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sábado, 25 de junho de 2011

A DIPLOMACIA contra a “diplomata” mor da UE…

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico publicou por engano uma informação confidencial segundo a qual Catherine Ashton não tinha experiência suficiente para ser a chefe da diplomacia da UE.
A informação, publicada no "site" do ministério e escrita em 2009, lança dúvidas sobre a credibilidade da trabalhista Catherine Ashton, atual alta representante da diplomacia europeia.
Elaborada antes da nomeação, a informação apenas refere que só um antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro ou chefe de Estado estaria convenientemente preparado para assumir funções de chefe da diplomacia europeia, que tem a cargo o novo Serviço de Acção Externa da UE. Catherine Ashton foi escolhida pela UE para o cargo de alta representante da diplomacia europeia apesar do cargo mais proeminente que tinha ocupado até então ser o de comissária do Comércio e o de líder da Câmara dos Lordes.
Desde que assumiu o cargo, Ashton, 55 anos, tem sido criticada pelo "low profile" e falta de experiência diplomática, diz o Daily Mail e refere ainda que Ashton foi, pelo menos, a quarta escolha de Gordon Brown, primeiro-ministro britânico na altura, para o cargo.
A informação confidencial foi entretanto retirada do "site" do Foreign Office e um porta-voz do ministério britânico citado pelo jornal sublinhou que o documento foi elaborado pelo governo anterior, que referiu: "Ashton está a fazer um bom cargo. A nossa opinião sobre o papel da alta representante e do Serviço de Acção Externa são bem conhecidas - devem complementar os ministérios de Negócios Estrangeiros, não substituí-los".
A isto é que se chama DIPLOMACIA! Diz-se mal de uma pessoa, torna-se pública essa opinião, depois de conhecida denuncia-se a autoria, depois retira-se do público e por fim elogia-se a criticada.
Claro que isto é um “fait divers”, perante os problemas que a UE atravessa e faz atravessar a vida dos seus cidadãos, mas traz ao de cima duas questões cruciais para o futuro do projeto europeu, porque levanta o critério da competência para as funções e a legitimidade democrática da sua escolha.
Quanto ao critério da escolha dos burocratas da Europa, basta pensar que à frente da Comissão Europeia está um conterrâneo nosso, que não deu conta do recado aqui, enquanto Primeiro ministro, o que bastaria para pensarmos que para os cargos mais baixos, deve acontecer o mesmo e por isso este descalabro.
Quanto à democraticidade dos lugares mais representativos da UE, a começar pelo “nosso” presidente, Herman Van Rompuy, continuando com a “nossa” alta representante da diplomacia, Catherine Ashton, que ninguém sabe por que chegaram aos lugares, mas não foi com o nosso voto, começa-se a perceber que são ambos fraquinhos e tanto, que quem manda mesmo são chefes de governo, eleitos pelos seus concidadãos e não pelos cidadãos europeus. E este é que é o problema, que a diplomacia não denuncia:
Cada macaco/a no SEU galho! 
 Como nota marginal, se esta informação tivesse proveniência no Wikileaks…
Caricatura de Schneider
A imprensa europeia mostra-se muito crítica sobre as nomeações do Primeiro ministro belga Herman Van Rompuy para primeiro presidente da União Europeia e da britânica Catherine Ashton para o lugar de alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros. Vários jornais interrogam-se se este duo terá peso bastante para dar vida a estes dois novos lugares, criados pel Tratado de Lisboa.

Uma Ação Popular, ou uma Ação Governamental?

