo que seja das matemáticas, ou por isso…
Einstein também era (PHDA).

Álvaro Santos Pereira no "Contra-facção"

Para quem quiser conhecer, parcialmente, o pensamento do novo Ministro da Economia sobre a prática política do passado recente e a sua visão técnico-política do próximo futuro, pode consultar aqui o que foi publicado de sua autoria neste blogue, concretamente,  um artigo, duas entrevistas escritas e uma televisiva, para além de 16 links para o seu blogue DESMITOS e só a partir de um primeiro contacto, em 15 de Novembro de 2010.
O critério desta seleção, naturalmente que teve sempre a ver com a “linha editorial” do "Contra-facção", sem comprometimentos e com admiração pelo rigor e isenção dos trabalhos e do seu autor.
Ecos da blogosfera
27 Jan 2011 DESEMPREGO A SUBIR
14 Fev 2011 LIVRO TERMINADO
18 Abr 2011 FORÇA NEGOCIAL
03 Jun 2011 REDUÇÃO DAS PENSÕES

Ecos da blogosfera – 18 Jun.

O TÚNEL GREGO

 


Provavelmente o último link para o DESMITOS


A concretizar-se a nomeação para Ministro da Economia, os Parabéns ao Professor Álvaro Santos Pereira e muito bom trabalho a favor de Portugal, com a mesma sensibilidade e preocupação que foi demonstrando para os problemas sociais.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

INTERNET, uma arma presente no nosso futuro…

Máscaras de Guy Fawkes,
popularizadas pelo livro e filme V for Vendetta
Não têm líder e existem como uma comunidade na internet que luta pela liberdade de informação e expressão.
"John F. Kennedy era Anonymous" é um dos recentes posts no blogue do grupo: AnonOps Communications. "A palavra ‘segredo’ é repugnante numa sociedade aberta e livre e nós como povo somos intrinsecamente e historicamente contra as sociedades secretas, os juramentos secretos e os procedimentos secretos", diz, num vídeo, o antigo presidente dos Estados Unidos, dois anos antes de ter sido assassinado, que segundo o grupo, foi a mensagem que lhe ditou a morte.
Definindo-se como ciberactivistas, os Anonymous afirmam lutar pela liberdade de informação e expressam-se com ironias e ameaças. "Deram-nos combustível, mas agora devem estar prontos para a explosão", foi o tom da mensagem que enviaram ao governo espanhol, depois de as autoridades locais terem anunciado a detenção de três membros suspeitos de participarem em ciberataques contra a Sony PlayStation Network e sites do governo.
Criado em 2003, o grupo tornou-se mundialmente conhecido depois de ter atacado vários sites de grandes empresas e como “Robins dos Bosques” da internet, recorrem a um tom profético e atacam empresas, governos e milionários, até mesmo igrejas, como a Cientologia. Os membros do grupo não são conhecidos, mas correm rumores de que se organizam numa comunidade online descentralizada e actuam de forma coordenada perante objectivos comuns. O grupo não tem líder ou direcção controladora e depende do poder colectivo dos activistas. Segundo declarações de um membro, ou "anon", "qualquer pessoa pode ser um Anonymous e trabalhar para alcançar os objectivos".
Esta semana prometeram vingança à Reserva Federal norte-americana, segundo um vídeo colocado no YouTube (ver em baixo), depois de a instituição ter ignorado o pedido de demissão do director-geral, Ben Bernanke. "A Reserva Federal conduziu deliberadamente dez milhões de pessoas para a pobreza" afirmam no vídeo. "A Reserva Federal é responsável por crimes contra a humanidade [...] e causou deliberadamente a inflação dos preços dos alimentos, do gás e de bens básicos, enquanto desvalorizava o dólar. Estejam à nossa espera."
Não há dúvidas de que com tanta informação corremos o risco de ficarmos baralhados, porque a contra-informação corre à mesma velocidade e com a(s) mesma(s), na Internet. A prova mais recente desta estratégia de manipulação (individual) das massas, é o caso Wikileaks (de que já ninguém se lembra, só o soldado Bradley Manning, que continua preso).
Nos últimos dias temos publicado posts relacionados com a matéria e ficamos sempre com uma certeza sobre os seus autores, sejam do lado do poder, ou do contra-poder, que mesmo que não sejam anónimos, deixam em dúvida a veracidade da informação, ou a falácia da tese e apenas nos resta a análise e a avaliação individual dos argumentos.
Só para não morrermos desinformados e fazermos um esforço constante para a (in)compreensão do mundo em que vivemos, aqui fica mais um registo, da maior arma da atualidade - a Internet - e estarmos precavidos contra todos os projeteis.
Foto

