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sábado, 23 de julho de 2011

Contramarés sem contrapé…

A presidente da Assembleia da República acaba de atribuir a Mota Amaral, na qualidade de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária, um BMW 320 e um motorista.

DÚVIDA (mais qualquer coisa pelo meio) COLOSSAL…

A cimeira extraordinária parece ter trazido boas notícias para Portugal. Os 17 chefes de estado e Governo que estiveram presentes na reunião em Bruxelas decidiram atribuir um novo empréstimo à Grécia, bem como baixar os juros da dívida portuguesa, e prolongar o prazo para a pagar.
Também queremos acreditar que são boas notícias para Portugal e para os portugueses, o que significará que as medidas de austeridade não precisam de ser tão austeras como foram anunciadas e que não será obrigatório apertar o cinto tanto quanto estava “determinado”.  LOGICAMENTE!
Se os juros da dívida portuguesa, estupidamente altos, vão baixar, vamos poupar muito… LOGICAMENTE!
Se o prazo para o pagamento da “ajuda” vai ser prolongado, não vamos precisar de tanto dinheiro em cada ano como se pensava para honrar a dívida e podemos respirar mais um bocadinho… LOGICAMENTE!
Se o corte de 50% no subsídio de Natal não era uma medida necessária (segundo a troika) e apenas uma medida do governo como garantia para qualquer falhanço (tem dúvidas sobre a sua competência), alteradas as premissas a conclusão tem que ser diferente, ou não há corte, ou o corte tem que ser menor do 25% (mantendo-se a garantia para o governo)… LOGICAMENTE!
O professor catedrático da FEP entende que as conclusões são "uma boa notícia" e considera "importante frisar que, finalmente, os dirigentes da Zona Euro reconheceram que é necessário tomar medidas concretas e efetivas que relancem o crescimento económico, para além da consolidação orçamental".
Para ajudar ao raciocínio lógico feito em cima, temos ainda as medidas concretas e efetivas para relançar o crescimento económico, que nos renderão umas verbas para pagar mais depressa o que devemos… LOGICAMENTE!
O secretário-geral da CGTP considerou que a descida das taxas de juro implícitas à dívida pública constitui uma renegociação "encapotada" do plano de ajuda, e destacou o emprego, crescimento e distribuição de riqueza como chave para resolver os problemas nacionais.
Para o caso, o “capote” que puseram na renegociação, até nem nos interessa discutir, porque na prática o emprego deverá manter-se, ou diminuir e o crescimento é inevitável(?)!LOGICAMENTE!
Temos dúvidas é que a distribuição da riqueza venha a ser feita à moda do Porto, que é coisa cá do norte… LOGICAMENTE!
Os pagamentos do Estado em comissões às entidades estrangeiras com os quais assinou o programa de ajuda externa já superaram os 93 milhões de euros. Entre 24 de Maio e 29 de Junho, a troika já financiou Portugal em 20 mil milhões de euros.
Nesta factura de 93 milhões não estão ainda contabilizados os montantes que chegaram aos cofres do Estado em Junho (11,7 mil milhões de euros).
Com os quase 20 mil milhões de euros recebidos pela troika, a dívida directa do Estado aumentou 9%. No total, a dívida directa do Estado cresceu para 172,4 mil milhões em Junho, o equivalente a 99,8% do PIB português de 2010.
Mas, se os juros dos empréstimos baixarem e os prazos de pagamento vão ser alargados, o mesmo não acontece com as comissões dos empréstimos troikianos, que se mantem como antes e pelos vistos, em Junho, vamos totalizar 147,4 milhões de euros… LOGICAMENTE!
Mas, com as tranches já recebidas da troika, a dívida directa do Estado aumentou 9%, aumentando para 172,4 mil milhões em Junho, o equivalente a 99,8% do PIB português de 2010.
Espera aí! Então já temos uma dívida maior em money e em percentagem do PIB? Mas que LÓGICA é esta?
E ando eu a explicar ao meu neto o que é a LÓGICA e tenho agora que entrar com a estafada metáfora da BATATA… Desculpa lá, man!

O saber ocupa lugar e transmiti-lo tem truques…

Falar em público não é tarefa fácil, nem é qualquer um que assume essa tarefa sem ansiedade e por vezes com bloqueios e só por isso, a eventual utilidade(?) para quem quiser estar sempre a melhorar as suas performances…
Para quem nunca teve que falar em público, talvez lhe pareça despropositado tantos conselhos, mas para quem tem necessidade, ou a obrigação de o fazer, são boas dicas, que servem também para os professores aplicarem no seu dia a dia, apesar de toda a inteatividade “inovadora” que nos oferecem, até porque essas muletas muitas vezes (ou quase sempre) falham, o que deita por água abaixo, todo o trabalho preparado.