O advogado António Martins Moreira interpôs no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa uma “acção popular” contra o Estado Português, devido à desertificação do interior do país.
Zona Económica Exclusiva de Portugal: 1.727.408 km²
O advogado justificou a sua decisão, "com o forte abandono a que o interior do país foi votado, sobretudo ao nível da agricultura" e explica que "o Estado Português, no tocante  à política agrícola e à política das pescas nacionais, não tem sabido e/ou  podido, como devia, proteger, adequadamente, a nação portuguesa e garantir  a soberania nacional".
O advogado quer que o Estado Português seja condenado a "rever com  a União Europeia todos os programas com ela negociados no domínio da agricultura  e pescas".
Na acção popular explica que "o país tem dois milhões de hectares de campos completamente  abandonados, sem cultivo e sem qualquer produção, nem aproveitamento" e que há mais de 200.000 agricultores  a receberem "dinheiro para não produzirem", o que considera "um crime contra  o país".
O advogado adianta que a decisão do tribunal poderá ser feita em 6 meses, mas também poderá demorar alguns anos.
Até faz sentido, que os proprietários de um terreno, entregue à administração de uns senhores pagos para isso e que o abandonam às silvas, os processem judicialmente, por reduzir e até anular a riqueza potencial desses proprietários e em consequência os levar à ruína. E por que não estender o critério aos administradores de uma nação? Afinal, quem sem os proprietários da terra e do mar de um país?
E sobre a base justificativa da Ação Popular em causa, as razões apresentadas são plausíveis, embora a investigação deva remontar a bastantes anos atrás e com potenciais arguidos com imunidade, por exercerem, hoje, altos cargos de Estado.
No entanto, há uma ressalva que deve ser feita, acrescentando-se que para além da desertificação do interior, houve também e com prejuízos ainda maiores, o abandono do mar, da nossa zona económica exclusiva, em que Portugal na totalidade tem 1.727.408 km² (187,5 vezes o território físico), sendo a 3ª maior Zona Económica Exclusiva da EU e a 11ª do mundo e ainda assim termos que importar pescado, por se ter recebido para abatermos barcos, diminuindo a concorrência e pagarmos pelo que antes nos sustentava-mos.
A ideia até parece revolucionária, mas parece que o novo governo pensa de forma idêntica, pelo que, se o tribunal demorar muito tempo a dar o veredito, ele virá pela via política…
Entretanto, se o governo quiser mesmo que os campos produzam, as TIC poderão ser uma ferramenta de ajuda, embora a olho nu se veja bem, o mal que nos foi feito. Haja gente para por as mãos na terra e abrir os caboucos do nosso futuro escudado… O mesmo para as pescas, mas numa e noutra área, com os apoios imprescindíveis, formativos, financeiros, logísticos e sociais.
Lúcio do Rosário, Ponto Focal Nacional da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, fala de um dos mais importantes projetos no domínio do combate à desertificação
Em que fase se encontra o projecto Desertwatch II?
O projeto iniciou-se em 2010 e deverá ficar concluído ainda neste ano. Esta extensão do projeto Deserwatch I – que envolvia países do Mediterrânico de Portugal à Turquia - trouxe novos atores, nomeadamente Brasil e Moçambique, e a participação da indústria e de centros de investigação nacional. A ideia é desenvolver indicadores de desertificação através de imagens de satélite, disponibilizando a informação para combater questões relacionadas com a desertificação. Para já foi elaborado, por um dos elementos do consórcio internacional, a carta de avaliação de degradação do solo e da sua produtividade. O documento está a ser “validado” pelas estruturas regionais. A partir deste documento e conjugando com outras variáveis, será produzido um conjunto de indicadores de desertificação, que será vertido num software a disponibilizar aos utilizadores finais.
Qual a importância desta ferramenta?
É uma peça essencial para o futuro, na medida em que teremos um conhecimento exato das áreas afetadas pela desertificação, das áreas que estão a ser recuperadas ou intervencionadas, permitindo verificar os fatores que estão a acentuar essa degradação e encontrar as medidas mais adequadas ao seu combate. No fundo vai ser fundamental para perceber os fatores locais associados à desertificação.
Trata-se, portanto, de uma informação dinâmica...
Sim, porque nos dá as tendências. O problema é que andamos muitas vezes às cegas, mas para poder combater e travar a desertificação eficazmente precisamos de ter uma visão global do País. A ideia é podermos deixar de ter atitudes avulsas, e avançarmos por uma estratégia global. Nunca tivemos uma ferramenta deste género no País.
Isto quer dizer que o combate à desertificação vai melhorar?
Vai melhorar, sim. Com este sistema de informação poderemos intervir, por exemplo, do ponto de vista macroestrutural. Isto significa que poderemos ir controlando a desertificação.
Para além das preocupações ecológicas, que estão na base desta ferramenta, pode ser um complemento para a exploração agrícola e para o desenvolvimento económico e social, caso a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território nos queira por as mãos na massa e a massa nas mãos…

Ecos da blogosfera – 25 Jun.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A arte da caça a um caçador de Arte(s)?