‘Anonymous’ targets Federal Reserve chairman Ben Bernanke


E para que não se pense que os maus da fita são estes Anonymous (gente anónima), para fazer o contra ponto, vejam também o segundo vídeo, sobre o Clube de Bilderberg (gente conhecida) e fique atento…
Bilderberg 2010: Alex Jones comenta

Eis a retaguarda da linha da frente!

Ainda ontem me perguntava como é que nas manifestações, mesmo nas pacíficas, surgiam sempre uns grupos de agitadores, que se vestiam de preto e que mais não faziam do que instigar confrontos com a polícia e criar desacatos, que davam origem a que os jornalistas resumissem, sempre, as reportagens a estes pormenores, descredibilizando os motivos/objetivos mais nobres e perguntava-me ainda quem pagaria a estes "profissionais" da porrada (desconfiando de tanta coincidência).
Voilá uma resposta, que repõe/depõe a favor da verdade… E vale tudo!
Qui són els violents?
Polícia libanesa em treino para controlar manifestações
Durante la represión que sufrimos en el desalojo de Plaza Catalunya, les comenté de la legión de policías de civil, que habían desfilado, este es el modo en que actúan los cuerpos represores, la oligarquía catalana y extrema derecha...
En este video podemos ver esos métodos empleados, los mismos que no son comentados por los medios de comunicación al servicio de esos poderes, y tampoco son referidos por Artur Mas y Felip Puig, que hablan de policías heridos, pero que son heridos por sus propios compañeros...
Todo para deslegitimar el movimiento del 15M. 
Vean la cara, difúndanlo, para que su familia sepa a qué se dedican...


Ecos da blogosfera – 17 Jun.

"Maioria para a mudança", ou "Mudança de Maioria"?

Se tiver insónia e em vez de contar carneiros quiser ler o texto integral, fica dispensado de ouvir a homilia do próximo domingo…
Sem querer retirar o tempo de “estado de graça”, que é da tradição atribuir aos novos governos, e tendo em conta que estamos ainda num Estado de graça (segundo alguns), ficamos à espera das medidas concretas, porque de narrações e narrativas estamos pelos cabelos (e já são poucos).
Boa leitura, e se a fizerem transversalmente, nem ganham, nem perdem nada…
Medidas! Esperamos ver medidas, mais de perto!
Imagem recebida por mail

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Alteração dos Direitos dos Servidores do Estado