Esta necessidade ou obrigatoriedade, quando bem aproveitada pode ser bastante positiva para a carreira das pessoas.
Leia as dicas da Psicóloga Clínica Fabiana Andrade e transforme esta situação tortuosa num prazer.
1 - Aprofunde o seu conhecimento sobre o tema que vai expor. Só assim conseguirá sentir-se seguro para falar para muita gente. Quando vir a aceitação do público, vai começar a sentir-se mais calmo e confortável. Quando der por si, estará mais confiante e orgulhoso por ter passado tal provação.
2 - Pergunte a si mesmo por que este tema interessa à sua audiência. A partir do momento que tiver uma resposta, vai ser mais fácil saber como abordar o tema.
3 - Assuma qualquer tipo de ansiedade ou fragilidade que sinta. Utilize isso como ferramenta de ligação à audiência e desdramatize qualquer "fantasma" que possa existir. Brincar com os medos transforma-os em algo mais pequeno, suportável, além de possibilitar que os outros também se identifiquem connosco, caso sintam algo parecido. Pode mesmo dizer: "Olá bom dia! Vou gaguejar, transpirar e engolir em seco pois falar em público para mim é uma tortura. Ao mesmo tempo, vou passar a todos os que aqui estão, a melhor informação sobre o assunto...". Pronto, já quebrou o gelo.
4 - Espere pelo silêncio da plateia antes de começar a falar. A partir daí, a audiência vai estar pronta para lhe dar total atenção.
5 - Tenha atenção ao início da exposição. O primeiro impacto é que marca, por isso, escolha muito bem as primeiras frases (Só temos uma oportunidade para causar uma primeira boa impressão).
6 - Prepare-se ao máximo. Treine ao espelho, para que fique mais consciente dos seus gestos, posturas, atitudes, expressões, tom de voz, etc. Se não ficar satisfeito com algo, tente corrigir-se até "ficar no ponto".
7 - Escolha uma forma para a intervenção oral. Indique-a ao auditório e conserve-a até ao fim (didáctica e unilateral ou debate com espaço para questões).
8 - Opte por uma linguagem apelativa. O objectivo das passagens de informação públicas é levar o auditório a agir ou a pelo menos a reflectir sobre a informação, por isso é importante que a exposição seja apelativa e pertinente. Aproveite para testar o possível sucesso do discurso com os seus amigos. Faça-lhes perguntas e demonstrações e teste as suas respostas e reacções.
9 - Seja verdadeiro. Se não souber responder a alguma pergunta que lhe fizerem, diga-o sem constrangimentos. No entanto, disponibilize-se a pesquisar a informação solicitada e a enviá-la assim que possível. Você também não tem de saber tudo!
10 - Respire fundo! Utilize a respiração abdominal. Se treinar esta respiração, vai conseguir sincronizar o fôlego e o pensamento, controlar a ansiedade e utilizá-la a seu favor.
11 - Sorria! O sorriso causa imediatamente uma reacção positiva em quem o vê, desde que ele seja autêntico. Assim, divirta-se a fazer o que estiver a fazer, pois estará com mais vontade de sorrir.
12 - Adopte uma linguagem positiva e clara. Opte por frases curtas, vocabulário adaptado ao auditório, palavras fortes e emocionais. Por exemplo, utilize a palavra  "nós", de forma a envolver o público.
13 - Evite palavras com conotação negativa. Por exemplo as palavras "problema", "não" ou "desculpem" são de cortar do seu discurso. Sem querer, vão logo causar uma imagem menos boa da sua prestação.
14 - Fique de pé. Para além de demonstrar maior profissionalismo, facilita-lhe a mobilidade e a possibilidade de olhar para toda a plateia e perceber como esta está a reagir.
Com o apoio Oficina de Psicologia
PS - Também nos pode ajudar a entender as mensagens subtis, ou ocultas daqueles que ouvimos e que nos querem convencer...

Ecos da blogosfera – 23 Jul.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Um cético do Euro, que não vai em conversas…

O economista João Ferreira do Amaral considerou hoje que a economia portuguesa corre sérios riscos de entrar em colapso face à dimensão da sua dívida externa e disse estarem esgotadas as políticas de corte na procura interna.
De acordo com João Ferreira do Amaral, a tese conservadora para resolver este problema passa pela diminuição da redução drástica da procura interna, “Mas Portugal vai atingir em 2013 o limite e, a partir daí, não são possíveis novas quedas da procura interna, quer em termos de consumo, quer em termos de investimento”, disse.
Na mesma conferência, o professor universitário Stuart Holland defendeu a necessidade de eurobonds e de uma política de investimento para que a União Europeia saia da presente situação de crise.
"Se desenvolvermos mais profundamente a União Europeia em direção a uma união política, então a questão dos Eurobonds passa a ser uma opção", afirmou o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros alemão, Werner Hoyer, sublinhado no entanto que essa questão, obviamente que não está em cima da mesa na cimeira.
Apesar do deslumbre com as “conclusões” da cimeira dos países da zona Euro, João Ferreira do Amaral continua tão cético como antes, só porque se não se gerarem saldos positivos através de investimentos, não há hipótese de o país sobreviver em termos económicos, ficando impossível pagar as dívidas.
E com a reprovação da tese conservadora, escolhida para nosotros, que recomenda apenas austeridade, austeridade, austeridade para reduzirmos drasticamente a procura interna, reduzindo salários para se gastar menos e guardar as sobrinhas nos bancos, diz que a terapia só poderá “funcionar” até 2013, ao atingirmos o limite “possível” de abstinência e jejum. E daí, já não haverá nada a cortar, quer no consumo, quer no investimento e então, pimba!
Pelo que se percebe, austeridade sem crescimento é morte certa, mas isto, cada vez mais, mais gente diz, seja “ignorante” ou técnico especializadíssimo, sem terem a coragem de revelarem publicamente estas consequências, ou por fé, ou por comprometimentos ocultos…
E vem mais um professor universitário, estrangeiro, defender também uma política de investimento e a necessidade de se criar Eurobonds para que a UE possa sair de crise permanente e crescente.
Mas sobre os Eurobonds, os alemães já disseram, sem hesitação, que não é para se falar para já e que tal solução só será opção, se a UE caminhar para uma união política, que logicamente só poderá ser para o federalismo.
E aqui põe-se a questão da galinha e do ovo, mas pelo que sabemos e nos dizem, nós, nem temos galinha, nem ovos…