Inspecção-Geral das Finanças (IGF) detecta irregularidades em fundo de artes.
O relatório da IGF revela que a Fundação Berardo - que detém aquele museu instalado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa - registou um incumprimento fiscal de 129 mil euros, entre 2008 e 2009, respeitante à falta de liquidação de IVA e à não retenção na fonte de IRS na compra de obras da arte. Joe Berardo nega qualquer incumprimento fiscal.
Liderada pelo empresário madeirense Joe Berardo, a entidade é acusada, além de ter aceitado documentação "de quitação não válida fiscalmente", de não cumprir "os procedimentos exigidos em matéria de contratação pelo Código de Contratos Públicos", lê-se no documento disponibilizado na página da Internet da IGF.
A IGF aponta ainda dúvidas que se levantam quanto às decisões de compras de obras de arte, tendo em conta que a fundação de Berardo usufrui, para aquele fim, da atribuição de verbas estatais, através do Fundo de Fomento Cultural, dependente do extinto Ministério da Cultura.
Se o Sr. nega qualquer incumprimento, é porque não é verdade e a IGF deve estar a ver mal a papelada. Quem é empresário de sucesso, investidor com sorte, amante das artes e sobretudo Comendador, nunca cairia num esquecimento destes, mesmo tendo em conta a amnésia que grassa por aí na classe da massa, mas não é nenhuma epidemia...
Esperemos que não se confirme a falha, porque seria injusto denegrir quem tão bem serve o país:
O Museu Colecção Berardo celebra 4 anos com um balanço de 2.700.000 de visitantes e assinalará a data ao longo de Julho com visitas às exposições e música nas instalações do museu, instalado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, que foi inaugurado em Junho de 2007 na sequência de um acordo entre o Estado e o comendador e coleccionador madeirense Joe Berardo, com um acervo inicial de 862 obras da colecção de arte moderna e contemporânea.
Na altura, as obras foram avaliadas em 316 milhões de euros pela Christie's.
Sempre são 4 anos a divulgar a Arte, ocupando o CCB que só dava prejuízo (quem é que o mandou construir?) e não é em qualquer armazém que se colocam 316 milhões de euros, à mercê de máfias estrangeiras, que só gostam de se apropriarem do dinheiro dos outros, sem fazerem nenhum…
No fundo e cá para mim, devem estar a querer cobrar a valorização das obras de Arte, até porque 129 mil euros do "incumprimento" são só 0,04% do valor da coleção…

Uma ferramenta fútil(?) que pode ser útil!…

Uma rede social de partilha de sintomas já vai nos 108.558 utilizadores. Se vai viajar, pode ver num mapa se o destino tem algum surto activo
Podia ser John F. Kennedy a falar-lhe: não pergunte o que as redes sociais podem fazer à sua saúde, mas antes o que pode fazer por ela neste microcosmo. Depois de dezenas de estudos alertarem para impactos negativos, como a deterioração das relações reais e o aumento dos divórcios (nos EUA o Facebook é citado numa em cada cinco separações), chegou uma constatação mais optimista sobre efeitos das redes sociais. Doentes e profissionais de saúde estão cada vez mais conscientes da importância da internet para prevenir e ultrapassar doenças.
Nos EUA, uma rede social só para doentes, médicos e investigadores reunia ontem mais de 107.000 utilizadores - incluindo 48 portugueses. A comunidade PatientsLikeMe está online desde 2005, criada por três investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. O irmão de dois deles, Stephen Heywood, foi diagnosticado, aos 29 anos, com esclerose lateral amiotrófica e depressa a família percebeu que comunicar com outros doentes e conhecer as suas experiências seria a melhor forma de prever e preparar a evolução da doença. Um motivo mais do que razoável para criar uma rede social e uma ideia que, desde então, só teve eco nos milhares de pessoas a tentar perder peso, campeãs na criação de aplicações.
O primeiro utilizador português da PatientsLikeMe inscreveu-se em 2006. A única forma de aderir à rede é estar doente ou ser especialista. Depois é possível ver a evolução dos utilizadores que sofrem da mesma patologia, no caso deste utilizador nacional, uma doença neuromuscular rara chamada esclerose lateral primária. Além de discutir ideias, o perfil dos utilizadores permite ver como evoluíram desde os primeiros sintomas e como se sentem em termos sociais, psicológicos e físicos.
No site, os fundadores defendem um mundo onde a troca de informação entre doentes, médicos, farmacêuticas, investigadores e investidores é "livre e transparente". Admitem ainda que a informação publicada pelos doentes, sob anonimato, pode ser vendida a empresas para "melhorar produtos e o mercado das doenças". Além de gerirem uma plataforma de discussão em torno de mais de 500 doenças, querem ter um papel mais activo. A PatientsLikeMe assinou este mês uma parceria com a recrutadora de doentes para ensaios clínicos BBK Worldwide para reforçar a participação nacional nestas iniciativas científicas.
Mas não é só na partilha de sintomas e de informação sobre doenças que a internet poderá fazer a diferença. Na semana passada o "The New York Times" referia que as redes sociais estão a mudar a forma como os epidemiologistas descobrem e acompanham a evolução de surtos - algo que depois do surto de proporções inéditas de E. coli na Alemanha, e de todas as incertezas que gerou, será também bem-vindo. Aqui o mote é agregar informação disponível e um exemplo é o site HealthMap, criado em 2006 por iniciativa da Google e do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos EUA.
O site tem uma aplicação para telemóvel, com o nome "Surtos perto de mim", e é aconselhado a quem vai viajar. Assim, se ontem estivesse a fazer as malas, seria informado de que há um surto de escarlatina em curso em Hong Kong. Mas não são só estes sistemas mais formais que despertam a atenção dos especialistas. Taha Kass-Hout, responsável pelo departamento de informação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, explicava, citado pelo "The New York Times", que à velocidade a que surtos podem alastrar a outros países, as redes sociais permitem despistar actualizações sobre sintomas atípicos, por exemplo, uma contaminação alimentar.
Do Reino Unido, numa carta publicada na semana passada na revista "Lancet", chega outra ideia - se calhar um pouco mais conservadora, face ao peso crescente das conversações em tempo real. Helen Atherton, do Imperial College London, está a estudar a melhor forma de reforçar a relação entre médicos de família e doentes através de email.

