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sábado, 12 de julho de 2014

Economistas, ex-ministros e banqueiros são todos cangalheiros

Questionado sobre se está preocupado com a atual situação do BES, Soares dos Santos afirmou apenas: “Brutal, brutal, brutal”.
O economista e ex-ministro da Economia, Daniel Bessa, afirmou que "o responsável número um da nossa desgraça é um banqueiro central", cujo nome, porém, omitiu.
Se fosse eu a dizer o que disse Daniel Bessa, economista e ex-ministro, perante esta fraude colossal, seria lógico que me chamassem muitos nomes feios ou não me dessem qualquer credibilidade, mas vindo de quem vem, que teve responsabilidade no traçado do trajeto que fizemos, valha-o Deus…
Ou está a dizer que vamos ter outro BPN, agora da responsabilidade de um outro banqueiro central, cujo nome omito, ou está a dizer que com o outro banqueiro central, que ele omitiu, mais as competências de fiscalização atribuídas ao BCE, vai ser um pagode…
Digamos que ao mesmo tempo, está a confessar que economistas, ex-ministros, ministros, Governadores dos Bancos Centrais nacionais e do BCE, mais os banqueiros, são os responsáveis únicos desta ladroagem, (que já sabíamos) que continuará ad aeternum
Afinal, parece que este problema é mais de alcova:
A luta pelo poder na família Espírito Santo, no final do ano passado, alertou para problemas no grupo e revelou uma crise, aguardando-se agora soluções para um dos mais importantes grupos económicos portugueses.
Em novembro de 2013, a rivalidade entre Ricardo Salgado e o primo José Maria Ricciardi pela liderança do Grupo Espírito Santo (GES) acabou por ser reveladora dos problemas no grupo, que se tornaram mais visíveis no prospeto de aumento de capital do Banco Espírito Santo (BES), divulgado em maio deste ano.
Desde então, sucederam-se notícias sobre a situação do grupo, com destaque para a Espírito Santo International (ESI), uma das holding de topo do GES, que controla a Espírito Santo Financial Group (ESFG), que por sua vez controla a área financeira (em que se inclui o BES).
Uma auditoria a esta empresa sediada no Luxemburgo revelou que não foram registados 1.200 milhões de euros de dívidas nas contas de 2012. Além disso, a holding tem capitais próprios negativos de 2.500 milhões de euros, ou seja, está em falência técnica.
Nos últimos dias, foram notícia os atrasos nos pagamentos de aplicações financeiras a clientes do Banco Privée Espírito Santo (banco suíço detido pelo ESFG), que investiram em papel comercial da ESI.
Outro dos problemas passa pelo negócio em Angola, onde o BES detém 55,7% do capital no BES Angola (BESA) e em que o risco de muitos clientes não pagarem os empréstimos levou já o Estado angolano a prestar uma garantia soberana de 18 meses de cerca de 4.000 milhões de euros. Se for usada, pode significar o controlo do banco por parte do Estado angolano.
Por conhecer está o impacto da situação do GES no BES
O Banco de Portugal pronunciou-se já 2 vezes sobre esta matéria para dar a mesma garantia: “a situação de solvabilidade do BES é sólida” e foram tomadas medidas “para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES”. No entanto, a questão é complexa, devido às relações intrincadas entre as empresas do grupo.
Exposição
De acordo com a informação conhecida publicamente, o BES tem uma exposição direta de 980 milhões de euros ao ESFG e à Rioforte (holding não financeira do grupo). Além disso, no final de junho, tinha uma exposição indireta de 650 milhões de euros através de papel comercial de empresas do grupo vendidas aos clientes de retalho, a que acrescem 1.900 milhões de euros colocados em clientes institucionais.
Para garantir que esta dívida é paga, o Banco de Portugal obrigou o ESFG a aprovisionar mais 700 milhões de euros nas contas de 2013. No entanto, segundo um analista, se o ESFG “tiver problemas e entrar numa situação de default [incumprimento], há que saber quem responde por isso”, podendo ser o BES chamado a garantir parte desse valor.
Na quarta-feira, a agência de notação financeira Moody’s cortou o rating do ESFG para apenas 3 níveis acima do incumprimento.
Esta quinta-feira, as ações do BES e da ESFG foram suspensas da negociação na bolsa e os mercados aguardam esclarecimentos, esperando-se que seja apresentado o plano de reestruturação do GES, que poderá incluir uma reestruturação de dívida da ESI.

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