(per)Seguidores

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014 começa com “novos remédios” para acabar pior…

Ontem, a notícia era que o Ministério da Saúde vai penalizar financeiramente os hospitais que receitarem mais medicamentos no próximo ano. Pelo contrário, dará incentivos financeiros, caso essa despesa fique abaixo da média nacional.
Pedro d'Anunciação
O que acontecerá portanto aos doentes que precisem de medicamentos, ainda por cima se forem caros? Já tivemos uma amostra quando um Hospital público do Norte se recusou a fornecer um medicamento caro, mas imprescindível para a sua sobrevivência, a um doente com artrite reumatoide. E temos visto o que sucede nos hospitais públicos aos doentes oncológicos que necessitam de medicamentos novos também mais caros.
Hoje, é que os hospitais públicos vão ter de reduzir o défice pelo menos para metade durante o próximo ano. Ainda por cima, sofrerão cortes nas receitas de 3,5%. Já se percebeu quem vai arcar com os cortes.
Portanto, é oficial: a saúde pública, honesta e com alguma eficácia, acabou em Portugal – por decisão do actual Governo. Vamos precisar de um novo pai do Serviço Nacional de Saúde – ou então abandonar-nos-emos à mentalidade dos americanos que não querem pagar impostos para a saúde dos mais fracos, o que vai contra os modelos europeus até agora vigentes.
Nos EUA, os impostos ainda vão para os grandes programas próprios de uma potência mundial. Cá acabarão por ficar apenas para as mordomias dos governantes e políticos, que continuam a não mostrar disposição de se sujeitarem à austeridade que impõem ao povo em geral – a começar pelos gabinetes governamentais absurdamente enormes, cheios de pessoal politico bem pago (cuja redução, segundo um estudo recente de um diário não suspeito, daria para solucionar todos os problemas de cortes em fosforação nacional e troikiana), ao arrepio do que se passa noutros países mais ricos ocidentais.

Sem comentários:

Enviar um comentário