Ecos da blogosfera – 24 Jun.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A SOLIDARIEDADE é coisa bonita e tem VALOR!

Produtos retirados do mercado para agricultores receberem ajudas europeias
“Esta crise nos hortícolas pode ser uma oportunidade para as pessoas mais desfavorecidas”, afirmou José Canha, director executivo da Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores-Portugal Fresh, que alertou que as instituições sociais podem beneficiar, de forma gratuita, dos legumes nacionais que estão a ser retirados do mercado, uma estratégia que visa apoiar financeiramente os horticultores que queiram beneficiar do pacote de ajudas anunciado pela União Europeia.
O responsável adiantou que, desde segunda-feira, estão a ser desviados do mercado 600 toneladas de produtos nacionais “de óptima qualidade”
Os produtos podem também ter como destino o aterro ou a alimentação animal, caso não sejam aproveitados para a alimentação humana, até ao dia 30, data que coincide com a retirada permanente de legumes do mercado.
Quando se lê, que a “crise” das hortícolas pode ser uma oportunidade para combater a pobreza e de que as instituições sociais podem beneficiar, de forma “gratuita”, dá vontade de pedir aos deuses que nos beneficiem com mais flagelos destes, porque, sempre, “há males que vem por bem”… Que venham!
Mas quando se lê, que esta estratégia visa apoiar financeiramente os horticultores que queiram beneficiar das ajudas anunciadas pela UE, começamos a perder a fé nos tais deuses e nas “boas intenções de que o inferno está cheio”... Ora bolas!
Entretanto, quando se lê, que estes produtos nacionais que estão a ser desviados do mercado são de ótima qualidade, ficamos perplexos! Então os produtos são ótimos e estão a dá-los aos pobres? Mas isto afinal é SOLIDARIEDADE, daquela à portuguesa e que tanto se enaltece… Obrigado!
Mas quando se lê que estes produtos, se não forem para a alimentação humana podem ter como destino o lixo, ou a alimentação animal, desconfiamos que a SOLIDARIEDADE afinal é uma treta e o que está em causa é a condição para se receber o VALOR da indemnização da UE (que teria que ser desembolsada pela Alemanha)... Ora bolas!
Que dessem, tudo bem! Agora anunciar a dádiva e querer sublimar o ato, por amor dos deuses!
A isto é que se chama “dar hortícolas a porcos”… e já bastava ser-se pobre!
SÓLIDA.REALIDADE!
Solidariedade - Rubem Alves
“A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora poderia ser ensinada e produzida. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade tem de brotar e crescer como uma semente…(…) Não se pode ordenar: “Seja solidário!” A solidariedade acontece como um simples transbordamento: as fontes transbordam… ”

Obviamente! Cá se fazem, cá se deviam pagar…

Sabes do Sócrates? Parece que está ótimo
Foi Portugal que se livrou de José Sócrates ou José Sócrates que se livrou de Portugal?
Ricardo Araújo Pereira-Boca do InfernoO leitor que tome nota: se isto fosse a Dinamarca já o caldo estava entornado. Jovem que chegue a Helsingør para as exéquias do pai e dê com a mãe casada com o tio, desata a planear homicídios e a monologar. Em Portugal, nada. E, no entanto, há tantas razões para inquietação aqui como lá. O facto de se tratar de uma inquietação romântico-legislativa inquieta ainda mais. O que se passa é o seguinte: José Sócrates está demasiado contente. Não me conformo com esta alegria, esta cordialidade, este bom perder. Quero vê-lo espernear, recriminar os adversários, lançar um último insulto a Manuela Moura Guedes. Que contentamento é este? Trata-se de uma boa disposição que ofende. Magoa até quem, como eu, nunca votou nele. Afinal foi Portugal que se livrou de José Sócrates ou José Sócrates que se livrou de Portugal?
Sócrates tem a desfaçatez de se comportar como aquelas namoradas que aceitam muito bem a notícia de que o namoro acabou. Não há lágrimas, não há ranho, não há nada. O fim da relação não é um drama, é um alívio. Ficam mais soltas, mais leves, mais vivas. E têm finalmente tempo para ir para França tirar aquele curso de Filosofia que sempre quiseram frequentar. Amigo leitor, não era José Sócrates que estava a entravar o nosso desenvolvimento, éramos nós que estávamos a entravar o desenvolvimento de José Sócrates.
Assim como vamos sabendo das antigas namoradas através dos amigos, vamos sabendo de José Sócrates através do Expresso. E remoemos as informações com azedume. Que ideia é esta de ir estudar para Paris? E filosofia? Não faz sentido. Uma pessoa chamada Sócrates decidir estudar filosofia é como um tipo chamado Eusébio querer fazer carreira no futebol. É má ideia, proporciona comparações desagradáveis.
E não podemos deixar de sentir que Sócrates não vai para França para nos esquecer. Na verdade, Sócrates já nos esqueceu. E, ao contrário da generalidade dos emigrantes, Sócrates não parte em busca de melhores condições de vida. José Sócrates não vai emigrar para fugir de José Sócrates - até porque, em princípio, José Sócrates vai com José Sócrates. Sócrates vai emigrar para fugir de nós. Alguém que lhe apreenda o passaporte, por favor. Era o que faltava. Obriguem-no a aguentar as medidas da troika até ao fim. Só pode sair do País quando o memorando estiver cumprido.
Ricardo Araújo Pereira