Foto

Para todas as pessoas, que gostam de PESSOA

Toda a biblioteca pessoal de Fernando Pessoa online
Até há pouco tempo, só uma visita física à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia consultar este acervo "riquíssimo", mas agora com uma simples ligação à Internet e uma visita ao site bilingue (português e inglês), é possível consultar, página a página, os cerca de 1.140 volumes da biblioteca, mais as anotações – incluindo poemas - que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros.
Os livros da Biblioteca Digital de Fernando Pessoa estão disponíveis gratuitamente online no site da Casa Fernando Pessoa.
Sirvam-se!
“Sê plural como o universo!”
A Casa Fernando Pessoa possui um tesouro único no mundo: a biblioteca particular desta figura maior da literatura. É muito raro conseguir-se encontrar a biblioteca inteira de um escritor com a dimensão universal de Pessoa. Os livros tendem a mover-se muito depressa: emprestam-se, perdem-se, vendem-se. Pessoa também vendeu alguns – mas deixou-nos 1142 volumes, de todos os géneros e em vários idiomas, densamente anotados e manuscritos.
Entendemos que uma biblioteca desta importância devia tornar-se património da humanidade – e não apenas dos que podem deslocar-se a esta Casa onde Fernando Pessoa viveu os últimos quinze anos da sua vida.
Graças à dedicação de uma equipa internacional de investigadores coordenada por Jerónimo Pizarro, Patricio Ferrari e Antonio Cardiello foi possível digitalizar, na íntegra, toda a biblioteca. Graças ao apoio da Fundação Vodafone Portugal foi possível colocar online cada uma das páginas digitalizadas. Deste encontro de entusiasmos generosos resultou a disponibilização gratuita da preciosa biblioteca do autor de O Livro do Desassossego , que agora pertence aos leitores em qualquer parte do globo. Procurámos tornar acessível e simples a compreensão da biblioteca no seu todo – que está classificada por categorias temáticas – e a consulta de cada livro. Destacámos páginas que incluem manuscritos do próprio Pessoa – ensaios e poemas escritos nas páginas de guarda dos livros.
Trata-se de uma biblioteca aberta ao infinito da interpretação – bela, surpreendente e instigante, como tudo o que Fernando Pessoa criou. Usufruam-na.
Inês Pedrosa - Outubro 2010

Ecos da blogosfera – 22 Jul.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Por isso nos chamam PIIGS! Ou será PIGS?

Cerca de 1/3 dos deputados da anterior legislatura – 70 dos 230 – tinham também assento em empresas do Estado, muitas vezes com interesses cruzados com os assuntos que defendiam no Parlamento.
A denúncia é feita pela Transparência e Integridade – Associação Cívica, num texto enviado à troika esta semana.
Paulo Morais, vice-presidente da associação, afirma mesmo, que na Comissão Parlamentar de Obras Públicas “quase metade dos deputados eram administradores de empresas privadas de obras públicas” e acusa a Comissão de Ética de “branquear todo e qualquer conflito de interesses”, acrescentando que esta é “uma das grandes vergonhas do parlamento”.
O texto da associação denuncia ainda o número excessivo de deputados que pertencem a escritórios de advogados, que representam um 1/5 da actual legislatura. A situação tem a reprovação do próprio bastonário da Ordem dos Advogados, que defende a suspensão da actividade em caso de eleição para o parlamento.
O Bloco de Esquerda, apesar de defender o direito das profissões a exercerem cargos políticos, quer restringir o acesso de deputados a actividades como assessoria e patrocínio ao Estado ou a participação em sociedades com capitais públicos ou a empresas concorrentes a concursos públicos. E quer avançar com um projecto lei que alargue o período de nojo na transição entre cargos governativos e empresas.
Sabemos agora, que anterior legislatura havia 70 dos 230 deputados acumulavam em empresas do Estado, mas falta saber quantas empresas arrebanhava cada um (alguns tem vários lugares nas administrações) e quantos acumulam nesta legislatura, porque a maioria é composta pelos mesmos e os novos podem já ter arranjado um lugarzinho.
Sabemos também, que para além das empresas do Estado havia também (não se diz quantos), que acumulavam como administradores de Empresas Privadas de obras públicas, mas falta saber os outros setores que tinham “administradores” em S. Bento, que pelos vistos destronou Sto. António na área dos negócios…
Sabemos ainda, que cerca de 45 dos 230 deputados da actual legislatura pertencem a escritórios de advogados (grandes, ou pequenos?), o que denuncia o comportamento de Paulo Rangel, há dias, contra o seu bastonário, quando Marinho Pinto defendia a suspensão da actividade em caso de eleição para o parlamento.
Não há dúvida de que, em todas as situações há sempre interesses cruzados do poderio (de todos os setores) com os assuntos que passam e se decidem no Parlamento, que não é o lugar apropriado para os santos… E é clarinho que a função de deputado tem de ser em EXCLUSIVIDADE e ponto final! Quem não quiser não vai!
E daí que estamos de acordo com o BE, mas para avançar com um projecto lei que classifique esta situação como “NOJO”, tipo “LIXO” e os varram para debaixo do tapete…

