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sábado, 5 de janeiro de 2013

Porque EUA e UE não são honestos com os eleitores?

"Os Estados Unidos tornam-se europeus", ironiza o semanário The Economist, num artigo ilustrado com uma imagem que apresenta o Presidente norte-americano, Barack Obama, e o líder republicano da Câmara dos Representantes, John Boehner, vestidos como um francês e um alemão, respetivamente. "Nos últimos 3 anos, os dirigentes dos Estados Unidos têm olhado para a gestão europeia da crise do euro com mal disfarçado desdém", observa o semanário britânico, que compara o acordo norte-americano, negociado ao longo de 11 horas, para escapar ao "precipício orçamental" com a gestão europeia da crise do euro.
Washington mostra um "padrão de disfunção [que] é perturbadoramente semelhante ao da zona euro", diz The Economist. Tanto os EUA como a UE parecem incapazes de ir além de medidas de curto prazo, em geral negociadas bem depois da meia-noite, acrescenta, que destaca a enorme influência de alguns indivíduos ou grupos na negociação dos acordos finais. Este semanário também critica os EUA e a Europa por não serem honestos com os eleitores, dizendo:
Tal como a chanceler Angela Merkel e o Presidente François Hollande têm evitado ser claros com os alemães e os franceses sobre o que é preciso para salvar a moeda única, também nem Obama nem os dirigentes republicanos tiveram a coragem suficiente para dizer aos norte-americanos o que é realmente preciso para resolver o problema do descalabro orçamental. […] Por não ter sabido lidar com a moeda única, a posição da Europa no mundo caiu. Por que haveriam os países em desenvolvimento confiar na liderança norte-americana, quando esta parece incapaz de resolver os problemas nacionais? E, enquanto a primeira democracia do Ocidente se mantém paralisada, a China vai tomando decisões e avançando.

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