Ecos da blogosfera – 23 Jun.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Por pura “cusquice”…

Energia: Rendimentos dos administradores da EDP Renováveis limitados a 600 mil euros

CusquiceA EDP Renováveis vai passar a ter 17 administradores no Conselho de Administração, aprovaram em assembleia extraordinária os acionistas da empresa, que também fixaram um teto máximo de 600.000 € às retribuições dos administradores.
Em comunicado enviado hoje à CMVM, a EDP Renováveis informou que em assembleia extraordinária, os acionistas aprovaram a "ampliação do número de membros do Conselho de Administração em um membro, de tal modo a que [...] seja composto por dezassete membros".
Assim, o Conselho de Administração da empresa integra agora os reeleitos:
João Manuel de Mello Franco,
Jorge Manuel Azevedo Henriques dos Santos,
José Fernando Maia de Araújo e Silva,
Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde,
João José Belard da Fonseca Lopes Raimundo,
António do Pranto Nogueira Leite,
Francisco José Queiroz de Barros de Lacerda e
Manuel Menéndez Menéndez.

Nomeados agora foram os administradores:
João Paulo Costeira,
Gabriel Alonso e
Luís Adão da Fonseca.

Também foram reeleitos para o Conselho de Administração:
António Mexia,
Ana Maria Fernandes,
João Manso Neto,
Nuno Alves,
Rui Teixeira e
Gilles August.

Saíram os administradores Daniel Kammen e José Silva Lopes e entraram Gabriel Alonso, Luís Adão da Fonseca e João Paulo Costeira, o que perfaz 17 administradores.
Na assembleia extraordinária os acionistas da empresa fixaram um limite máximo à remuneração dos administradores para este ano. "Até final de 2011 há um teto máximo de 600 mil euros de remuneração, que não havia, e que depois poderá ser revisto na Assembleia Geral de 2012", explicou a mesma fonte.
Fica uma dúvida no ar. Os 600.000 € serão para dividir por todos, ou será para cada um? É que por 120.000 contos por ano, não sei se haveria muita gente a aceitar o lugar, ainda por cima, se tivessem que descontar 10%, se fossem considerados Funcionários Públicos…
Curioso/esquisito é que a EDP Renováveis tenha a sua sede em Madrid, segundo a Wikipédia, quando é uma subsidiária da EDP, em que o Estado português detém 25,76% e tendo em consideração os tais “Custos de Interesse Geral”, que entram nas faturas dos clientes...
Mas ainda bem que colocaram um teto nas remunerações, para dar o exemplo a todos os portugueses choramingas, que nunca estão contentes com o salário que auferem, principalmente aqueles que ganham 485 € por mês, trabalhando…
Por pura “cusquice” registam-se os nomes (aristocráticos) dos premiados deste “Eurotostões” e que a meritocracia seja sempre o conceito/critério para a seleção (mesmo com “monopólio”)…