Lá vão ELES a caminho das cataratas… e não vão sós.

Os académicos e sem interesses, dizem que é o fim…

A opinião é unânime: a semana atual é possivelmente a mais importante da vida da zona euro e pode definir a sobrevivência da moeda única, de acordo com vários economistas portugueses.
"O que está em causa é saber se a União Europeia (UE) sobrevive a si própria ou não", afirma o diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, José Reis, em véspera do Conselho Europeu que vai decidir um segundo processo de apoio à Grécia, com o objetivo de estancar o contágio a outras economias da zona euro.
Para o professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) Abel Fernandes, "a questão fundamental que está nesta altura em jogo é a própria sobrevivência da zona euro e a continuação do regime monetário que está formado em torno da moeda única".
Confessando mais uma vez a minha impreparação para a análise e debate de temas económicos e servindo-me apenas da intuição do merceeiro (sem jeito para o negócio), tenho acompanhado a problemática da crise financeira (gerada nos EUA), das dívidas soberanas (emergentes), dos planos (de resgate) desenhados por técnicos, das medidas (redentoras) impostas pelos credores, das subidas (im)previsíveis das taxas de juro, das (provocatórias) agências de notação, das posições dos estadistas (revistas e corrigidas), das privatizações (saque) do património dos Estados (impotentes), da instabilidade social (crescente) instalada, do empobrecimento da classe média que trabalha(va), do tempo (sem futuro) que vivemos e das posições de economistas e políticos de todas as visões e quadrantes.
Não vou repetir comentários que fiz noutras publicações sobre os assuntos elencados, mas quero sublinhar nesta notícia a convergência de previsões, que afinal a maioria dos académicos portugueses e estrangeiros tem vindo a fazer, com a clarividência e a lógica mais básica que nos obriga a acreditar no que o futuro próximo irá confirmar.
Já há tempos, numa palestra proferida por Felisbela Lopes, queixava-se ela de que os debates sobre qualquer assunto, desses a que se assiste nas TV e rádios, deveriam ser convidados, sempre, académicos, não só pelo estudo exaustivo dos problemas focados, mas sobretudo pela isenção (de interesses) da análise. Verificamos exatamente o contrário, convidados com interesses (pessoais, empresariais e corporativos), que mesmo camuflados de professores (às vezes) muitos deles até tem filiação partidária, quando não são dirigentes de partidos e sempre acumulando com a de administradores de várias empresas. Resultado, manipulação…
Nestes tempos do passado próximo, temos assistido a críticas contra a austeridade e propostas alternativas pela “escola” de Coimbra, que tem acertado antecipadamente nas etapas que se vão encadeando, a que a esquerda (radical, em que?) tem aderido e defendido e que agora a direita (não radical) vai aceitando, fruto dos factos…
Como se diz, hoje será o primeiro dia do fim da zona euro, mas se não for hoje, será um dia destes, logo que esteja garantido nos bancos o dinheiro para os acionistas, que está a ser sacado aos contribuintes e aos respetivos Estados, com a inocência dos respetivos governantes, que acreditam que estão a ser bons alunos, sabendo antecipadamente que não vão ser nunca classificados com SUFICIENTE…
E mais um académico, grego, que vaticina mais, ou menos o mesmo:
"O fim da crise na Grécia também depende das decisões que vão ser tomadas na cimeira extraordinária da Zona Euro. Se for apenas uma nova ronda de conversações, a recuperação pode demorar anos", considerou George Pagoulatos, professor associado no departamento de estudos económicos europeus e internacionais da universidade de Atenas.
"Tem de haver decisões corajosas. Após as medidas tomadas pela Grécia, como sérios custos políticos e sociais, é altura de a União Europeia [UE] demonstrar solidariedade com a periferia", acrescentou Pagoulatos.
Não fosse o pudor moral, diríamos que até era bom que a Grécia saísse da zona euro, sem pagar, para vermos os credores a mudarem de tática e os juros a baixarem até ao limite da decência.
Sra. Merkel, acabe logo com esta via sacra, para não ser crucificada pelos seus próprios concidadãos, até porque já caiu 3 vezes (nas eleições regionais) e não espere que algum dia os europeus lhe agradeçam dizendo: temos homem!