Portugal tem um número excessivo de hospitais que podem ser fechados e a implementação do programa negociado com a troika do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia é uma “boa ocasião para tomar decisões difíceis”, defendeu o presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Jorge Simões propôs ainda que a ADSE seja convertida num seguro social suportado pelos funcionários públicos.
Mais de metade dos 278 concelhos do país dispõem de mais do que uma unidade hospitalar financiada com verbas do SNS. É com base nestes dados que o presidente da ERS, Jorge Simões, fala de uma oferta excessiva de hospitais em Portugal, estabelecimentos que, na opinião do responsável, podem ser fechados, até porque “as pessoas têm que perceber que Portugal está a passar por uma situação de grande dificuldade” e fechar as portas de “meia dúzia de pequeníssimos hospitais não causa problemas graves às pessoas”.
Coragem para adotar “decisões difíceis” é aquilo que Jorge Simões espera do próximo governo.
Futuro da ADSE
O responsável pela ERS criticou também o abate de custos com a ADSE receitado pela troika, algo que poderá agravar o desequilíbrio financeiro do subsistema de saúde dos funcionários públicos: “Há o risco de os beneficiários com maiores rendimentos e maiores descontos, os mais afetados pela redução da cobertura, exercerem o direito de opting-out.
Já em 2012, uma redução de 30% nos subsistemas de trabalhadores da Função Pública, membros das Forças Armadas e das forças de segurança. O objetivo é garantir que sejam financeiramente autónomos dentro de 5 anos.
“Discordo que haja vantagem em que o Orçamento do Estado financie a ADSE. Julgo que deve ser autossustentável e não depender do Orçamento geral”, afirmou Jorge Simões, traçando dois cenários para aquele subsistema de saúde: a supressão, por vontade dos beneficiários, ou a conversão num seguro social suportado pelos trabalhadores do Estado.
Ainda antes de o novo governo chegar, antigos quadros do velho governo vão quebrando o silêncio e contrariando as políticas que foram vendo ser implementadas, dando-se agora ao luxo de até sugerir táticas “políticas” e incentivar ao aproveitamento desta boa ocasião de depressão coletiva e fraqueza de vontades, para o executivo tomar decisões difíceis (corajosas, diria o PM anterior). É preciso coragem! Mas o que os impedia de falar? Ou querem continuar nos cargos?
Por um lado, vem-se dizer que há uma oferta excessiva de hospitais em Portugal e que se se fechar meia dúzia de pequeníssimos hospitais não causa problemas graves às pessoas. Por outro lado, esquece-se de que há um plano de construção de novos hospitais (desnecessários e “consentidos” pela ERS), que há listas de espera inadmissíveis (sem se ter ouvido soluções corajosas vindas da ERS) e que meia dúzia de hospitaizinhos, se não ajudam, também não atrapalham… Mas pelo sim, pelo não, mais vale falar do que estar calado!
Mas o mais saliente da notícia é criticar-se a receitada da troika, discordar-se da redução de 30% nos custos com a ADSE e outros subsistemas, mas sugerindo-se 100% nesses cortes, com a supressão (por vontade dos beneficiários?), ou com a conversão num seguro social suportado pelos próprios trabalhadores do Estado (como se, na prática, as coisas não fossem nesses moldes), tendo por base e apenas a discordância de o Orçamento do Estado financiar o que deve ser autossustentável, na opinião do opinante. Não seria mais razoável apresentar-se um balanço (muuuuuito sintético) entre as receitas (da ADSE) e as despesas (da ADSE), para sabermos como param as modas? Só porque as seguradoras tem lucros. E se a ADSE dá prejuízo, mostre-se?
Desde que me lembre e sem querer fazer história, a ADSE nasceu no tempo em que os Servidores do Estado (Funcionários Públicos) ganhavam tão mal e porcamente, que nem impostos pagavam e em que não havia SNS, mas pagavam uma percentagem do ordenado, que não anda muito longe de qualquer seguro privado de saúde. Claro que hoje temos um SNS, os Servidores do Estado (Funcionários Públicos) ganham muito mais e tanto, que até ajudam a pagar as dívidas do Estado e provavelmente estão aí os argumentos para acabar com a regalia. Honra seja feita à alternativa apresentada, que prevê acabar com a benesse e com o desconto (pensa-se) e tudo para se cumprir a Missão da ERS, no quadro da prossecução da defesa dos direitos dos utentes.
Por sorte, ou por azar, chega a notícia, pensa-se que boa para o Estado e má para a teoria do presidente da ERS:
O saldo do SNS registou uma melhoria de 130,4 milhões de euros nos primeiros 3 meses deste ano, que permitiu uma descida para 3,2 milhões negativos.
A execução económico-financeira do SNS revela então que a despesa caiu 128 milhões de euros, sendo que os valores gastos com os medicamentos reduziram 20% e com o pessoal diminuíram 7,9%.
É caso para se dizer e de pensarem: De tanto castigarem os Funcionários Públicos, ainda acabam com a raça! E depois quem paga a Dívida?