Blogueiros ligados, jamais serão calados…

Já sabemos que as circunstâncias específicas de Portugal e do Brasil, também na blogosfera, são mesmo específicas e por isso, as coisas acontecem de maneira diferente, mas há uma coisa em comum, que é a realidade de a força/poder da comunicação na blogosfera, potenciada pelas redes sociais, que coloca em confronto os “monopolistas” da notícia, da opinião, dos interesses e dos interessados, com a liberdade de expressão individual e democrática, a favor, ou contra os “monopolistas”.
E por tudo isto, faz todo o sentido esta concertação entre os defensores do seu espaço opinativo e de intervenção na blogosfera traduzida nesta “carta de intenções”, que podia e devia ser seguida cá na nossa terra, apesar de não termos situações conflituosas.
Fica a lembrança, para quem a quiser pensar no assunto e aproveitar, se for o caso…
Leia-se com as adaptações necessárias.
Desde o I Encontro Nacional dos Blogueir@s Progressistas, em agosto de 2010, em São Paulo, o (nosso) movimento aumentou a sua capacidade de interferência na luta pela democratização da comunicação, e tornou-se protagonista da disseminação de informação crítica ao oligopólio mediático.
Ao mesmo tempo, a blogosfera consolidou-se como um espaço fundamental no cenário político (brasileiro). É a blogosfera que tem garantido de facto maior pluralidade e diversidade informativa. Tem sido o contraponto às manipulações dos grupos tradicionais de comunicação, cujos interesses são contrários à liberdade de expressão no país. Este movimento inovador reúne ativistas digitais e atua em rede, de forma horizontal e democrática, num esforço permanente de construir a unidade na diversidade, sem hierarquias ou centralismo.
Na preparação do II Encontro Nacional, isso ficou evidenciado com a realização de 14 encontros estaduais, que mobilizaram aproximadamente 1.800 ativistas digitais, e serviram para identificar os nossos pontos de unidade e para apontar as nossas próximas batalhas. O que nos une é a democratização da comunicação no país. Isso só acontecerá a partir de intensa e eficaz mobilização da sociedade (brasileira), que não ocorrerá exclusivamente por conta dos governos ou do Congresso Nacional.
Para o (nosso) movimento, democratizar a comunicação (no Brasil) significa, entre outras coisas:

Ecos da blogosfera – 22 Jun.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Há BOAS notícias, que não são BOAS!

O custo da mão de obra na zona euro aumentou 2,6% no primeiro trimestre de 2011, mas em Portugal o aumento situou-se abaixo da média, com 0,8%, segundo dados do Eurostat.
Na Europa dos 27, Portugal é o país com menor aumento do custo da mão de obra. Pior estão países como a Grécia e a Irlanda que registaram um decréscimo de  6,8% e de 2,2%, respectivamente, o que os coloca num plano negativo face ao conjunto dos países europeus.
De todos os países, a Bulgária foi a que teve maior subida por hora de trabalho, 7,8%, seguida da Hungria com 5,6%.

Ao ler-mos e ao ouvir-mos (é notícia de TV) o primeiro título, a primeira ideia que nos vem à cabeça é que, afinal e apesar das ameaças, os trabalhadores portugueses estão a ganhar mais. Mas, se por acaso lêssemos o segundo título (cuja notícia é igualzinha), já não pensaríamos o mesmo, antes pelo contrário, porque nos é dado o aumento médio da Zona Euro e logo deparamos que é muito superior ao nosso…
E bem vistas as coisas mais devagar, depressa chegamos à conclusão de que não houve aumento nenhum, mas uma redução dos salários, ou do custo da hora de trabalho em Portugal. Ora bolas! Somos nós que somos lerdos, ou é a notícia que é manipuladora? Mas tem mais…
Na Grécia houve decréscimo de  6,8%, na Irlanda um decréscimo de 2,2% e em Portugal o tal “aumento” de 0,8%, ou seja, nos países com débitos e com compromissos para pagar, reduziu-se a capacidade de “enriquecimento”, dificultando-se a possibilidade de cumprir os tais compromissos, o que parece(?) um absurdo. Mas também podemos pensar que, se os trabalhadores ganham menos, alguém vai ter que ganhar mais, desde que não seja trabalhador, mas empreendedor e assim sendo, o Estado vai seguramente arrecadar mais impostos e estamos safos…
Podemos pensar ainda que, com salários mais baixos, vem aí os estrangeiros (europeus, ou dos países emergentes) instalar empresas cá na terra, quem sabe se deslocalizando-as dos países orientais e estamos safos…
Mas se nos lembrarmos das palavras de Manuel Pinho, quando era ministro da Economia e alardeou que a mão de obra em Portugal era das mais baratas, não convenceu ninguém a escolher-nos e ainda levou nas orelhas por nos querer comparar com os países emergentes, se calhar porque já estávamos a imergir…
Estamos sempre lixados!
Moral da história: Uns devem fechar a boca e outros devem abrir os olhos.

Em ECONOMIA, a unanimidade é mesmo uma UTOPIA!