Ecos da blogosfera – 21 Jul.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A nova MATRIZ CURRICULAR vem ajudar e muito!

Homem Vitruviano - de Leonardo da Vinci

Tem-se vindo a assistir, desde o início do século XXI, ao fim das humanidades em Portugal. Cada vez menos os alunos escolhem esta área de estudos no ensino secundário. Cada vez menos pretendem tirar uma licenciatura em línguas e literaturas ou em linguística, ou ainda em história ou filosofia. E cada vez menos se interessam pela “cultura” associada à sua língua, literatura, vivências do passado…
Também em certas licenciaturas, como Educação Básica, os docentes confrontam-se com a dificuldade crescente dos estudantes (futuros educadores e professores) em acompanhar os programas de unidades curriculares como cultura portuguesa, literaturas lusófonas, linguística, história.
A que se deve este desinvestimento e este desinteresse (quase repúdio) pelas humanidades?
Em primeiro lugar, pelas várias ideias estereotipadas que se foram criando (e confirmando, de certa forma) de que as humanidades, por si só, não dão emprego a ninguém. Em segundo lugar, pelo sentimento de “perda de tempo” no trabalho gasto com um romance, um ensaio, uma antologia de poemas, um achado arqueológico, um facto linguístico, uma forma diferente de ver o mundo. Finalmente, pelo enorme prestígio social que certas profissões hoje em dia têm, como a de médico (porque escasseiam) ou a de gestor de uma multinacional (porque ganham muito), que contrastam, e bastante, com a de historiador ou a de professor, por exemplo.
Posto isso, percebe-se que a sociedade vá matando as humanidades. Deixou de lhes dar importância, ao não exigir dos que educa, desde o básico, um trabalho de “corpo a corpo” com certos textos de referência sociocultural e literária, considerados “muito difíceis”, “muito puxados”, “muito estranhos” à geração da Playstation e dos Morangos com Açúcar. E aceitou passivamente que a roda económica chamada euro, uma espécie de pesa-papéis calcador das humanidades, marcasse a velocidade da existência.
Postas as humanidades nas prateleiras das bibliotecas mais antigas, dá-se o início inevitável de uma crise humanitária. Sem a leitura, sem a reflexão, sem o pensamento associado ao que fomos, para onde vamos, quem somos, o que queremos, o que é a paz, a guerra, o amor, a vontade, a esperança… transformamo-nos em autómatos. Isto é, desprezando o conhecimento histórico, filosófico, literário, social, o homem deixa de ser criativo, deixa de ser empreendedor, deixa de querer ser independente do Estado, deixa de ser solidário, deixa de conhecer o mundo onde vive, deixa de pensar, deixa de ser competente a ler o que os outros escrevem, a ouvir o que os outros lhe dizem, a escrever as suas opiniões…
Deixa de se amar a si, deixa de amar os outros… deixa de ser homem.
Inês Silva - Doutora em Linguística (Sociolinguística). Professora Adjunta convidada na Escola Superior de Educação de Santarém. Tem realizado estudos sobre a escrita dos alunos. É autora de várias publicações de caráter didático e de caráter linguístico. Na ficção, publicou o romance: A Casa das Heras.