Palavras para quê? O futuro já está gravado…

Numa das notícias de uma das televisões nacionais (não apanhei a reportagem) o repórter reduzia a contestação (violenta), enquadrada na manifestação, a um grupo de alguns agitadores (tão burros) que se vestiam de preto (para não serem identificados?) e que mais não faziam do que instigar os confrontos com a polícia.
Quem será que paga a esses "profissionais" da porrada?
Grécia: Terceira greve geral
Gregos contestam novo plano de austeridade

RTP acompanha dia tenso em Atenas
Barcelona a ferro-e-fogo

Marcado para hoje julgamento de dois ativistas

Oh, gente da minha terra, agora é que eu percebi…

Hoje assinala-se o “Dia Nacional de Luta Contra a Paramiloidose”.
Esta doença neurológica rara e sem cura ocorre quando o fígado produz uma substância fibrilar insolúvel designada por amilóide, que se deposita nos tecidos.
Conhecida como “doença dos pezinhos”, manifesta-se entre os 25 e 35 anos, transmite-se por via genética e os sintomas são a perda de peso, de sensibilidade e estímulos, afectando os membros inferiores e superiores, causando perturbações no sistema digestivo e nervoso e problemas cardíacos.
O Tafamidis® será totalmente comparticipado, custando ao Estado cerca de 120 mil euros/doente por ano. O transplante de fígado fica em cerca de 400 mil euros. Só que os transplantados, na maioria dos casos, deixam de trabalhar ou recorrem com frequência à baixa médica, mas muitos morrem com outras complicações.
A França, Itália e Luxemburgo já estão a ministrar o Tafamidis® aos seus doentes. Recentemente, o secretário de Estado da Saúde disse que quem certifica o medicamento é a Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos (EMA), e, só depois, poderá ser disponibilizado pelo SNS.
A Associação Portuguesa de Paramilodoise estima que Portugal tenha cerca de 2.000 pessoas com a doença, mas há mais 6.000 casos com gene mutante, mas sem manifestações clínicas da patologia. A cada ano, surgem 100 novos doentes em Portugal.
Dizia-se que a doença só existia na Póvoa de Varzim e numa freguesia do concelho e numa remota cidade do Japão, provavelmente levada por qualquer marinheiro poveiro. A emigração dos anos 70 e os casamentos entre poveiros e gente de outras terras alastraram a doença, nos dias de hoje, pela Europa e pelo mundo, o que originou um trabalho de investigação científica portuguesa de alto gabarito, desde o Dr. Corino de Andrade, até à Dra. Maria João Saraiva, investigadora da Universidade do Porto e distinguida pelo seu trabalho na área da Biomedicina, com o Prémio Gulbenkian Ciência 2009 e que está na origem dos novos fármacos.
Falando de memória, esta doença que persegue todos os poveiros desde a infância, ceifando pais de amigos e amigos e ameaçando todos, em tempos em que não havia diagnósticos, apenas a espera de não a ter, teve avanços significativos, mas não o bastante para que não houvesse necessidade de um “Dia Nacional de Luta Contra a Paramiloidose”. E como em todos os “Dias não sei de que”, também neste a realidade contraria as boas intenções…
A Paramiloidose (PAF) foi a única doença descoberta por um médico português nos tempos modernos, pelo Dr. Corino de Andrade em 1952 na Póvoa de Varzim, onde se situa o Centro de Estudos e Apoio à Paramiloidose.