██ Zona Euro
██ Estados da UE que em última instância, são obrigados a aderir ao Euro
██ Referendo a ser realizado sobre a adesão ao Euro (Dinamarca)
██ Estados da UE com uma cláusula de exclusão à Zona Euro
██ Áreas fora da UE que usam o Euro sem acordo
O ministro das Finanças belga, Didier Reynders disse que, a concretizar-se a eventual saída da Grécia da zona euro, "seria um desastre para a Grécia", no entanto, essa saída seria também "uma catástrofe para toda a zona euro", completou, após reunião do Eurogrupo, que acabou sem uma decisão consensual sobre a libertação da próxima tranche de ajuda à Grécia.
Para Reynders, a saída da Grécia seria "pior" do que a falência do Lehman Brothers (setembro de 2008).
No final da reunião dos ministros das Finanças, o presidente do Eurogrupo pôs condições à entrega dos 12 mil milhões de euros. "Não consigo imaginar por um segundo como nos podemos comprometer a financiar" a Grécia sem um compromisso das autoridades gregas, afirmou Juncker.
As preocupações do ministro das Finanças belga (que vive há mais de um ano com governo de gestão e dando conta do recado) são a justificação do adiamento da tranche de ajuda à Grécia, que acabará por ser entregue, por isso.
Entretanto, o Sr. Junker exige às autoridades gregas um compromisso, que não terão qualquer dificuldade em o assumir, só que o POVO grego não está pelos ajustes e as renitentes manifestações da população, que está convencida que em democracia quem manda é o POVO, evidencia muitas reticências…
De um lado faz-se bluff, do outro o “jogo” é aberto…
O polémico Mayor de Londres escreveu um artigo onde argumenta que "a melhor ajuda que se pode dar à Grécia poderá ser deixá-los sozinhos". Para Boris Johnson "todos os governos europeus estão a fingir que a Grécia pode continuar no euro" e uma evidência de que o plano não está a ajudar Atenas "é que as medidas de austeridade estão a agravar a situação económica grega".
O Mayor escreve que "os alemães nunca teriam aprovado a adopção do euro se tivessem sido informados de que passariam a servir de garantia às dívidas gregas".
Confessando mais uma vez a minha ignorância nestas coisas da Economia, começo por achar estranho que um inglês, cujo país não entrou no Euro, dê conselhos para que a Grécia saia do Euro, sem perceber se será um bom, ou mau conselho (porque para o Reino Unido não foi má). E a minha confusão aumenta, quando o mesmo Sr. conclui que as medidas de austeridade imposta pela troika estão a agravar a situação económica grega (o que prova que o homem pensa), depreendendo-se que deveriam mudar a receita em vez da “expulsão”.
E ainda sobre a brilhante opinião do Presidente da Câmara de Londres (já imaginaram o Presidente da Câmara de Lisboa escrever artigos sobre as dívidas de países soberanos europeus?) diz ele que se a Alemanha soubesse que era para dar aval à Grécia, não tinha entrado no Euro, só que, talvez não lhe fosse tão fácil vender submarinos e outras extravagâncias, quer aos gregos, que a nós, com a obrigação de lhes comprarmos o que nós e eles tem, ou seja, veriam o mercado reduzido. E afinal, quem ganhou com o Euro? Foi a Grécia e Portugal e muitos outros países “europeus”, ou a Alemanha?
A história dos sócios capitalista…
João Ferreira do Amaral aconselha Portugal a usar o dinheiro da ‘troika' para regressar ao escudo.
"Acho que nos devíamos começar a preparar para isso [sair do euro] para, quando acontecer, o fazermos de forma ordenada e com o mínimo de instabilidade", defendeu. Para o economista, Portugal deve agir para "que o financiamento da troika seja utilizado para compensar o aumento das dívidas" causado por uma saída do euro.
"Admito que seja preciso um empréstimo de 30% do PIB. A nossa saída do euro deve levar a uma depreciação cambial na ordem dos 30%. Daria entre 50 a 60 mil milhões de euros. Ou usaria o actual empréstimo ou haveria um novo veículo, com prazo mais longo", argumenta João Ferreira do Amaral, para quem "a hora da verdade está iminente" porque "a Grécia servirá de cobaia para o que se seguirá".
Ferreira do Amaral considera que "Deixamos apodrecer esta situação e já nos estão a impor juros de 12%. Infelizmente, como o plano que [a troika] nos impõe não irá dar resultado ao nível de crescimento, significa que mal acabe esse financiamento vamos deparar com taxas de juros dessa magnitude".
O custo dessa eventual saída do euro "será brutal" mas "penso que ainda estamos a tempo de negociar uma saída com apoio comunitário", defendeu o economista.
Não vou dizer que sim, nem que não, mas para nos acontecer daqui a um ano a mesma humilhação, quanto mais tarde nos despedirmos, maior vai ser a ressaca…
E repetindo-me, se a Eurolândia é isto, prefiro voltar à Lusitânia!

Ecos da blogosfera – 21 Jun.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Não há TESES tão resistentes, que resistam à CRISE!