‘Rating’ = ‘Bullying’? Vamos fazer um desenho…

As agências de rating realizam avaliações sobre países, instituições, empresas, etc. e atribuem notas de risco sobre a capacidade de pagarem as suas dívidas. Ou seja, avaliam se um país ou empresa está em boas ou más condições para pagar o dinheiro pedido na data acordada.
Dito de outra maneira, ou fazendo um desenho:
O que são Agências de Rating (ou Bullying)?
Todos os dias o Germano, filho do dono da mercearia, roubava pastilhas elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola.
Os colegas, cujos pais só lhes davam dinheiro para 1 pastilha, não resistiam e começaram a consumir em média 5 pastilhas diárias, pagando 1 e ficando a dever 4.
Até que um dia, quando já todos deviam bastante dinheiro ao Germano, ele conversa com o Cabeças - alcunha do matulão da escola, que já chumbou quatro vezes - e nomeou-o como a sua agência de rating.
Basicamente, cada vez que um miúdo queria ficar a dever mais uma pastilha ao Germano, era o Cabeças que dava o aval, classificando a capacidade financeira de cada puto com "A+", "A", "A-", "B"...e por aí fora.
A Ritinha, que já estava com uma dívida muito grande e com um peso na consciência ainda maior, acabou por confessar aos pais que tinha comprado mais pastilhas do que podia.
Os pais, perceberam que a Ritinha estava endividada, estabeleceram um plano de ajuda para que ela pudesse saldar a sua dívida, aumentando-lhe a semanada, mas obrigando-a a prometer que nunca mais iria mascar pastilhas enquanto não pagasse a dívida contraída.
O Cabeças quando descobriu isto desceu imediatamente o rating da Ritinha junto do Germano que, por sua vez, passou a vender-lhe cada pastilha pelo dobro do preço. A Ritinha, já viciada nas pastilhas, prolongou o pagamento da sua dívida, ao mesmo tempo que o Germano dividia com o Cabeças o lucro daí obtido que, por ser o mais forte, era respeitado por todos.
A Ritinha para conseguir recuperar a honra perdida optou por certas medidas que a desonraram… Entretanto as entidades supervisoras da escola, sabendo do esquema de extorsão  do Germano, prometeram tomar medidas, mas só para o próximo ano letivo…
Mudei o nome do protagonista porque era o meu e podia ser confundido… e acrescentei o último parágrafo.
O “desenho” chegou-me por mail, sem referência ao “desenhador”, que se ler este post se deve identificar para reivindicar a autoria…

Ecos da blogosfera – 20 Jul.



terça-feira, 19 de julho de 2011

Corrupção OCULTA vai começar a mostrar as FACES

O juiz Raul Cordeiro, que presidirá ao colectivo de juízes que vai julgar o caso, irá marcar na terça-feira a data do início do julgamento, que deve começar a ser julgado entre o final de Outubro e o início de Novembro, no Tribunal de Aveiro, sendo que a maior sala de audiências será sujeita a obras de adaptação para receber os 34 arguidos singulares e duas empresas e respectivos advogados.
O caso Face Oculta teve início numa operação desencadeada em outubro de 2009 pela PJ de Aveiro, na sequência de investigações a alegados crimes fiscais atribuídos ao empresário e arguido Manuel Godinho. O sucateiro de Ovar foi o único arguido preso preventivamente neste processo, tendo a sua prisão expirado a 28 de fevereiro. É acusado de 60 crimes.
O ex-administrador do BCP e antigo ministro socialista Armando Vara irá a julgamento responder por 3 acusações de tráfico de influências, as mesmas que o gestor Lopes Barreira, empresário e fundador da Fundação para a Prevenção e Segurança Rodoviária, entretanto extinta. José Penedos, ex-presidente da REN-Redes Energéticas Nacionais, é acusado de corrupção e participação económica em negócio, enquanto o seu filho Paulo Penedos, advogado e ex-assessor jurídico da PT, irá responder pelo crime de tráfico de influências.
Tendo em conta outros casos de corrupção em curso, até parece que a Face Oculta foi sendo descoberta “rapidamente”, já que a operação teve início em outubro de 2009.
Só falta saber o tempo que vai durar o julgamento e as conclusão que vai ter, se tiver…
Já aqui referi sobre este e outros casos, que havendo 34 arguidos singulares e 2 empresas, os media continuem a nomear apenas 4 deles (singulares) e deixem no “anonimato” 32, que serão tão corruptos, ou corruptores como aqueles. O nome, ou o cargo do arguido não tem relação direta com o crime e os cidadãos tem o direito de os conhecer a todos, não vá algum deles morar na nossa rua…
Mais esquisito, é que só tenha havido um só arguido preso, preventivamente, que ainda por cima deixou a prisão por ter expirado o prazo. Quer dizer que, andam todos por aí…
Em abono da boa moral e do combate sério à corrupção, esperemos que desta vez, se se provar que houve corruptores, que se prove também que houve corruptos e que todos eles sejam “forçados” a um período e a um processo de socialização e de reinserção numa sociedade democrática… Esperemos!
Entretanto, a denúncia do fenómeno vai emergindo e começam a surgir casos no sector público, no sector privado, no domínio do comércio internacional e no sector desportivo, o que prova, e todos nós já sabemos, que a praga está institucionalizada e é transversal à nossa sociedade, que vai do “porteiro” ao big boss
Mais de mil denúncias de corrupção deram entrada na página da Internet da Procuradoria-Geral da República para participar casos de corrupção desde que esta foi criada, em Novembro de 2010. Destas, 6 deram origem a inquéritos e 83 a averiguações preventivas.
Entre os indicadores dos actos de corrupção referem-se os "pagamentos não usuais, ou relativamente aos quais se exige urgência não justificada, ou feitos antes da data prevista", ou feitos "através de países ou entidades diversas das que forneceram os bens ou serviços". Percentagens de comissões anormalmente altas ou recebimento de presentes ou dádivas não justificadas são outros indicadores de actos de corrupção.
Mas pelos vistos e quem está com a mão na massa, vem já avisar que o fenómeno tem pés para andar e mesmo correr, porque vai haver muitas (e boas) ocasiões, que farão muitos (e maus) ladrões… e o pior é que não existe em Portugal uma estratégica nacional de combate à corrupção. Curioso!
E quem nos avisa, inimigo deles é!
A Transparência e Integridade (TIAC) ligada à organização global de luta contra a corrupção, Transparency International entregou um documento à "troika" alertando que as reformas do memorando podem suscitar "oportunidades para a corrupção" e propõe mecanismos de controlo.
"Algumas das reformas previstas no memorando de entendimento, como as privatizações, a renegociação das parcerias público-privadas ou a reestruturação das Forças Armadas, podem abrir oportunidades para a corrupção, sobretudo dada a forte promiscuidade entre interesses públicos e privados em Portugal e os baixos custos morais e legais associados a transações ilícitas", refere o documento.
A preocupação dos investigadores da TIAC parte da constatação de que não existe em Portugal uma estratégica nacional de combate à corrupção.