Ecos da blogosfera – 16 Jun.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Amigos virtuais, perigos reais(?)…

Pesquisas realizadas recentemente apontaram que sete dos 15 sites mais visitados em todo o mundo são os de redes sociais. Para se ter uma ideia, só o Twitter tem mais de 25 milhões de visitantes num único dia. O Facebook, por sua vez, recebe 130 milhões de visitas diariamente, o MySpace 60 milhões de visitas por dia e o LinkedIn mais de 15 milhões de visitas diárias.
O mais curioso disso tudo é que além do público jovem, as redes sociais também conquistaram os adultos e parcela da população da melhor idade. Dados divulgados mostram que 27% dos usuários têm entre 18 e 24 anos, 24% entre 25 e 34 anos, 18% com 35 a 44 anos, 12% com idade entre 45 e 54 anos, 9% entre 55 e 64 anos e 6% com 65 anos ou mais. A pesquisa foi feita com pessoas a partir de 18 anos, pois, é a partir dessa idade que o cadastro em redes sociais é permitido.
É indiscutível que a popularização e o fácil acesso à internet são fatores que contribuem muito para a procura dos usuários às redes sociais. Mas será que estas redes são 100% seguras e confiáveis? Segundo o advogado e especialista em direito digital e segurança da informação, Guilherme Santos, do escritório Jefferson Brückheimer Advocacia Empresarial, com a facilidade de acesso à internet, é necessário que os usuários tenham muitos cuidados. “As pessoas devem ficar atentas na hora de divulgar informações pessoais como telefones, endereço, lugares que costumam frequentar e precisam também evitar a publicação de fotos que possam comprometê-la futuramente, afinal, tudo isso pode se tornar muito valioso para pessoas mal intencionadas”, afirma. Segundo ele, um dos riscos mais preocupantes das redes sociais é uso por pedófilos para aliciamento de menores. “É muito comum vermos casos de menores marcando encontros com desconhecidos através dessas redes sociais. Os pais devem ficar atentos ao conteúdo visitado pelos seus filhos; colocar o computador em local visível a todos; não deixar que informem endereço de casa, onde estudam e postem fotos de locais que costumam frequentar”, alerta o advogado.
Tem sido frequente o vazamento de dados dos usuários das redes sociais. Mais um motivo para que o mínimo de informações pessoais sejam disponibilizadas nestes canais de comunicação: “Pelo grande volume de informações armazenadas e disponibilizadas via internet, as mesmas passaram a possuir valor inestimável. Por conta disto, as pessoas devem zelar pelos seus dados e protegê-los.”, diz Guilherme.
No universo corporativo as redes sociais ganharam contornos de extrema relevância, pois é uma ferramenta que ajuda no crescimento, popularização, fidelização e aumento da clientela e firmar o lugar no mercado. Porém o uso das redes sociais pelos empregados deve ser objeto de normas internas, haja em vista que o uso indevido de determinada informação ou da marca da empresa poderá acarretar consideráveis perdas financeiras e irreparáveis danos à imagem corporativa.
“Para regular a utilização da web pelos empregados, as empresas devem adotar códigos de conduta para o uso de redes sociais e os seus sinais distintivos. Deixando claro quais as punições previstas para aqueles empregados que a violarem: advertência, suspensão, demissão por justa causa; imputação de responsabilidade civil, criminal e trabalhistas, entre outros”, diz Guilherme
O importante, para saber utilizar de forma segura e adequada os media sociais, é que cada usuário tenha a consciência da exposição que será feita, devendo avaliar se isso é mesmo positivo para sua vida pessoal e profissional. “É muito difícil ver alguém que ainda não se tenha entregado às redes sociais, mas as pessoas precisam saber utilizar as ferramentas da melhor forma possível para evitar futuros problemas”, finaliza o advogado.
Nem de propósito, chegou-nos a informação do alerta aos jovens sobre a utilização do Facebook, que servirá para os mais velhos e menos esclarecidos e com certeza extensível a todas as redes sociais.
O projeto SeguraNet tem disponível online um Guia de Facebook para Jovens.
O objetivo deste guia é dar aos jovens informação útil relacionada com o uso da rede social Facebook, nomeadamente conselhos de como utilizar a mesma em segurança.
Para além de ter uma versão acessível online, o projecto SeguraNet disponibiliza às escolas, mediante pedido, exemplares impressos deste mesmo guia para a realização de atividade de alerta sobre questões de segurança e perigos existentes no uso das redes sociais.
Para além do guia para jovens, o projeto SeguraNet tem também um «Guia de Facebook para Pais e Educadores».
Bom proveito e muitos “amigos”!