O número real de transferências só será conhecido no próximo mês, quando terminarem as inscrições no ensino público, mas as escolas, os pais e as associações de estabelecimentos privados e públicos garantem que há cada vez mais alunos de colégios particulares a pedirem transferência para escolas estatais.
A tendência é confirmada pelo presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP): "Os colegas que trabalham no particular contam que estão preocupados com a saída cada vez maior de alunos para o público", diz Adalmiro da Fonseca, que acredita que as escolas públicas estão preparadas para enfrentar a nova realidade: "Há uma boa cobertura em todo o país e as escolas terão capacidade para receber todos os alunos." O que é certo é que, a confirmar-se o aumento na procura, muitos alunos "não ficarão colocados na primeira opção", admite.
Porém, a transferência de alunos do privado para o público, alerta o director-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), vai criar problemas, ao Estado, às escolas e aos alunos. "Até aqui estas crianças não custavam nada ao Estado e agora passarão a representar, cada uma, segundo as contas do ministério, 6.000 euros por ano", alerta Rodrigo Queiroz e Melo.
Além do aumento dos custos para os contribuintes, a fuga dos colégios - um fenómeno "em crescimento" - prejudica as escolas privadas, que, sem dinheiro, vêm a sua existência ameaçada. "Há postos de trabalho em risco, que se irão traduzir num aumento dos subsídios de desemprego que o Estado terá de desembolsar", diz o responsável. Assim, o director da AEEP defende que as famílias que agora não conseguem pagar as mensalidades no particular devem ser ajudadas pelo Estado. A medida, garante, permitiria "economizar" dinheiro público. No entanto, quem mais sofre com a mudança, diz o responsável, são os próprios alunos: "Estão habituados a um determinado ambiente e tipo de ensino e vêem-se subitamente desenraizados."
E andou e anda tanta gente a discutir o direito ao Ensino Público, as vantagens/desvantagens entre o Ensino Público/Privado, o direito à “liberdade de escolha” entre as duas vias, as despesas do Estado com o Ensino Privado (que se julgava ser auto-sustentável) e eis que a realidade da crise ultrapassa todas as teorias e conjeturas, originando um fluxo de transferências das escolas privadas para a escola pública. E pronto!
E agora?
Por um lado, os que estão na Escola Pública e a “defendem” dizem que não haverá problemas logísticos com a procura, já que os estabelecimentos existentes tem capacidade para receber todos os alunos e que o único “inconveniente” será o de os alunos absorvidos não ficarem na primeira opção que fizerem, o que já acontecia com os que frequentavam o público e segundo as prioridades. E ainda bem que por este ângulo não há prejuízos para todos os cidadãos e o Estado pode cumprir a sua obrigação, mesmo tendo em conta os cortes da troika.
Por outro lado, os que estão na Escola Privada e a “defendem” dizem que até agora as crianças que frequentavam o privado não custavam nada ao Estado e que agora vão custar (apesar de a ex-ministra da Educação ter dito e agido contra os subsídios estatais para as escolas privadas), trazendo assim um aumento, para os contribuintes, dos gastos com a Educação, o que não nos parece líquido, já que essas verbas estão inscritas no Orçamento do Estado e seguramente para todos os portuguesinhos.
Linear é que este fenómeno vai naturalmente prejudicar as (empresas) escolas privadas, levando-as ao encerramento, mas como negócio que é, tem que aceitar as regras do mercado, que naturalmente defendem. E haverá, em consequência, postos de trabalho em risco (como em qualquer empresa), que darão origem a subsídios de desemprego que o Estado tem que garantir e a indemnizações por parte da entidade patronal. Mas são as regras e os direitos e pode ainda haver protocolos para absorver esse pessoal…
Pelas razões acima, já não achamos tão linear que as famílias que não consigam pagar as mensalidades no particular devam ser ajudadas pelo Estado, pela discriminação que criaria entre portugueses e porque seria uma forma disfarçada de subsidiar, à custa dos contribuintes, as empresas que se dedicam à educação.
Finalmente, não parece correto que os empresários do ensino privado venham vaticinar que os seus alunos é que vão sofrer com esta mudança, por estarem habituados a um determinado ambiente e a um tipo de ensino e se verem subitamente desenraizados, porque o que se pode entender é que querem acentuar, que há diferenças de qualidade da oferta, com mais qualidade para o privado, sem que se elenquem as diferenças sociais e sociológicas entre os alunos e as famílias que o frequentam, ressalvando-se as situações em que não há resposta do público e a frequência do privado é “obrigatório”.
A demonstração da tese de quem defende o Privado/Público, estará agora nas mãos dos alunos transferidos, quer pela comparação dos resultados que apresentarão no público, quer pelo acompanhamento das suas famílias, que será de maior assiduidade(?). Veremos.