Nós não somos os Estados Unidos, nem a Alemanha!

A frase proferida por Barack Obama – “Os Estados Unidos não são a Grécia ou Portugal” – não tem caráter pejorativo e representa uma comparação entre a crise que os norte-americanos enfrentam e as soluções que têm de adotar.
Ao contrário dos dois países europeus, os Estados Unidos da América dispensam “medidas radicais”. Obama justifica a crise da dívida pública com “descida de impostos, o envolvimento em duas guerras e a adoção de medidas de apoio a classes mais fragilizadas, que ainda não foram pagas”.
No entanto, apesar das diferenças gigantescas entre a crise grega e a portuguesa, em comparação com a dos EUA, há muitos pontos que se tocam, destacando-se decisões políticas do passado, que tiveram um preço e cuja fatura ainda não foi paga...
Eis o discurso de Obama:


O embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Allan Katz, sublinhou que o governo norte-americano “aplaude as medidas” que estão a ser tomadas pelo governo português face a uma “situação difícil”.
O embaixador norte-americano fez uma declaração sobre as afirmações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, a propósito da dívida do país, em que Obama advertiu que o “tempo urge” para aumentar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar o “fim do mundo” do incumprimento, mas ressalvou que os Estados Unidos “não estão nem na situação da Grécia nem de Portugal”.
Nenhum português, penso, gostou de ouvir a referência a Portugal feita pelo Presidente dos EUA, quando este disse que “Os Estados Unidos não são a Grécia ou Portugal”, associando-lhe logo um sentido pejorativo, que nem era necessário, já que ninguém tem dúvidas que os dois países competem em campeonatos diferentes e eles que fiquem com a taça…
No entanto, vários jornais e o próprio Embaixador em Portugal vieram desfazer a “má interpretação”, provavelmente por acreditarem que a iliteracia em Portugal é maior do que nos EUA e, quem sabe, com medo de que lhes declarássemos guerra…
Afinal, Obama só queria dizer que os americanos não seriam obrigados a medidas de austeridade que gregos e nós tivemos que adotar, por imposição de uns usurários, em idade de reforma, que se passeiam pelos salões da UE. Só que, deu-lhe uma branca e "esqueceu-se" da Irlanda com um custo de credit default swaps (cds, seguros financeiros contra o risco de incumprimento) já superior ao português (1217,23 pontos base contra 1213,16 pontos base) e com juros dos seus títulos a 2 anos (que já vão em 23,11%) e a 10 anos (que estão em 14,04%) acima dos das obrigações do Tesouro portuguesas. Será que foi por os irlandeses serem anglófonos?
E quando o embaixador americano sublinha que o seu governo aplaude as medidas “adotadas” por Portugal, mas que não serão aplicadas nos EUA, não está a dizer que são tão más para nós que não servem para eles (e ainda bem para o povo)?
Claro que para os países que estão na mesma situação de dívida, há só dois pontos em comum: um tem a ver com más decisões políticas do passado, o outro é não terem pago as faturas…
E do discurso, anotamos algumas diferenças entre os nossos dois países, elencados por Obama:
1 – Lá desceram os impostos (aos ricos) durante a última década;
2 – Lá implantaram um programa de subsídio de medicamentos para idosos (uma espécie de SNS);
3 – Lá envolveram-se em duas guerras (só?), mais a da Líbia e as que se seguirão;
4 – Lá tiveram uma recessão violenta, que requereu medidas de recuperação, despesas de estímulo financeiro (tipo BPN, multiplicado muiiiitas vezes) e auxílio aos Estados.
Só que, pelo ouvido, como nós e todos os países com dívidas, NÃO PAGARAM as faturas… E acumulando-se os juros, chegaram onde nós e os outros também chegamos.
Clarinho como a água (de outros tempos), é que a grande diferença entre os EUA e Portugal, no que se refere às suas dívidas, pelas diferenças territoriais, demográficas e económico-financeiras, a dos EUA poderá gerar o “fim do mundo” se eles não pagarem, mas se formos nós a não pagar e mesmo pagando, somos nós que sofremos no pelo, com as medidas que eles aplaudem, mas que não adotam…
Por muito que se especule sobre o bom, ou mau conceito que se pode extrair das palavras de Obama, uma coisa é certa, o “cão de água português” é tão bom, ou tão mau, como qualquer cidadão português…
No fundo, americanos, gregos, irlandeses, espanhóis, italianos, ou portugueses e mais os que surgirão SOMOS TODOS CALOTEIROS!