POWERLINE, mais uma ameaça para a humanidade?

Recebi por mail o texto abaixo, que me deixou inquietado, não só pelos potenciais perigos para a saúde pública (e a de cada um de nós), mas também pela voracidade sem limites de se fazer dinheiro.
Antes de publicar este alerta, informei-me no site da ANACOM, onde encontrei um esclarecimento sobre o assunto, que acaba por não retirar razão às preocupações, procurei informação (na Wikipédia) e naveguei por alguns blogues que já postaram o assunto.
Deixo o texto, a informação e o esclarecimento para que cada um se preocupe qb, pelas mesmas razões por que fiquei preocupado, esperando que entretanto, alguém de direito, como por exemplo a Direção Geral de Saúde, a confirmar-se o perigo, encete imediatamente as medidas apropriadas, de forma a matar o mal pela raiz.  
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“O Prof. Augusto Albuquerque que eu conheço e que assina o texto abaixo, foi meu professor de Telecomunicações no IST e é uma pessoa de grande idoneidade e de muito conhecimento na matéria, está na União Europeia já lá vão muitos anos, sendo Director do IST na Área de Projectos para a Sociedade de Informação.” Ricardo Vidigal da Silva
Mais uma desgraça para a humanidade!
POWERLINE é um novo sistema de distribuição de Internet e telefone digital, através da rede eléctrica. Em Portugal a ONI está a desenvolver este sistema em algumas zonas de Lisboa, mas ainda em fase experimental.
O POWERLINE funciona da seguinte maneira:
Nos postos de transformação da EDP são instalados os servidores de Internet e telefone digital, estes servidores transmitem o sinal em altas-frequências (HF) com potência suficiente para percorrer a rede eléctrica até chegar às casas dos consumidores.
Nas casas dos consumidores são instalados modems próprios para POWERLINE, estes modems são ligados a uma tomada de electricidade para emitirem também para a rede da EDP sinais de altas-frequências (HF) com potência suficiente para conseguirem chegar aos servidores instalados nos postos de transformação da EDP.
Portanto os sinais de POWERLINE passam a circular pelos cabos da EDP, cabos esses que não têm qualquer blindagem (não são cabos coaxiais), então os sinais de alta-frequência saem dos cabos e são irradiados para o ar passando a estar presentes em toda a parte.
Estes sinais são em altas-frequências em banda larga, entre os 8000 KHz e os 30000 KHz. Diz-se que os cabos eléctricos que transportam electricidade a 50 Hz já fazem mal à nossa saúde, há quem proteste por ter as suas casas debaixo de cabos de alta tensão que mais uma vez chamo à vossa atenção, são cabos que transportam 50 Hz, agora imaginem com o POWERLINE passam a circular altas-frequências de 8000 KHz aos 30000 KHz por toda a parte, porque estas frequências por serem muito elevadas saem dos cabos e vão para o ar atingindo-nos a todos nós!!! Este sistema é altamente perigoso para os humanos, assim como para todos os outros animais, ou seja este sistema provoca o CÂNCRO.
A leucemia tornar-se-á uma doença muito comum em grande parte da população das grandes cidades onde o POWERLINE estará em funcionamento!
Mas não ficamos por aqui, além de ser muitíssimo perigoso para a nossa saúde, também trará muitos outros problemas, como interferências nas nossas televisões, mesmo para quem tem TV Cabo, interferências enormes nos nossos receptores de rádio, telefones, intercomunicadores, walkie-talkies, etc...
Estas interferências poderão mesmo acabar com a escuta de rádio por completo.
Para os cibernautas: não queiram a Internet por este sistema, além de ter todas as desvantagens que já mencionei, é um serviço de Internet péssimo, cheio de falhas e muito instável, devido às muitas interferências que circulam por toda a rede eléctrica, interferências de electrodomésticos, lâmpadas fluorescentes, todo o tipo de motores, fábricas, etc...
Se querem Internet com qualidade, usem os serviços de ADSL que são os melhores em todos os aspectos.
O POWERLINE foi proibido na Alemanha, Itália, Japão e outros países.
Perante tal ameaça, vamos ficar de braços cruzados à espera que a ONI e EDP, com o consentimento da ANACOM, avancem com este projecto monstruoso e absurdo, para que a ONI e a EDP enriqueçam ainda mais à custa da nossa desgraça?
NÃO, TEMOS QUE PROTESTAR! Mandem e-mails para a ANACOM, para o governo, para a assembleia da república, etc...
E NÃO QUEIRAM O POWERLINE NAS VOSSAS CASAS.
DIGA NÃO AO POWERLINE!
Eng. Augusto Albuquerque
Powerline - PLC (Wikipédia)
1. Nos últimos dias, esta Autoridade tem recebido diversos pedidos de informação sobre a tecnologia Powerline Communications (PLC), nomeadamente sobre as interferências provocadas bem como os alegados efeitos nocivos para a saúde, derivados da sua utilização, aparentemente motivados por um texto que tem circulado através de correio electrónico, na Internet.

