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sábado, 24 de novembro de 2012

A esperança e a ação de dois homens dogmáticos…

Numa altura em que o Governo tem na mira a reformulação do Estado Social, a Igreja diz que o povo precisa e merece mais, exigindo que o Estado assuma as suas responsabilidades. Está a chegar-se ao limite.
A situação social "é dramática", ninguém o esconde. Por isso, a Igreja diz que é chegada a hora de olhar para as causas da crise e para os verdadeiros fatores capazes de oferecerem soluções estáveis. "Se não chegarmos à verdadeira responsabilidade do Estado e não contribuirmos efetivamente para uma sociedade solidária só chegaremos a considerações", disse D. Jorge Ortiga.
O arcebispo de Braga, que é também o responsável máximo da Igreja Católica pela Pastoral Social, adverte que o Estado Social tem o seu papel "insubstituível", admitindo não acreditar que os múltiplos cortes de prestações sociais, anunciados pelo Governo, ponham em causa o Estado Social.
Partindo do princípio de que o Estado é insubstituível nas obrigações sociais que tem (e só tem) o arcebispo de Braga, como homem de fé e de dogmas, acredita que os muitos e crescentes cortes anunciados pelo ministro das Finanças não ponham em causa o designado “Estado Social”…
Partindo do princípio de que o Estado é substituível (e com vantagens) nas obrigações sociais que tem prestado, o ministro das Finanças e os deputados da maioria, como homens de crenças e ideologias, também acreditam que os muitos e crescentes cortes aprovados no OE2013 não põem em causa o “Menos Estado Social, melhor estado da economia privada”…
Para provar o contraditório da política governamental com as boas intenções da Igreja, basta lembrarmo-nos de que “Quem parte e reparte e não deixa para si a melhor parte, não são burros e percebem da arte”, demonstrando uma solidariedade entre os seus semelhantes, que se vai tornando crescentemente escandalosa…
Realmente, está a chegar-se ao limite da imoralidade, da falta de Ética política e à indignação dos usurpados…

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