Ecos da blogosfera – 19 Jul.

Do AD DUO

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Dona Branca está a por a coisa preta! Testemunhos

Angela Merkel perdeu a confiança do homem que a ajudou a crescer politicamente. Helmut Kohl, o antigo chanceler alemão que teve um papel preponderante na construção do actual edifício europeu, queixa-se de que as políticas europeias de Merkel são "muito perigosas".
"Ela [Angela Merkel] está a destruir a minha Europa", terá confidenciado Helmut Kohl a um amigo. O antigo chanceler referia-se à forma como a Alemanha tem lidado com a corrente crise da dívida soberana na zona euro e ao papel de Merkel no desenvolvimento do projecto europeu e da moeda única. Continuando, aos 81 anos, um claro entusiasta do projecto europeu, Kohl defendeu que o futuro da Alemanha é "com os seus vizinhos", com os "parceiros na União Europeia".
Há poucos dias, Volker Bouffier, destacado dirigente da CDU e chefe do governo do estado do Hesse, dizia que a chanceler corria o risco de estar a destruir a herança pró-europeia do seu partido e afirmava: "A Europa é um projecto político. É demasiado importante para ser deixada à mercê das agências de rating."
O responsável pelos temas económicos da CDU, Kurt Lauk, sustenta, que pior para um país exportador como a Alemanha era ter uma população rendida ao eurocepticismo. "O Governo tem que passar à ofensiva, rapidamente."
As críticas advêm do facto de Angela Merkel estar a ser o principal obstáculo à libertação de uma segunda ajuda financeira à Grécia, o que fez disparar os juros da dívida dos países em crise e produziu efeitos de contágio à Espanha e à Itália.
Merkel frustrou a convocação de uma cimeira europeia extraordinária, para discutir o novo resgate da Grécia, mas acabou por a aceitar para a próxima quinta-feira.
Os resgates das dívidas de Portugal e da Irlanda têm sido um bom negócio para os países que lhes concederam garantias, disse hoje o presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling.
"Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos e a diferença reverte a favor do orçamento alemão", garantiu Regling, que adiantou também: "é o prémio pelas garantias que a Alemanha, dá, só que os contribuintes alemães não acreditam".
Quando um político da estatura de Helmut Kohl, alemão e “progenitor” político de Angela Merkel vem dizer “publicamente que ELA está a destruir a “nossa” Europa, QUE SE CALEM os críticos dos críticos da ação Dona Branca ressuscitada!
E se vem uma segunda figura da CDU dizer que ELA corre o risco de estar a destruir a herança pró-europeia do seu partido e lhe lembrava que a Europa é um projecto político (democrático, presume-se) e por isso não era um negócio de usurários, QUE SE CALEM os críticos dos críticos da ação Dona Branca ressuscitada!
E se uma terceira figura da CDU (da área económica) vem dizer, que a Alemanha tem uma população eurocética, temos que concluir que tal se deve ao euroceticismo da sua chefe, o que lhe “retira” a autoridade usurpada para se nossa chefe e por isso, QUE SE CALEM os críticos dos críticos da ação Dona Branca ressuscitada!
Tendo em conta a ação da Angela, que tem dificultado a ajuda financeira à Grécia, para fazer disparar os juros da dívida de Portugal e da Irlanda e contagiar as da Espanha e da Itália, numa tática de prestamista, QUE SE CALEM os críticos dos críticos da ação Dona Branca ressuscitada!
Entretanto o “nosso” presidente, Herman Van Rompuy, que não tem culpa de o terem feito “presidente”, fica a ver a Branca passar…
E para ajudar à tese da penhorista, Klaus Regling, que - por acaso - é alemão, era apontado como presidente do BCE, mas foi para presidente do FEEF (é aí que se administrarão os empréstimos), vem confessar, com um despudor insultuoso, que OS RESGATES das dívidas de Portugal e da Irlanda TEM SIDO UM BOM NEGÓCIO porque “RECEBEMOS” (o plural advém da sua nacionalidade, parcialidade e do frete de que foi incumbido) da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos e a diferença reverte a favor do orçamento alemão… QUE SE CALEM os críticos dos críticos da ação Dona Branca ressuscitada!
E a estratégia de Merkel é tão imoral e politicamente injustificável, numa perpetiva de EUROPA, que nem os contribuintes alemães acreditam neste “negócio”, só faltando saber se é pela baixeza do golpe, se é pelos bons prémios de que beneficiam sem esforço, ou se é mesmo pelo euroceticismo, o que seria contraditório. QUE SE CALEM os críticos dos críticos da ação Dona Branca ressuscitada!
ELA é uma cangalheira que veio de leste, que Freud deveria saber explicar tal comportamento. Talvez um case study