Ecos da blogosfera – 15 Jun.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A Lusofonia tem que passar pelos Luso-Descententes!

O Observatório dos Luso-Descendentes celebrou no dia 6 de Junho o seu 1º aniversário, reafirmando o desejo de ser uma plataforma para a integração dos luso-descendentes espalhados pelo mundo.
"Este primeiro ano de atividade foi para a associação a confirmação da sua essência como plataforma de ligação entre os luso-descendentes espalhados pelo mundo e facilitador da integração e da relação dos luso-descendentes ao país de origem", diz um comunicado do Observatório.
Entre outras ações, o Observatório - que tem sede em Lisboa - irá propor em colaboração com o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), aulas de português gratuitas para luso-descendentes.
Segundo a entidade, foram estabelecidos contactos junto das principais instituições nacionais, associações da diáspora e grupos económicos "com o intuito de fomentar e apoiar iniciativas que promovam os valores nacionais de cariz económico, profissional, cultural e sociológico junto das comunidades."
"A presença do Observatório foi igualmente solicitada em atividades ligadas à produção de conhecimento relevante para os luso-descendentes em sintonia com a missão do seu Centro de Estudos, criado neste primeiro ano e que tem como objetivo a organização de seminários, conferências temáticas e estabelecer parcerias com associações da diáspora, institutos, universidades e governos", adianta o comunicado.
A instituição realizou hoje, 14 de junho, um workshop subordinado ao tema "Luso-descendentes e vivências transnacionais: algumas linhas de investigação."
É fácil de perceber e aceitar, que a Lusofonia é essencialmente a argamassa que une todos os que hoje falam português, estejam onde estejam, cidadãos das CPLP ou nelas vivendo, mas numa perspetiva mais alargada e mais rica, tem que ser a preservação da língua, do conhecimento da história e da cultura lusa de todos os Luso-Descendentes, incutindo-lhes o orgulho dos descendentes, por muito pobrezinhos que sejamos de bens materiais, mas pela riqueza dos bens materiais, que não envergonham ninguém.
E se, o Observatório dos Luso-Descendentes conseguir espalhar e entranhar entre os Luso-Descendentes a essência do 5º Império de Agostinho da Silva, a Lusofonia só terá a ganhar em vários vetores, mas serão sobretudo os Luso-Descendentes a beneficiar desse estatuto, que lhes permitirão enriquecer o “ego” e criar sinergias. Oxalá!
E bom e muito trabalho para os próximos anos, para este Observatório.