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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Gehe Studie, Annette Schavan “Grass”!

A ministra da Educação, Annette Schavan, enfrenta um momento crítico de sua carreira política. Após acusações de plágio, a Universidade de Düsseldorf investigou a tese de doutoramento apresentada pela atual ministra em 1980 e a instituição confirmou as acusações. A ministra nega as denúncias.
Aos 57 anos, Schavan é confidente da chanceler federal alemã, Angela Merkel. Após ocupar o cargo de ministra da Cultura do estado de Baden-Württemberg durante 10 anos, assumiu o atual posto de ministra da Educação e Pesquisa em 2005. Desde 1998, Schavan é também vice-presidente da União Democrata Cristã (CDU), o partido de Merkel.
O ministro da defesa, Thomas de Maizière, também da CDU, declarou: "Confio plenamente em minha colega".
Entretanto, a presidente do Partido Verde, Claudia Roth, criticou duramente Schavan. "Caso as acusações sejam confirmadas, pergunto-me com que credibilidade a ministra, justamente encarregada da Ciência e da Pesquisa, continuará a exercer seu cargo". Para Roth, considerado o cargo de Schavan, só a suspeita de fraude já é bastante grave.
Em 2011, outro caso de plágio atingiu a política na Alemanha. Quando o então ministro da Defesa, Karl Theodor zu Guttenberg, foi acusado de plágio na sua tese de doutoramento, Schavan disse envergonhar-se pelo que tinha acontecido na posição de cientista. Após semanas de acusação, Guttenberg renunciou ao cargo em março do ano passado.
O caçador de plágios, Martin Heidingsfelder, exige a renúncia da ministra.
Karl-Theodor zu Guttenberg cede à pressão e renuncia a todos os cargos políticos. O ministro acusado de plágio na sua tese de doutoramento admite ter cometido "erros" no seu trabalho científico. (01.03.2011)
Depois do ex-ministro alemão da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, foi a vez de a deputada europeia Silvana Koch-Mehrin perder o seu título de doutora por plágio. (15.06.2011)
Para além dos muitos e variados pecados que a classe política vai expiando, sem grandes penitências, parece que a vontade de apresentarem currículo académico é transversal a todas as nacionalidades (mesmo as mais MAIS), quando se queria reduzir o fenómeno ao nosso campo de “relvas” sintéticas…
Afinal, na grande e culta Alemanha, os casos de plágio repetem-se, à procura de títulos pomposos, apesar de tudo diferentes dos casos de cá, mas com a semelhança de serem conselheiros dos “Grandes Chefes”…
Não há dúvidas de que para se ganhar direito ao canudo é preciso estudar, canudo!
E no mesmo país, para além da honestidade intelectual estar com défice público, a honestidade de caráter vai pelo mesmo caminho: É mesmo! "Nenhum macaco olha para o seu rabo" apesar de se dizer que para os verdadeiros luteranos não pode haver nada mais importante do que as verdades…
Se estas manigâncias se multiplicam em proveito pessoal, imagine-se o que não serão capazes de fazer em proveito da Nação…
Só que, lá os que não estudam são vasculhados e vão para a rua, por sua própria “iniciativa”…
Afinal há diferenças entre a relva natural e a sintética…
Atualização a 18.10.2012 - Pelos vistos o rol não se esgota aqui e continua o rol:
A suspeita de fraude contra atual ministra da Educação chama atenção para uma série de políticos que tiveram recentemente a tese de doutoramento revogada no país. Especialistas avaliam efeitos sobre a carreira política.
Após o incidente, uma série de políticos teve deixar cair os seus títulos de doutor por causa de teses não idóneas. "Se o título de doutor é revogado, a carreira pode facilmente chegar ao fim", disse o cientista político Gerd Langguth. "Quando se tem o título de doutor, as coisas ficam mais fáceis na política. Se é olhado e escutado com mais respeito."
Mas nem todos os políticos encerraram sua carreira após a revogação do título de doutorado: Silvana Koch-Mehrin e Jorgo Chatzimarkakis, do FDP continuaram a ocupar os seus assentos no Parlamento Europeu;
Bijan Djir-Sarai, deputado no Parlamento alemão, manteve-se no cargo após a retirada do título de doutor;
O líder parlamentar da CDU, Florian Graf, renunciou ao título depois de ter sido acusado de fraude, mas manteve a posição política, e
Na esfera estadual, Roland Wöller, da Saxônia, e Bernd Althusmann, da Baixa Saxônia, dois secretários de Cultura da CDU, tiveram de se manifestar sobre acusações de fraude diante de um comité de doutoramento, mas puderam manter o seu título de doutor e permaneceram nos seus cargos.

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